No texto abaixo, uma avaliação da equivocada presença das tropas brasileiras no Haiti e as estarrecedoras declarações de Nelson Jobim. Talvez elas expliquem, o porquê do seu pouco empenho em proteger a testemunha sobrevivente do massacre da Candelária - que sofreu dois atentados e precisou sair do país - quando Jobim ocupou o cargo de Ministro da Justiça no Governo FHC.
Brasil já gastou R$ 370 milhões com tropas no Haiti
Recursos representam mais da metade do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, utilizado para financiar ações e equipamentos para os Estados combaterem a violência no Brasil
A ação militar brasileira que integra a Missão Especial das Nações Unidas (Minustah) no Haiti custou ao Brasil aproximadamente R$ 370 milhões. A Organização das Nações Unidas (ONU) ainda repassou mais R$ 200 milhões para manutenção das tropas. Estes valores foram gastos entre junho de 2004 e junho de 2007 e foram apresentados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante visita ao Haiti esta semana.
Os R$ 370 milhões correspondem a mais da metade do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, utilizado para financiar ações e equipamentos para os estados combaterem a violência no Brasil. O enviado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao Haiti, Aderson Bussinger, preparou um relatório crítico à ação militar no país e defendeu que a intervenção brasileira deveria assumir outro caráter.
“Se o Brasil quisesse enviar médicos, professores e alimentos ao Haiti é uma outra situação. Agora, qual é o orçamento da Minustah? 85% é militar e destinado às atividades repressivas. Esta intervenção que o Brasil faz no Haiti é nos moldes que os Estados Unidos faz em outros países. Cercamento de bairros pobres, manutenção de um estado de coação moral, pressão psicológica, que eu chamo de assédio militar. Não tem, ao meu ver, nada de humanitário”.
Para o ministro Nelson Jobim, a experiência das tropas brasileiras no Haiti é uma possibilidade de formação e treinamento para atuação em guerras urbanas. Bussinger afirma que o tipo de repressão aplicado no Haiti é muito semelhante à atuação feita hoje pela polícia nas favelas do Rio de Janeiro. E, segundo ele, o que estão chamando de “política de segurança” no Rio, significa o extermínio de jovens e a criminalização dos pobres. (Radioagência NP, 06/09/2007, Vinicius Mansur, de São Paulo).
Recursos representam mais da metade do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, utilizado para financiar ações e equipamentos para os Estados combaterem a violência no Brasil
A ação militar brasileira que integra a Missão Especial das Nações Unidas (Minustah) no Haiti custou ao Brasil aproximadamente R$ 370 milhões. A Organização das Nações Unidas (ONU) ainda repassou mais R$ 200 milhões para manutenção das tropas. Estes valores foram gastos entre junho de 2004 e junho de 2007 e foram apresentados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante visita ao Haiti esta semana.
Os R$ 370 milhões correspondem a mais da metade do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, utilizado para financiar ações e equipamentos para os estados combaterem a violência no Brasil. O enviado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao Haiti, Aderson Bussinger, preparou um relatório crítico à ação militar no país e defendeu que a intervenção brasileira deveria assumir outro caráter.
“Se o Brasil quisesse enviar médicos, professores e alimentos ao Haiti é uma outra situação. Agora, qual é o orçamento da Minustah? 85% é militar e destinado às atividades repressivas. Esta intervenção que o Brasil faz no Haiti é nos moldes que os Estados Unidos faz em outros países. Cercamento de bairros pobres, manutenção de um estado de coação moral, pressão psicológica, que eu chamo de assédio militar. Não tem, ao meu ver, nada de humanitário”.
Para o ministro Nelson Jobim, a experiência das tropas brasileiras no Haiti é uma possibilidade de formação e treinamento para atuação em guerras urbanas. Bussinger afirma que o tipo de repressão aplicado no Haiti é muito semelhante à atuação feita hoje pela polícia nas favelas do Rio de Janeiro. E, segundo ele, o que estão chamando de “política de segurança” no Rio, significa o extermínio de jovens e a criminalização dos pobres. (Radioagência NP, 06/09/2007, Vinicius Mansur, de São Paulo).
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