20 de fevereiro de 2007

CEL3UMA: "Terrorismo verdadeiro"

Este texto está no CEL3UMA e nós o reproduzimos na íntegra. Atentem ao fato de que Zbigniew Brzezinski participou do governo "democrata" de Jimmy Carter, o presidente que tinha, como bandeira, os direitos humanos.
TERRORISMO VERDADEIRO - 9.2.07

Governo estadunidense
oRGanizOU quEdA das toRRes gêMEAs

Ontem, Cristóvão Feil fez a gentileza de traduzir do francês, matéria publicada no portal de esquerda Voltaire.Net, sobre as declarações do antigo conselheiro de Segurança estadunidense e mentor da Guerra Fria, Zbigneiw Brzezinsk, que revelam como o despotismo da indústria bélica, que é o verdadeiro governo "democrático" dos Estados Unidos opera a política econômica e a geopolítica, acima de qualquer coisa, inclusive da própria população estadunidense. Segue a íntegra do texto:
Com exceção do "The Washington Note" e do inglês "Financial Times", a grande mídia decidiu não relatar as declarações de Zbigniew Brzezinski [foto] que agitam a classe dirigente americana, nos últimos dias. Ouvido em 01 de fevereiro último (quinta-feira passada) pela Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, o antigo conselheiro de segurança leu uma declaração cujos termos tinham sido cuidadosamente pesados. Disse:
"Um cenário possível para um confronto militar com o Irã implica que a derrota iraquiana se consume; seguida por acusações americanas tornando o Irã responsável por esta derrota; depois, por algumas provocações no Iraque ou um ato terrorista em solo americano pelo qual o Irã seria responsabilizado. Isto poderia culminar com uma ação militar americana "defensiva" contra o Irã que mergulharia a América isolada num profundo lamaçal englobando o Irã, o Iraque, o Afeganistão e o Paquistão".
Vocês leram bem: o senhor Brzezinski evocou a possível organização pela administração Bush de um atentado em solo americano que seria falsamente atribuído ao Irã para provocar uma guerra.
Em Washington, os analistas hesitam entre duas interpretações desta declaração. Para uns, o antigo conselheiro nacional de segurança tentou tirar o tapete dos neocons e lançar antecipadamente a dúvida sobre qualquer circunstância que conduzisse à guerra. Para outros o senhor Brzezinski quis, de alguma maneira, sugerir que em caso de confronto com os partidários da guerra, ele poderia reabrir o dossiê do 11 de Setembro.
Comentário do Cristóvão:
Seja como for, a hipótese de Thierry Meyssan, o diretor do portal de esquerda Voltaire.Net - segundo a qual os atentados do 11 de Setembro teriam sido
perpetrados por uma facção do complexo militar-industrial para provocar as guerras do Afeganistão e do Iraque - deixa o assunto para ser resolvido pela elite de Washington.
Já o senhor
Zbigniew Brzezinski merece um minuto da nossa atenção.
Trata-se, junto com Henry Kissinger, de um dos ideólogos mais influentes da geo-estratégia mundial dos últimos 50 anos. Brzezinski nasceu na Polônia, e é o criador da Al Qaeda como instrumento de combate aos soviéticos na guerra Afeganistão-URSS. Esse professor, naturalizado norte-americano, é um dos formuladores de conceitos sobre as relações internacionais e o poderio imperial dos EUA. Pertence ao Partido Democrata e trabalhou com o presidente Carter de 1977 até 1981, tendo, antes, sido um dos mentores da Guerra Fria. Brzezinski foi quem encomendou a Samuel Huntington a obra "O Choque das Civilizações" para fazer a disputa ideológica com o mundo árabe (vejam o grau de cerebralismo do cara). O próprio Lyndon La Rouche, um notório ultra-direitista perseguido nos EUA, com várias penas de prisão no currículo, não hesita em ligar Brzezinski ao "golpe de Estado" levado a efeito no 11 de Setembro. Pois, a recentíssima declaração de Brzezinski à Comissão do Senado parece de fato confirmar as piores suspeitas.

O uso de atENtados tERRoRistas paRA cRiaR tENSão
No mesmo portal, a jornalista suiça Silvia Cattori
entrevista Daniele Ganser, professor de história contemporânea na universidade de Basiléia e presidente da ASPO-Suíça, publicou um livro de referência sobre os "Exércitos secretos da OTAN" . Segundo ele os Estados Unidos organizaram na Europa Ocidental durante 50 anos atentados que atribuíram mentirosamente à esquerda e à extrema esquerda para as desacreditar aos olhos dos eleitores. Esta estratégia continua hoje em dia para criar o temor do Islam e justificar as guerras do petróleo.
A sua obra consagrada aos exércitos secretos da
OTAN explica o que é a estratégia da tensão e o grande perigo dos terrorismos bandeira-falsa . O livro mostra-nos como a OTAN durante a Guerra Fria – em coordenação com os serviços de informação dos países europeus ocidentais e com o Pentágono – serviu-se de exércitos secretos, recrutou espiões nos meios da extrema direita e organizou actos terroristas que foram atribuídos à extrema esquerda.

2 comentários:

Anônimo disse...

Putz, jogo pesado! Mas nada a estranhar: para os capitalistas, sejam gringos ou tupiniquins, o que importa é dinheiro, tudo é acumulação de poder e dinheiro. As vidas humanas sacrificadas no processo são apenas um detalhe inconveniente. Em breve, quando o dinheiro for substituído pela necessidade de ar e água - infelizmente eles não podem respirar e beber dinheiro - voltarão sua cobiça para a Amazônia. Olho vivo e barbas de molho. Tio Sam e seus rapazes vêm aí.

Jean Scharlau disse...

UAU!!!