Segundo consta no Atlas Eólico Brasileiro, o Brasil tem um potencial na geração de energia por meio de ventos equivalente a dez usinas de Itaipu. No entanto, hoje o país explora somente 2% da sua capacidade de geração deste tipo de energia. A diretora do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Laura Porto, afirma que as fontes de energia alternativas têm uma importância fundamental de complementar e diversificar a matriz energética do país, hoje dependente majoritariamente do gás e das hidrelétricas. “A energia tem que ser explorada de forma mais eficiente e mais sustentável e tem que ser usada também de forma mais eficiente, não só na exploração, na geração como também no uso”. De acordo com a diretora, o entrave ao desenvolvimento das fontes alternativas reside no fato de que elas ainda são mais caras, devido à falta de investimento em uma tecnologia que viabilize a produção e distribuição das mesmas. A energia eólica é 40% mais cara para a produção de cada kilowatt/ hora, valor que, de acordo com Laura, pode ser mudado em curto prazo. “Quanto mais o país tiver condições de investir em fontes renováveis, melhor, porque vai depender menos dos combustíveis fósseis. Acho que hoje o Brasil tem uma condição super privilegiada em relação à matriz dele. Os últimos dados são que quase 45% da matriz brasileira é renovável. Só pra você ter uma idéia, a média mundial é 13 e a dos países desenvolvidos da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico], 6%. Então esses países tão totalmente dependentes das fontes fósseis”.
De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.
22/06/07
22/06/07
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