No dia 20 de março, às 18 horas, no DCE/UFRGS, Porto Alegre, foi realizado o encontro de mídia alternativa, primeira reunião regionalizada, após o encontro de São Paulo para discutir o tema. Estiveram presentes Joaquim Palhares e Marcos Dantas, os quais expuseram o contexto daquela primeira reunião. Estiveram presentes 49 pessoas: professores universitários, jornalistas, estudantes de jornalismo, universitários em geral, representantes dos movimentos sociais, políticos, dirigentes sindicais, blogueiros, donos de jornais de bairro e público em geral.
A partir do consenso de que temos um problema com a qualidade da informação, não só no Brasil, uma vez que as grandes corporações de mídia dominam a pauta daquilo que se deve ou não informar à população, um problema comum a todos, enfatizaram-se quatro pontos a serem considerados pelas pessoas que desejem compor esse movimento, ainda que não se saiba o caráter definitivo, pois está em construção:
1) o respeito à diversidade, já que não existe o objetivo de unificar o pensamento, nem a forma de fazer de cada um;
2) o cuidado com a formação do estudante de jornalismo, o desafio da universidade em romper com o paradigma do mercado, preocupação real do estudante universitário;
3) o fortalecimento da chamada mídia alternativa (ainda que, neste caso, não tenha se debatido o seu conceito);
4) a criação de uma legislação que garanta recursos para a mídia alternativa.
Os encontros regionais são preparatórios ao encontro do Rio de Janeiro, a acontecer em maio deste ano, na ECO/UFRJ.
Nas contribuições dos participantes do encontro de Porto Alegre, foram expostos:
a) A importância do encontro em Porto Alegre, uma vez que o RS tem grande participação no SIVUCA (www.sivuca.com), grupo de blogueiros que se preocupam em produzir informação e opinião diversa da mídia hegemônica, e iniciativa do jornalista Luiz Carlos Azenha.
b) Debater uma legislação sobre recursos para a mídia alternativa, como uma política de estado, desatrelando-a do governo eleito da vez, tanto em nível federal, estadual e municipal. E, ao mesmo tempo, implementar meios de controle social, através de conselhos com caráter deliberativos.
c) Dentro dos cursos de Comunicação Social, existe um número considerável de estudantes que se preocupam com a qualidade da sua formação acadêmica e com postura crítica à mídia corporativa.
d) O debate sobre mídia alternativa precisa ser levado para a população em geral.
e) Observar os movimentos da mídia tradicional, que está tomando força e ocupando espaços, através de blogues de seus jornalistas, com grande visitação.
f) A mídia alternativa precisa confrontar a mídia tradicional, na medida em que a versão dos fatos, ou a distorção da realidade, é que entra em pauta, não o fato em si. Por isso, em Porto Alegre, os jornais de bairro têm grande incidência como fonte de informação.
g) É preciso implodir o sistema vigente. As ações precisam ser incisivas, a fim de que haja rupturas em relação à mídia corporativa.
h) A Conferência Nacional de Comunicação tem verba orçamentária em 2008, não se sabe o valor. Os movimentos sociais precisam estar atentos e participarem, uma vez que o novo marco regulatório das comunicações, bem como legislação, serão temas a serem debatidos na conferência.
i) Houve preocupação com o financiamento dos encontros para tratar a mídia alternativa. Foi informado que, no encontro de São Paulo, os custos ficaram a cargo da Agência Carta Maior e que, para o encontro do Rio de Janeiro, há possibilidade de apoio por parte de alguns sindicatos.
A maioria dos participantes ficou sabendo do encontro por meio de convites enviados pela internet. Como não houve discussão sobre o conceito "mídia alternativa", optou-se por utilizar este termo na ata, atendendo ao convite lançado.
Ao final da reunião, foram indicados os membros da comissão executiva, representantes do RS, que organizará encontros preparatórios, em Porto Alegre, antes do evento do Rio de Janeiro.
A agenda para os encontros regionais é a seguinte:
04 de abril no Rio de Janeiro, na sede da ABI;
07 de abril em Belém, na Universidade do Pará;
08 de abril em Fortaleza, na Universidade do Ceará;
09 de abril em Recife, na Universidade Católica de Pernambuco;
10 de abril em Aracaju, em local ainda a ser definido;
11 de abril em Salvador, na UFBA.
Leia mais:
• Alternativos e independentes de todo o Brasil: uni-vos!, por Marcelo Duarte
• Somos independentes e diversos, por Wladymir Ungaretti
• Em defesa de uma mídia livre, por Marco Aurélio Weissheimer
• A mídia nos nossos dias: a reunião de 8 de março de 2008
A partir do consenso de que temos um problema com a qualidade da informação, não só no Brasil, uma vez que as grandes corporações de mídia dominam a pauta daquilo que se deve ou não informar à população, um problema comum a todos, enfatizaram-se quatro pontos a serem considerados pelas pessoas que desejem compor esse movimento, ainda que não se saiba o caráter definitivo, pois está em construção:
1) o respeito à diversidade, já que não existe o objetivo de unificar o pensamento, nem a forma de fazer de cada um;
2) o cuidado com a formação do estudante de jornalismo, o desafio da universidade em romper com o paradigma do mercado, preocupação real do estudante universitário;
3) o fortalecimento da chamada mídia alternativa (ainda que, neste caso, não tenha se debatido o seu conceito);
4) a criação de uma legislação que garanta recursos para a mídia alternativa.
Os encontros regionais são preparatórios ao encontro do Rio de Janeiro, a acontecer em maio deste ano, na ECO/UFRJ.
Nas contribuições dos participantes do encontro de Porto Alegre, foram expostos:
a) A importância do encontro em Porto Alegre, uma vez que o RS tem grande participação no SIVUCA (www.sivuca.com), grupo de blogueiros que se preocupam em produzir informação e opinião diversa da mídia hegemônica, e iniciativa do jornalista Luiz Carlos Azenha.
b) Debater uma legislação sobre recursos para a mídia alternativa, como uma política de estado, desatrelando-a do governo eleito da vez, tanto em nível federal, estadual e municipal. E, ao mesmo tempo, implementar meios de controle social, através de conselhos com caráter deliberativos.
c) Dentro dos cursos de Comunicação Social, existe um número considerável de estudantes que se preocupam com a qualidade da sua formação acadêmica e com postura crítica à mídia corporativa.
d) O debate sobre mídia alternativa precisa ser levado para a população em geral.
e) Observar os movimentos da mídia tradicional, que está tomando força e ocupando espaços, através de blogues de seus jornalistas, com grande visitação.
f) A mídia alternativa precisa confrontar a mídia tradicional, na medida em que a versão dos fatos, ou a distorção da realidade, é que entra em pauta, não o fato em si. Por isso, em Porto Alegre, os jornais de bairro têm grande incidência como fonte de informação.
g) É preciso implodir o sistema vigente. As ações precisam ser incisivas, a fim de que haja rupturas em relação à mídia corporativa.
h) A Conferência Nacional de Comunicação tem verba orçamentária em 2008, não se sabe o valor. Os movimentos sociais precisam estar atentos e participarem, uma vez que o novo marco regulatório das comunicações, bem como legislação, serão temas a serem debatidos na conferência.
i) Houve preocupação com o financiamento dos encontros para tratar a mídia alternativa. Foi informado que, no encontro de São Paulo, os custos ficaram a cargo da Agência Carta Maior e que, para o encontro do Rio de Janeiro, há possibilidade de apoio por parte de alguns sindicatos.
A maioria dos participantes ficou sabendo do encontro por meio de convites enviados pela internet. Como não houve discussão sobre o conceito "mídia alternativa", optou-se por utilizar este termo na ata, atendendo ao convite lançado.
Ao final da reunião, foram indicados os membros da comissão executiva, representantes do RS, que organizará encontros preparatórios, em Porto Alegre, antes do evento do Rio de Janeiro.
A agenda para os encontros regionais é a seguinte:
04 de abril no Rio de Janeiro, na sede da ABI;
07 de abril em Belém, na Universidade do Pará;
08 de abril em Fortaleza, na Universidade do Ceará;
09 de abril em Recife, na Universidade Católica de Pernambuco;
10 de abril em Aracaju, em local ainda a ser definido;
11 de abril em Salvador, na UFBA.
Leia mais:
• Alternativos e independentes de todo o Brasil: uni-vos!, por Marcelo Duarte
• Somos independentes e diversos, por Wladymir Ungaretti
• Em defesa de uma mídia livre, por Marco Aurélio Weissheimer
• A mídia nos nossos dias: a reunião de 8 de março de 2008
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