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1 de outubro de 2010

Por qual motivo Ana Amélia Lemos não retribui os afagos de Yeda Crusius?

Por Lucio Uberdan no Brasil Autogestionário


Tudo junta e reunida como diz o alemon #EleicoesRS Placa de rua Yeda Crusius, José Serra e Ana Amélia Lemos (Clique para ampliar)

Nos últimos dias a campanha política da governadora Yeda Crusius (PSDB) intensificou a sua ligação com a candidata ao senado Ana Amélia Lemos (PP), é material impresso (imagem), placas de rua (imagem) e um logo tempo de exposição da candidata ao senado no programa majoritário de Yeda. Por outro lado Ana Amélia Lemos não retribui os afagos da amiga que apóia e vota. Assistindo todos os programas de TV de Ana Amélia Lemos disponibilizados no seu site, não vemos em nenhum momento a orientação direta do apoio para Yeda. A governadora em nenhum momento aparece no programa de TV da jornalista da RBS, o que de forma indireta é possível.


Material impresso Yeda Crusius, José Serra e Ana Amélia Lemos (Clique para ampliar)

Ana Amélia concorre nessa eleição pelo PP, um dos principais partidos que dão sustentação ao governo do PSDB/RS. O PP administra várias secretarias e governou juntos com Yeda Crusius por todo o mandato. Nessa eleição o Partido não lançou candidato a governador e apóia integralmente a governadora. Por outro lado o PSDB não lançou candidato ao senado e apóia integralmente. Ana Amélia Lemos por sua vez abriu sua 1ª suplência no senado a um dos nomes mais fortes e próximos de Yeda, José Alberto Wenzel, que foi Chefe da Casa Civil do governo de Yeda pós-escândalos em 2009.


De braço, pedindo voto nas duas (ou dois Yeda + Serra) e de broche de Serra.

Sendo assim, a não retribuição dos afagos por parte de Ana Amélia Lemos para com a amiga Yeda Crusius, guarda apenas duas leituras possíveis: 1) Ana Amélia Lemos traí Yeda Crusius, seu partido e sua coligação, rompendo o acordo de apóio mútuo que se subentende existir quando partidos coligam; 2) Ana Amélia Lemos trai seus eleitores quando tendo lado na eleição majoritária estadual e nacional, prefere esconder de seus eleitores o seu voto e apoio a Yeda Crusius e José Serra, por certo devido a alta rejeição da amiga apoiadora.
Em ambos os casos a ética e a boa política ficam comprometidas.

25 de setembro de 2010

Marido biônico


A educação fundamental e o ensino médio tem sido um desastre nesse Estado, pelo visto, tanto em escolas públicas, como em escolas privadas. Ao ver jovens fazendo campanha para a Ana Amélia Lemos,  candidata ao senado, gente dos seus 20 e poucos anos, e relacionar com a minha vida, em que até os 24 anos vivi sob regime de ditadura civil-militar, choca-me a completa ignorãncia da juventude com o significado da sigla PP!

Ana Amélia é representante da antiga ARENA, sigla de apoio civil aos militares! E tem jovem que faz campanha e vota nela! O que faz a RBS nesse estado: camufla a origem partidária desta senhora, que se passa de democrática, com credibilidade e ligada na juventude!

Este mundo está perdido!

Claudia

20 de setembro de 2010

Ana Amélia Lemos: a candidata do P[PRBS]

Pergunta para boi dormir, mas arriscamos: alguém pode nos responder, como um eleitorado, que vota em Tarso e Dilma, também poderá eleger a candidata do Partido Progressista e do Grupo RBS, Ana Amélia Lemos, ao Senado?



Ela é ex-funcionária da RBS, a empresa de comunicação que tem senha do Guardião:

Ela faz campanha para a Yeda Crusius [PSDB] e vice-versa:

Mônica Leal, Secretária da Cultura do Governo Yeda é do PP

Ela é do mesmo partido da turma presa na Operação Rodin e de gente com processo por improbidade administrativa:



E de um dos ex-diretores do DCE da UFRGS, demitindo-se assim que houve a denúncia de desvio de dinheiro da instituição:


A Yeda briga à tapa com o Fogaça [PMDB] para chegar ao segundo turno, porque os guascas compreenderam, que não podem reelegê-la.

Quem explica isso?

3 de setembro de 2010

Grupo RBS apadrinha o que há de pior na política do RS

Escreveram por aí, que uma coisa não dá para reclamar do gover-ninho Yeda Rorato Crusius: foram 4 anos de intensas emoções! 

Cada vez mais me entristeço, que parte do eleitorado guasca votou nessa criatura. Mais, que a outra alternativa de voto, em 2006, era Olívio Dutra. Ouvi gente de cabelos brancos afirmar, ou seja, a priori,  idosos deveriam ser mais inteligente, pois o diabo é sábio porque é velho, que Olívio é bom, mas que deveríamos dar uma chance. 

Chance a isso que acompanhamos todos esses anos? Yeda, do PSDB, do FHC, presidente da república proscrito pelo próprio partido, pela sua vergonhosa política pública de transferência de patrimônio público a preço de banana [privataria], da quebra financeira, do apagão energético.

Yeda, ex-comentarista de economia da RBS TV, mais uma candidata a cargo executivo no RS, apoiada pelo Grupo RBS, que tem Pedro Parente e Armínio Fraga entre cargos executivos da empresa. Claro, coincidência [?], ambos quadros do governo FHC. Parente, que não cumpriu quarentena obrigatória exigida a detentores de cargo público, antes de assumirem funções em empresas privadas. Fraga, que se tornou sócio  do Grupo há uns dois anos atrás.

Há ainda o candidato do PMDB, José Fogaça, que o povo portoalegresnse,  nos dois anos inciais de mandato, não sabia mais quem era o Prefeito de Porto Alegre. E que, ao renunciar o cargo para concorrer a vaga do executivo estadual, seguida de duas mortes relacionadas à omissão de sua administração pública do munciípio, passou de lombo liso! Não foi sequer citado pela morte do jovem eletrocutado em parada de ônibus, muito menos pela morte de motoqueiro, provocada por um buraco em plena via, ambas situações que refletem o descaso de sua administração com a coisa pública.

E o que dizer de Ana Amélia Lemos, candidata do PP ao senado, nesses anos todos em que assinou coluna de política em jornal, como também era comentarista de rádio e TV? O direito à filiação partidária é de qualquer brasileira/brasileiro, mas de quem era a voz, o pensamento da articulista? Dela ou de seu partido? Por que esconder essa filiação? Pessoas públicas tem responsabilidades com seu público, ainda mais, quem trabalha em mídia. Donde se vê que responsbailidade social é blá blá blá errebesseano.

O que há de pior na política guasca é apadrinhado por esta empresa midiática. As matérias publicadas em seus veículos dão prova disto. Este blog, como os demais da lista ao lado, denunciam a manobra política partidária do grupo há anos.

Façamos o seguinte: observemos a RBS e os políticos facilmente identificáveis como seus queridinhos. E escolhamos aqueles em que a sacanagem escancarada: 1) da manchete, 2) da escolha da imagem, 3) a página escolhida para divulgar notícia, 4) da diagramação, no mínimo,  nos faça desconfiar das intenções da empresa. As manobras editoriais são tão manjadas, que uma criança é capaz de identificá-las, de tão pueris que chegam a ser.

Não dá mais para aguentar escândalos vergonhosos de administrações públicas apoiadas pelo Grupo RBS. Cada vez que assumem, a estrutura do estado fica mais atrofiada pelas nomeações espúrias nos cargos executivos em qualquer escalão do governo, bem como o dinheiro público é drenado para contas privadas. Ações essas bem investigadas e documentadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.



Com informações dos blogues RSurgente, Diário Gauche, Tomando na Cuia, Zero Fora, jornal eletrônico Sul2 e Twitter.
Imagem: A Fábula da Corrupção é um curta de 8 minutos que nasceu de um edital lançado pela Controladoria Geral da União e UNODC. Produção Cartunaria.

30 de agosto de 2010

Não se pode permitir que outro Pedro Simon se crie no Senado


Algumas das razões por que não se deve votar em Germano Rigotto [PMDB]

Para refrescar a memória das gaúchas e dos gaúchos, sempre tão desatentos à história e às coisas da política, citamos 3 fatos relativos à atuação deste político do PMDB, quando foi governador do RS.

Educação

Empréstimo bancário para o magistério poder receber o 13º salário.

Saúde

Rigotto, ao assumir em 2003, nomeia Osmar Terra para a Secretaria da Saúde. Desde então, o estado o RS deixa de investir o mínimo constitucional na área da saúde, como pode ser lido aqui, aqui e aqui, já que o mesmo secretário permanece no cargo no governo Yeda Crusius.

Segurança

A atuação de Rigotto na área de segurança não foi menos danosa para o estado. Foi ele quem nomeou, em 2003, para Secretaria da Segurança, José Otávio Germano [PP], que teve seu nome envolvido no rumoroso escândalo do Detran, cujo processo ainda tramita na Justiça de Santa Maria/RS, e que também foi alvo de duas CPI na Assembleia Legislativa do RS [aqui e aqui].

A sua administração foi pífia, sem crescimento econômico e penalizando a população via tarifaços. Além de tudo, sua chegada ao Governo do RS, deu-se através de uma manobra cretina, onde ele se apresentava como o "pacificador" [discurso que mantém até hoje], num momento em que o necessário debate se polarizava entre dois projetos políticos distintos, representados por Britto [PPS] e Tarso.[PT]. Rigotto, uma figura anódina, através desse artifício, buscou um distanciamento entre os dois candidatos, sendo ele próprio uma mera continuidade do brittismo! Tudo isso, logicamente, com apoio e blindagem da mídia corporativa, em especial, do Grupo RBS.

Atualizado às 23h43min.

30 de maio de 2010

Corrupção no DCE UFRGS?

A nova geração de líderes direitistas formadas nos diretórios acadêmicos demonstra que estão para lá de preparados para assumir o poder. Aquilo que é o pilar de sustentação ideológica da direita, a apropriação privada dos bens públicos, é uma lição que os pimpões aprendem mesmo antes de falar, ou colocar aparelho nos dentes.

Não houve necessidade de completar-se 1 ano da gestão da direitoria do DCE da UFRGS para que ela já esteja sob suspeição de desvio de dinheiro da instituição. E também, como é típico das denúncias que cercam o envolvimento da direita guasca em escândalos, elas partiram de dentro do grupo que assumiu a direção do DCE. Isso nos dá a sensação de que já vimos esse filme antes...

Sempre é bom lembrar, que essa turma eleita em 2009, tinha o apartidarismo como discurso de campanha. Mas, uma das primeiras providências da nova diretoria, foi posar em foto com a desgovernadora Yeda Rorato Crusius [PSDB/PRBS].

E também é bom lembrar, que o denunciado Marcel Van Hattem, contra quem pesam denúncias de pressão, foi vereador em Dois Irmãos pelo PP, é assessor parlamentar para relações internacionais e economia do deputado federal Renato Molling (PP/RS), conforme consta em seu blog e, agora, licencia-se para concorrer a Deputado Estadual pelo mesmo partido. Como se pode constatar, tudo muito apartidário e desideologizado. Essas relações são mera coincidência, ou intrigas da oposição.

A turminha teen da direita, fiel às velhas e escusas práticas de seu campo ideológico, continua com o discurso imbecil e canalha de negar suas relações partidárias e vínculos ideológicos. Lamentavelmente, dado ao alto grau de despolitização da juventude universitária, esse papo fuleiro colou. E o resultado está aí: investigação por apropriação indébita do dinheiro da entidade e coação a integrantes da diretoria.
DCE da UFRGS: dize-me com quem andas...
Marcel van Hattem é o terceiro da esquerda para a direita e está ao lado do presidente
Renan Arthur Pretto.

Escreve Rodolfo Mohr no Todos as Vozes:

DCE da UFRGS será investigado por corrupção

Pivô do escândalo se licencia para concorrer a deputado estadual

Na segunda-feira, 31 de maio, acontecerá a primeira reunião da Comissão Estudantil de Investigação (CEI). Composta por 21 Centros e Diretórios Acadêmicos (CAs e DAs), a CEI terá como missão passar um pente fino na gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), inundada por graves denúncias de corrupção. Marcel Van Hattem, diretor de Relações Institucionais da entidade e um dos principais denunciados, licenciou-se do cargo nesta sexta-feira, 28, para concorrer a Deputado Estadual pelo Partido Progressista.

A noite da quinta-feira, 27, já está gravada na história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Representando mais de 20 mil estudantes, 29 CAs e DAs estiveram reunidos, na Faculdade de Economia, para ouvir as denúncias de corrupção contra a gestão do DCE realizada pelo ex-advogado da própria gestão Régis Antonio Coimbra.

Eram quase 19h quando começou o depoimento do advogado relatando a apropriação indébita de recursos financeiros pelo presidente Renan Arthur Pretto, estudante de Administração. Explicou em pormenores o desenrolar de uma série de conflitos internos que se sucederam após, segundo ele, Pretto, a mando de Marcel Van Hattem, retirar 5 mil reais do caixa do DCE. Trouxe à tona as ameaças sofridas pela vice-presidente Claudia Thompson e pelo tesoureiro Tiago Bonetti. Os atos de coação teriam sido, de acordo com suas palavras, realizadas por Van Hattem. Por fim, alegou que estes fatos devem levar à destituição da diretoria executiva.

A defesa do jovem Pretto não convenceu os demais representantes estudantis. O presidente do DCE alegou “inexperiência administrativa” quando “sacou o dinheiro do cofre da entidade”, por conta própria, “para pagar um fornecedor”. Porém, esse saque não foi registrado e a nota fiscal que comprova o pagamento, segundo Pretto, foi trazida à prestação de contas dias depois. Assim, assumiu ter ficado com dinheiro da gestão sob seu domínio, sem registro no livro-caixa. A atual gestão se elegeu sobre três princípios: apartidarismo, transparência de gestão e defesa da excelência acadêmica. A CEI apresentará ao final da sua primeira reunião ordinária seu calendário de trabalho e a data da entrega do relatório final.

Imagem: CHIST UFRGS

19 de março de 2010

Interpol atrás do Dep. Paulo Maluf


É assim que os estadunidenses "agradecem" seus lacaios e bajuladores. Foram figuras, como Maluf, que eles instrumentalizaram para dar o golpe em 64.

Quem apoia as intervenções dos EUA pelo mundo afora, se não são, justamente, os malufs da vida?

Conforme o Estadão, que também tem responsabilidade pelo apoio ao golpe civil-militar brasileiro e fez parte do seminário golpista do Instituto Milênio:

O nome do deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi incluído na difusão vermelha da Interpol - a polícia internacional que mantém representação em 181 países - a partir de solicitação dos Estados Unidos. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. A defesa do ex-prefeito (1993-1996) declarou que já está providenciando ação específica para anular a medida, que classifica como "uma afronta ao Congresso brasileiro".
Atualizado às 20h.

11 de janeiro de 2010

Alegre convescote no litoral gaúcho

Maneco escreve um excelente artigo sobre o almoço de final de semana que reuniu o Dep. Fed. Beto Albuquerque [PSB], Francisco Turra [PP, ministro do FHC e anfitrião], Dep. Fed. José Otávio Germano [PP, Rodin, Ação de Improbidade Administrativa], Dep. Fed. Manuela D'Ávila [PCdoB] entre outros:

Beto candidato. Dou-lhe uma, dou-lhe duas…

O deputado Beto Albuquerque (PSB), que se auto-apresenta como terceira via para a eleição de 2010 ao governo do Estado, declarou dias atrás que o momento na política gaúcha é vergonhoso por conta do assédio do PMDB e do PT ao PDT. “Virou leilão”, reclamou o parlamentar. Mas, afinal, o que pode haver de errado em o PT tentar recompor uma aliança com um partido que, como ele, construiu-se à esquerda. E que, inclusive, já foi seu parceiro de governo? E que mal há em o PMDB querer manter um aliado que o levou à Prefeitura de Porto Alegre? E será mesmo falta de vergonha do PDT tentar vincular o apoio de agora à eleição municipal de 2012?

É curioso que Beto Albuquerque considere estes movimentos vergonhosos mas não tenha dito uma palavra sequer sobre o fato de os dois deputados estaduais de seu partido, Miki Breier e Heitor Schuch, estarem entre os que apoiaram a indicação de Marco Peixoto (PP) para o Tribunal de Contas do Estado. Sim, Miki e Schuch assinaram a indicação o que, certamente, não lhes deixou confortáveis, afinal, já sabiam da suspeita de envolvimento de Peixoto com a máfia do Detran. E deve ter sido difícil explicar aos eleitores socialistas porque é que mantiveram a indicação de Peixoto para o Tribunal de Contas mesmo depois de assistir à sabatina em que ele não soube responder sequer quais eram os princípios básicos da administração pública. Pior ainda deve ter sido encontrar uma justificativa razoável para a manutenção da indicação depois de a imprensa ter revelado que Peixoto mantinha sócios-laranja numa empresa.

De todo modo, tanto Miki quanto Schuch já vinham mantendo uma certa distância das ações do bloco de oposição na Assembleia Legislativa. Foi assim, por exemplo, na CPI da Corrupção que eles praticamente ignoraram. E foi assim, também, no esdrúxulo episódio em que o PSDB representou contra o deputado Raul Pont (PT) à Comissão de Ética por uma suposta agressão à deputada Zila Breitenbach. Miki Breier, o corregedor da Comissão de Ética, aceitou a presepada.

Nada disso, contudo, mereceu qualquer crítica do deputado Beto. Ao contrário, tudo leva a crer que tenham sido movimentos devidamente combinados com o deputado federal. Ele sabe que sua candidatura majoritária só terá alguma chance de decolar se contar com o apoio de algum partido que disponha de boa estrutura no interior do Estado. Que nome dar a isso, então? Leilão?

Como o PT e o PMDB já se definiram em torno dos nomes de Tarso e Fogaça, só uma aliança com o PP pode salvar o sonho de Beto de chegar ao Piratini. Daí que apoiar Peixoto e distanciar-se da oposição a um governo corrupto pode não ser exatamente o que se espera de um partido com a história do PSB, mas serve perfeitamente aos interesses imediatos de Beto Albuquerque. Não é à toa que a sigla, nos meios políticos, seja conhecida como o “Partido Só do Beto”.

O PREÇO DO APOIO - De sua parte, o PP costuma cobrar caro por seus apoios eleitorais. Veja-se o caso de José Otávio Germano que para apoiar Yeda Crusius, teria exigido o direito de continuar dando as cartas no Detran. Tanto que, na presidência da autarquia, botou seu fiel escudeiro, Flávio Vaz Netto. Estaria Beto Albuquerque disposto, por exemplo, a entregar o Detran para o PP caso se tornasse governador do Estado? Pelo andar da carroça, Beto parece disposto a pagar qualquer preço. Até mesmo cair na armadilha de se tornar alvo da própria crítica. Porque se é verdade que as conversas entre PT, PDT e PMDB carecem de conteúdo programático, uma aliança PSB/PP seria imbatível no quesito conveniência eleitoral.

O certo é que diante do pragmatismo que marca as decisões das cúpulas dos grandes partidos e das pesquisas que insistem em mostrar que a disputa de 2010 será mesmo entre Tarso Genro e José Fogaça, a tal terceira via com Beto vem fazendo mais água dos que as chuvas do verão. Isto porque embora mantenham o flerte com o PSB, os progressistas não dão sinais de que desejem sair tão cedo do colo de Yeda Crusius. Além do mais, apoiar Beto seria uma aventura e tanto, afinal, eles estiveram em postos-chave dos governos de Britto e Rigotto e o PSB, naqueles períodos, fazia oposição. É de considerar, ainda, que com os reveses que sofreu nos últimos tempos por conta de ver seus quadros envolvidos em enormes escândalos, o PP vai pensar muito antes de arriscar uma diminuição de suas bancadas em nome de uma candidatura com poucas chances como a de Beto que, ao menos até agora, não encontrou sua identidade.

O mote da “pacificação do Estado” insinuado por Beto nas campanhas de tv do PSB confunde-se com o estilo adotado por Germano Rigotto em 2002 e todo mundo já sabe que aquela conversa fiada resultou num governo que, quando disputou a reeleição, ficou fora até mesmo do segundo turno.

A outra tese que permeia as falas de Beto é a de que os gaúchos estariam cansados da disputa entre PMDB e PT. Os números de Tarso e Fogaça nas pesquisas, contudo, se não servem para refutar de vez esta hipótese, ao menos mostram que ela está longe de ser comprovada. Restaria ao PSB, então, enveredar para o apelo ético já que nenhum de seus quadros teria envolvimento com os recentes escândalos da política gaúcha. A aliança com o PP, entretando, de saída acaba com este discurso.

Assim, se insistir na candidatura majoritária, Beto que sempre foi o puxador de votos do PSB, corre o risco de ficar sem mandato e reduzir ainda mais os espaços de seu partido. E este pode ser um preço alto demais para uma sigla que ainda merece respeito.

Em tempo: este post foi escrito antes da foto que Zero Hora publica na edição de hoje em que um alegre Beto Albuquerque aparece num convescote na casa de praia do ex-ministro de FHC, Francisco Turra, ao lado, entre outros, do indefectível José Otávio Germano. (Maneco)

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Correm boatos, pelos alegres convescotes, que a Dep. Fed. Manuela D'Ávila [PCdoB] está em vias de fundar um novo partido. O Partido Comuno Oportunista. Na foto acima, a Deputada e os possíveis integrantes da nova sigla. Consta, que o Dr. Robalo, também presente ao almoço, solicitou retoques na imagem, na parte em que ele aparecia.

Foto: DANIELA MIRANDA, DIVULGAÇÃO

6 de dezembro de 2009

Documento da CPI para guardar


A CPI da Corrupção disponibilizou, no blog Zero Corrupção, o arquivo da apresentação sobre as Fraudes em Licitações no RS, produto de suas investigações.

É para baixá-lo AQUI e guardá-lo!

12 de outubro de 2009

Impedimento da Governadora Ré

Entre pufes e adiamento de viagens, a semana anterior também foi marcada pelo arquivamento do processo de Impedimento da Governadora Ré Yeda Rorato Crusius [PSDB-PRBS] instalado na Assembleia Legislativa do RS.

A relatora Zilá Breitenbach [PSDB] e o presidente da comissão Pedro Westphalen [PP], por não tomarem nenhuma providência investigativa, bem como os deputados da base aliada, que seguiram o voto da relatora, envolveram-se no acobertamento dos casos corrupção do desgoverno Yeda. Passaram recibo do descalabro, escancararam sua cumplicidade! São eles e elas:Ao tentar realizar o levantamento das ações da Governadora Ré, tarefa difícil, pois toda a semana, senão todos os dias, desde 2006, aconteceu um escândalo, resgatamos 4 situações que já apontavam o que nos esperava em termos de impáfia, arrogância, insanidade e mentira. São elas:

7 de novembro de 2006

CHURRASQUINHO DE MÃE

Yeda Crusius está deslumbrada com o poder. Na verdade, dá sinais de que não “está”, mas “é” deslumbrada mesmo. Após a antológica declaração sobre o Piratini – “estou indo para o meu palácio” -, a futura governadora revela que sonha em ser presidente da República. Bateu todos os recordes. Nem assumiu ainda o cargo mais importante do Estado e já fala em disputar o cargo máximo da República. A entrevista concedida a Jô Soares foi um espetáculo de deslumbramento e constrangimento. Deslumbrada com a vitória, esforçou-se na arte da milonga retórica. Foi um desastre (ou um espetáculo, dependendo do ponto de vista).

Cutucada no flanco regionalista, a deputada tucana tentou mostrar que conhece muito bem os costumes da terra. Foi mais ou menos como se Adriano Gabiru tentasse discorrer sobre a dedução transcendental da Crítica da Razão Pura. Falou no “churrasquinho de mãe” de Teixeirinha, com direito à mímica de churrasqueiro, listou monumentos inexistentes ao bardo gaudério, analisou a grade categorial da nomenclatura dos pães no RS – “Tem cacete, cacetinho e cacetão, conforme o tamanho do pão” – e aventurou-se pelo sempre complexo tema das vestimentas gauchescas – “pantalha é uma parte da vestimenta típica do gaúcho” -, sendo corrigida pelo tradicionalista Jô Soares que explicou a ela que pantalha é a cúpula do abajur. Tem gente rindo até agora. Em homenagem à futura governadora, apresentamos AQUI o clássico de Teixeirinha. Para uma versão mais modernosa, clique AQUI e cante com a futura governadora. [RSurgente]


PARA QUEM NÃO VIU...

Para quem não teve a oportunidade de ver a Yeda no Jô, vale a pena ler a matéria de Vivian Eichler, na Zero Hora de hoje. É antológica. Para ler, recortar e abrir a coleção sobre o governo tucano que vem aí. Aqui vai um aperitivo:

“...Jô demonstrou saber que o marido de Yeda é natural do Rio Grande do Sul. A tucana complementou explicando que Carlos Crusius é de Passo Fundo. “Terra de Teixeirinha. Aquele do churrasquinho de mãe”, disse, mexendo as mãos como se assasse um churrasco.

“A terra ali em Passo Fundo tem várias esculturas do Teixeirinha”, prosseguiu a deputada federal. De fato, em Passo Fundo há uma escultura do artista, no centro da cidade. Mas apenas uma, conforme informou a prefeitura do município onde Teixeirinha começou a fazer sucesso musical”...

E por aí vai.... [RSurgente]


9 de novembro de 2006

FICHA LIMPA E PACOTÃO
A governadora eleita Yeda Crusius (PSDB) reafirmou que não escolherá nenhum nome para compor seu secretariado que tenha contra si acusações de corrupção e de envolvimento com outras irregularidades. Quer ficha limpa total. Mas podem ocorrer triangulações que acabem beneficiando políticos env
olvidos em escândalos. É o caso, por exemplo, do deputado federal Edir Oliveira (PTB), acusado de ter recebido propina da família Vedoin no caso da máfia das sanguessugas. O ex-secretário do Trabalho e Assistência Social do governo Rigotto acabou não sendo eleito, mas é o primeiro suplente do PTB. O partido pode indicar o deputado eleito Paulo Roberto Manuel Pereira para compor o secretariado do futuro governo, abrindo assim a porta para Edir Oliveira recuperar o seu mandato. Além dessas composições, Yeda quer a presidência da Assembléia no primeiro ano de seu governo, para tentar aprovar com maior facilidade um pacote de medidas que pode atingir duramente os servidores públicos. A conferir. [RSurgente]

1º de janeiro de 2007


O "A conferir" do Marco foi magistral! De lá para cá, conferimos o triste caminho político trilhado pelo eleitorado guasca. Hoje, quase não se encontra as pessoas que assumem, publicamente, que votaram numa mentira, numa enganação midiática. Um voto parido pela preguiça em buscar informações diferenciadas sobre o contexto, pela incapacidade de pensar por si mesmo, pelo desprezo da coisa pública, o que denota ignorância. Minha mãe dava nome para as pessoas instruídas, mas alienadas: um burro carregado de livros.

E essa barbaridade perpetrada por Zilá e Pedro Westphalen só se cria, porque temos a principal aliada da direita: mídia corporativa. Não fosse o silêncio sepulcral das redações, ou os sorrisos amarelos, as ironias toda a vez que se necessita tratar da corrupção no desGoverno Yeda, talvez, a mobilização popular fosse outra. Estivesse algum desafeto político da mídia-empresas privadas em cargo executivo no RS, a História seria outra.

Arte: Zero Corrupção

16 de setembro de 2009

9 de setembro de 2009

11 de agosto de 2009

Conversa ao pé da orelha com o Nelson?

Essa notícia foi pescada no blog O Partisan:
Esse trecho muito interessante da degravação de uma conversa entre dois denunciados pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa (pg. 195) dificilmente será noticiado ou terá evidencia no oligopólio midiático regional.

O Deputado José Otávio Germano se queixa de uma matéria do jornal Zero Hora para Dornel Maciel. Depois faz o seguinte encaminhamento: "Tem que pegar aí um grupo que não esteja diretamente envolvido e ir lá falar com o Nelson, viu".

Falar com o Nelson da RBS.

No que diz respeito as relações com a mídia, o modus operandi dos acusados de saquear os cofres públicos é muito similar nos casos que envolveram o banqueiro Daniel Dantas e os denunciados na Operação Rodin. Trata-se de cuidar da imagem dos seus integrantes perante a opinião pública, para confundi-la, passando uma imagem de lisura e idoneidade. Para tanto, aproximam-se de jornais, agências de publicidade e de profissionais da área de comunicação, investindo em versões favoráveis aos seus interesses ou projetos.

Uma história que ainda aguarda para ser contada.