8 de julho de 2007

Areias betuminosas: um novo cenário na crise de energia

No ano passado, assistimos, na TV a cabo, um documentário sobre a extração de areias betuminosas na região norte do Canadá, mais precisamente na tundra. O documentário, como qualquer produto da grande mídia, exaltava os aspectos tecnológicos do projeto e mal tocava nas suas conseqüências ambientais.
Mas, para quem sabe ver, não é preciso uma opinião de especialista para perceber a devastação provocada pelo empreendimento. Simplesmente, uma grande extensão da floresta boreal é removida, para que se retire uma areia impregnada de betume que, depois de um processo de "lavagem", tem dela extraído o petróleo a um custo econômico 20 vezes maior do que a extração convencional. Porém, este ainda não é o maior custo, pois o que sobra, após a extração, é uma paisagem lunar irrecuperável.
Agora, Naomi Klein escreve um artigo, enfatizando este aspecto e acrescentando, a ele, um outro que, na ocasião, não havíamos percebido, ou seja, a inclusão do Canadá no clube dos países que mais contribuem para o aumento do efeito estufa por conta do uso das elevadas temperaturas que este processo exige.
No final das contas, essa é mais uma das conseqüências do desespero ianque por fontes de energia que mantenham a sua sociedade funcionando com o alto padrão de desperdício que a caracteriza.
Leia o texto da Klein AQUI (em espanhol). Como leitura complementar, sugerimos o seu artigo Bagdá Ano Zero, que profetizava o fracasso estadunidense na ocupação do Iraque e no controle do seu petróleo.
Imagens extraídas da publicação Carbon Neutral 2020.

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