Fonte: ViomundoMSM pode ir ao Ministério Público pedir garantia de pluralismo na TV Globo
O presidente do Movimento dos Sem-Mídia, Eduardo Guimarães, cogita de propor ao Ministério Público que garanta, judicialmente, o pluralismo de opiniões em concessões públicas de rádio e de televisão. A idéia, segundo Guimarães, ganhou força depois da aparição do colunista Diogo Mainardi no programa de Jô Soares, referindo-se ao presidente da República como "anta". Eduardo acredita que é apropriado, sim, fazer esse tipo de comentário, desde que a emissora apresente também pontos-de-vista que não sejam apenas os dos concessionários.
Foi uma conversa muito esclarecedora e agradável, a primeira que tive com o Eduardo por telefone. Pretendo reproduzí-la na íntegra e, se conseguir vencer algumas barreiras tecnológicas, subí-la no YouTube. Fiquei impressionado com a argumentação do presidente do MSM. Reproduzo, por agora, um trecho:
Eduardo Guimarães: "Aquele programa do Jô Soares ontem à noite eu me senti agredido, eu me senti esbofeteado, não é pelo Lula, mas é pelo desrespeito à opinião divergente, o desrespeito àquele que não compactua com aquele ponto-de-vista. Eu acho que aquele ponto-de-vista pode ir na TV, chamar o Lula de ignorante, de ladrão, de anta, de peru, de papagaio... ele pode fazer as acusações que ele quiser , contanto que ele assuma e responda por elas.
Eu acho um absurdo que eu não possa dar o meu ponto-de-vista, que eu não possa dizer o contrário. Quando eu digo eu, Eduardo, estou dizendo um setor da sociedade que pensa diferente, num país que fez uma escolha eleitoral totalmente diferente daquela que fez o Mainardi, que fez o Jô Soares...essas pessoas não têm esse direito porque tem uma família Marinho, que ganhou uma concessão do estado, que cresceu com dinheiro público no período da ditadura - as Organizações Globo cresceram, todos nós sabemos, isso não é um segredo, não é uma calúnia... a Globo cresceu durante a ditadura com dinheiro público -, continua sendo irrigada com dinheiro público [da propaganda oficial], consegue favores do estado via equacionamento de dívidas com organismos de crédito oficiais, tendo facilidades e tratamento privilegiado e que se assenhora de uma concessão pública para fazer prevalecer a opinião do concessionário.
Essa opinião do concessionário é válida, mas ele é detentor de uma concessão pública e recebe verbas públicas e tem obrigação de permitir a pluralidade. Eu acho que isso pode ser exigido junto à Justiça. Uma das propostas do Movimento dos Sem-Mídia é ir ao Ministério Público fazer uma denúncia. Eu acho que quanto ao programa de ontem cabe uma denúncia. A gente precisa pedir ao Ministério Público que garanta, que proponha à Justiça a garantia de que todos possam opinar numa concessão pública, que é de todos, não é só da família Marinho."
Publicado em 7 de novembro de 2007
O presidente do Movimento dos Sem-Mídia, Eduardo Guimarães, cogita de propor ao Ministério Público que garanta, judicialmente, o pluralismo de opiniões em concessões públicas de rádio e de televisão. A idéia, segundo Guimarães, ganhou força depois da aparição do colunista Diogo Mainardi no programa de Jô Soares, referindo-se ao presidente da República como "anta". Eduardo acredita que é apropriado, sim, fazer esse tipo de comentário, desde que a emissora apresente também pontos-de-vista que não sejam apenas os dos concessionários.
Foi uma conversa muito esclarecedora e agradável, a primeira que tive com o Eduardo por telefone. Pretendo reproduzí-la na íntegra e, se conseguir vencer algumas barreiras tecnológicas, subí-la no YouTube. Fiquei impressionado com a argumentação do presidente do MSM. Reproduzo, por agora, um trecho:
Eduardo Guimarães: "Aquele programa do Jô Soares ontem à noite eu me senti agredido, eu me senti esbofeteado, não é pelo Lula, mas é pelo desrespeito à opinião divergente, o desrespeito àquele que não compactua com aquele ponto-de-vista. Eu acho que aquele ponto-de-vista pode ir na TV, chamar o Lula de ignorante, de ladrão, de anta, de peru, de papagaio... ele pode fazer as acusações que ele quiser , contanto que ele assuma e responda por elas.
Eu acho um absurdo que eu não possa dar o meu ponto-de-vista, que eu não possa dizer o contrário. Quando eu digo eu, Eduardo, estou dizendo um setor da sociedade que pensa diferente, num país que fez uma escolha eleitoral totalmente diferente daquela que fez o Mainardi, que fez o Jô Soares...essas pessoas não têm esse direito porque tem uma família Marinho, que ganhou uma concessão do estado, que cresceu com dinheiro público no período da ditadura - as Organizações Globo cresceram, todos nós sabemos, isso não é um segredo, não é uma calúnia... a Globo cresceu durante a ditadura com dinheiro público -, continua sendo irrigada com dinheiro público [da propaganda oficial], consegue favores do estado via equacionamento de dívidas com organismos de crédito oficiais, tendo facilidades e tratamento privilegiado e que se assenhora de uma concessão pública para fazer prevalecer a opinião do concessionário.
Essa opinião do concessionário é válida, mas ele é detentor de uma concessão pública e recebe verbas públicas e tem obrigação de permitir a pluralidade. Eu acho que isso pode ser exigido junto à Justiça. Uma das propostas do Movimento dos Sem-Mídia é ir ao Ministério Público fazer uma denúncia. Eu acho que quanto ao programa de ontem cabe uma denúncia. A gente precisa pedir ao Ministério Público que garanta, que proponha à Justiça a garantia de que todos possam opinar numa concessão pública, que é de todos, não é só da família Marinho."
Publicado em 7 de novembro de 2007
3 comentários:
Olha Cláudia,eu penso que podem me chamar de ANTA desde que PROVEM !!!!!
Assim eu acho que tb o Presidente da República deve pensar tb...
Terão que provar na justiça que eu sou ou não uma ANTA,lindo mamífero!
Eu faria uma denúncia por dano moral ou Animal... sei lá,mas as leis definiriam.
O pior de tudo é que nem sabem nada da sociedade das Antas. Isso é que é burrice!
abraço sueli
Como é maravilhosa a sensação de quando vc lê alguma coisa e se identifica profundamente, de tal forma a sentir-se vingado, como se um nó na garganta tivesse sido arrancado...
Assim me senti ao ler esse post.
Não imaginas como me sinto mal, de verdade, ao assistir, ler e insistir em ver os consensos fabricados..
Meu blog está na ativa, mais do que nunca!
Abraços turma!!
Oi Cláudia. Assino embaixo do que o Álvaro escreveu acima.
Postar um comentário