18 de outubro de 2006
Campanha Olívio
Estamos acompanhando a campanha do Olívio, tanto a do horário eleitoral, quanto a do comercial. Parece que o PT resolveu abandonar o discurso marqueteiro e colocar a questão política em pauta. A campanha, além de propositiva, ainda esclarece, de forma documental, a diferença gritante entre o que é a conversa fiada da direita e o que é um projeto político consistente.
No nosso modesto entendimento, a abordagem está perfeita. Os programas estão muito bons e isto parece ter colocado a Yeda na defensiva, inclusive, obrigando-a a mentir na TV, negando o que está documentado sobre a sua atuação política.
Percebemos, porém, chocados, novamente a direita valendo-se do conceito do "novo" para se apresentar à população, da mesma forma como fizeram Rigotto e Fogaça em suas campanhas. Agregue-se a isso, mais dois conceitos ao discurso despolitizado: a Yeda é "mulher" e que é preciso dar uma "chance" a ela, porque o "Olívio já teve a sua". É bom lembrar, que falta de caráter não escolhe gênero. E decidir politicamente sobre algo que incide na nossa vida a partir de "chances", o bom senso não recomenda.
Assim, o que fazer com um eleitorado como este? A questão da formação política do povo gaúcho precisa ser encarada sem mais delongas pela esquerda e, em particular, pelo Partido dos Trabalhadores, qualquer seja o resultado deste pleito.
É chegado o momento de reagir ao anti-petismo que a mídia e a direita construíram no Estado. Não podemos mais, a cada eleição, passar por este tipo de sufoco.
Eugênio Neves e Claudia Cardoso
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3 comentários:
O mais interessante é que a cada novo pleito, a mídia se expõe mais um pouco. Hoje mais pessoas percebem isso. E a internet é a grande ferramenta e responsável por isso, como sabemos. O problema é que a construção de "cidadãos" esbarra na velocidade do surgimanto de novos imbecis. E nisto o estado é um primor. Espero que o bom senso prevaleça. A esquerda deve unir-se, e trabalhar CONTRA o único inimigo comum, a direita.
Fora Brezoini e Delubio!
Cássio, estou preparando um post sobre a construção midiático do anti-petismo, que torna os eleitores gaúchos mais imbecis do que já são.
É verdade - o cordão dos votantes idiotizados está cada vez maior e é bem como disseste lá no blog: apóiam-se num cabedal de quatro ou cinco frases-conceito de extrema idiotia e dão-se por cientificamente politizados. Às vezes penso que só com humor, muita risada, pra encarar essa boca braba.
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