13 de abril de 2008

Haiti não é Tibet: as misérias do duplo discurso

Ótimo artigo do jornalista uruguaio Raúl Zibechi sobre a "missão humanitária" no haiti. O Brasil continua enviando soldados para lá. Os jovens, que cumprem serviço militar obrigatório, "rezam" para não serem enviados ao Haiti, conforme meu primo de 19 anos nos relatou, ele que "teve a sorte" de ficar lotado num quartel no interior do RS.
(Para ler o artigo na íntegra, basta clicar no enlace bem acima do texto.)


A dupla face das direitas do mundo não é nenhuma novidade nem pode surpreender. Mais ainda, essa dupla moral faz parte da cultura das direitas. Dói, no entanto, que as esquerdas não tenham o valor de ser conseqüentes quando a repressão é levada adiante pelas tropas de países governados por partidos de esquerda. De fato, o grosso das tropas da MINUSTAH provêm de países como o Brasil (1.211 oficiais), e que além do mais comanda a missão, Uruguai (1.147), Argentina (562) e Chile (502). Todos esses países são governados por pessoas que se dizem de esquerda ou progressistas.


Dói e dá pena comprovar tanto silêncio cúmplice Alegra o espírito a iniciativa do sociólogo peruano Aníbal Quijano e da economista mexicana Ana Esther Ceceña de promover um manifesto para reclamar a saída da mal denominada missão de paz do Haiti e uma investigação independente dos assassinatos cometidos pela MINUSTAH, que garanta punição aos responsáveis.

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Um comentário:

Jean Scharlau disse...

440 médicos cubanos E 400 técnicos gaúchos da EMATER.
Claro, só se o RS estivesse com Olívio... Eu sei, eu sei, mesmo que possível, toda a mídia destra e gorda chamaria essa solidariedade de loucura comunista - coisa saudável e lúcida para essa são os milhares de soldados armados e prontos a puxar o gatilho por qualquer dá cá aquele prato de feijão.