14 de março de 2008

Sobre a eleição na Itália

A América do Sul tem um enorme contigente de cidadãos (ãs) italianos (as). Por isso o país elege representantes do nosso continente. Pois bem. Graças à facilidade da Internet, alguns (as) candidatos (as) ficam mais expostos que outros.
É que o senhor Adriano Bonaspetti é novamente candidato a deputado nas eleições italianas no mês que vem. Está lá no RSurgente:
Não foi apenas Ubirajara Macalão que voltou à ativa, obtendo na Justiça o direito de ser readmitido na Assembléia Legislativa do RS. Adriano Bonaspetti (foto), acusado de ter recebido e utilizado selos desviados da Assembléia para sua campanha ao Parlamento italiano, é de novo candidato a deputado, nas eleições que serão realizadas mês que vem. Na eleição italiana, Bonaspetti chefia a chapa única de centro-direita em toda a América do Sul.
Bonaspetti, para quem não lembra, foi indiciado por receber R$ 80.000,00 em selos, utilizados na campanha italiana de 2006. Recebeu de quem? De Sergio Jaeger Junior, ex-assessor do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Segundo a Polícia Federal, o ex-assessor de Onyx adquiriu selos da Assembléia Legislativa, desviados por Ubirajara Macalão e os utilizou na campanha de Bonaspetti. Segundo o superintendente da Polícia Federal no RS, Ildo Gasparetto, a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos comprovou o crime e o envolvimento dos indiciados.
Ainda que Bonaspetti jogue a responsabilidade do caso para cima da agência de publicidade que fez a sua campanha em 2005, o Ministério Público pediu sua responsabilização solidária pelo ressarcimento ao erário, limitada ao valor dos selos comprados por Macalão com recursos da Assembléia, (...), cujo valor nominal estimado é, no mínimo, de R$ 88,8 mil, a ser atualizado monetariamente e acrescido de juros. Suspensão dos direitos políticos pelo prazo de dez anos ou, subsidiariamente, pelo prazo de cinco a oito anosPagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial de Bonaspetti, ou, subsidiariamente, de até duas vezes o valor do dano causado à Assembléia em razão da negociação com Macalão. Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (Texto na íntegra AQUI.)
____________
Acreditamos que o assunto Macalão, desaparecido por meses da mídia corporativa, só veio para despistar a grande notícia deste final de semana, que é a entrega do inquérito da Polícia Federal sobre a Operação Rodin à juíza da Terceira Vara da Justiça Federal Simone Barbizan Fortes. De qualquer maneira, ajudou a pautar o tema da eleição na Itália e seus representantes da América Latina, na qual concorre gente do bem, na melhor acepção da palavra, e amiga deste blog, a Claudia Antonini.

3 comentários:

Guga Türck disse...

Aí, Eugênio!
Publiquei umas "carinhas" lá no Alma como a gente tava falando outro dia...

Abração!

Anônimo disse...

Bah, Eugenio, obrigada por este serviço à comunidade italiana. Precisamos que todos lembrem destas notícias na hora de votar.

Anônimo disse...

Claudia, no que depender da gente, irá lembrar. Encaminharemos este post aos nossos amigos com cidadania italiana, a fim de que eles votem, ainda que nunca o tenham feito. :-)
Abraço!