10 de dezembro de 2007

10 de dezembro: Dia Internaciona dos Direitos Humanos

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.

3 comentários:

Jens disse...

Claudia e Eugênio, amigos: voltei. Não deu pra ficar longe da blogofera. Gosto demais de escrever e, também, ler e comentar o que os companheiros virtuais escreve. Isto posto, vamos aos negócios.
***
Como sabem, não morro de amores pela Globo, muito pelo contrário. No entanto, não concordo com as manifestações do COFEN, SBAC e CREMERS, postadas abaixo. Na minha visão elas se chocam com a liberdade de opinião e criação, objeto deste post. Na novela tem também um advogado racista. Seria o caso da OAB manifestar sua contrariedade?
Se objeções desta natureza forem acatadas, pelas emissoras de tevê ou realizadores de cinema - entre outros -, corremos o risco dos personagens maus das obras de ficção não terem profissão alguma ou serem representantes das categorias que não tem poder de pressão. Motivos para desancar a Globo é que não faltam - todos justos. Mas subscrever protestos deste tipo considero um equívoco.
Acho que o debate é sempre bem vindo, né?
Um abraço.
Arriba!

Anônimo disse...

Oi, Jens!
Claro que o debate é bem-vindo e, mais, este tipo de discussão ocorre num fórum sobre comunicação pública do qual participo.
A questão é que estas entidades de classe se manifestaram, e com razão, contra o estereótipo grosseiro que se fez em relação às categorias profissionais que elas representam. E digo mais, defendo que qualquer categoria deva se manifestar ao se sentir prejudicada. Os brasileiros não estão acostumados a fazer valer os seus direitos.
A gente precisa pensar o conteúdo televisivo dentro do aspecto da responsabilidade social que este meio tem e pensar o conteúdo tb dentro da categorias direitos humanos. "Duas Caras" é uma novela que está enquadrada numa classificação indicativa de 12 anos e o que ela mostra? Um fetiche sexual, o batido chavão da enfermeira ninfomaníaca; médicos violando preceitos éticos como coisa normal e aceitável; e laboratórios clínicos que são a casa da mãe joana. E mais, para um determinado conjunto da população, a lei e o estado simplesmente não existem nessa novela - coisa que não é objeto de crítica e que, para mim, é a sua ação mais nefasta. Ela legitima as ações individuais ilícitas, beirando ao gangsterismo, e exalta o mercantilismo na educação como a única forma capaz de resolver as mazelas educacionais. Tudo isso não pode ser banalizado em busca de mais audiência.
Acho que temos que parar com esse medo de sermos taxados de patrulheiros ideológicos, quando nós criticamos "produtos culturais" de péssima qualidade, tb eles altamente impregnados de conteúdo ideológico. Nós podemos ser doutrinados, mas não podemos criticar a doutrina.
Precisamos pensar a tv comercial como ela é: vive de audiência, vive de patrocínios e, ainda por cima, sustentada por nós, visto que o grosso da verba publicitária é estatal.
Se a mobilização contra a péssima qualidade dos conteúdos televisivos parte de entidades, nem por isso deve ser desprezada. Muito pelo contrário, estas entidades, além da função de defender as suas categorias profissionais, estão ajudando a melhorar a qualidade da programação. Porque a Rede Globo não dá a mínima para a queixa dos sujeitos, mas já balança um pouquinho, quando potenciais clientes possam se queixar de seus produtos. Não esqueça que ela tem jornal e que essas associações poderão publicar seus editais nele.
Poderia escrever sobre a erotização da infância, sobre os insuportáveis níveis de violência, sobre a sensação de impunidade, sobre a competição, a desqualificação e criminalização dos movimentos socias, etc., suscitados por essa novela, coisas que tem muito a ver com as queixas do CREMERS, do COFEN e da SBAC, ainda que eles não tenham se detido nisso.
Abraço, que bom ter teu retorno! Como dizia o Quintana, o bom filho, a casa entrona... :-)

Anônimo disse...

ops.. ENTORNA!!! :-)