Comércio fechado, ruas vazias. A parada vai das 12 âs 15 horas.
O povo vai para casa dormir e depois volta para trabalhar.
[...] que a idéia do referendo era pressionar o governo para negociar a nova constituição em posição de força, mas explica que a proposta do estatuto econômico é tão absurda que fica difícil entender por que não a formataram de uma maneira que não escandalizasse não só os organismo multilaterais internacionais como a OEA, mas até aqueles que a direita boliviana pretensamente defende.
A indiferença da comunidade internacional em relação ao referendo da qual reclamam os opositores de Evo Morales congregou até bancos bolivianos e estrangeiros e as empresas petroleiras transnacionais que atuam na Bolívia. Ambos fizeram questão de declarar publicamente que não fariam nenhum acordo com nenhum governo departamental (estadual). E, de quebra, ainda denunciaram a insegurança jurídica gerada por uma proposta tão absurda que pretendia que a mais alta instância do poder judiciário boliviano fosse a de cada departamento, o que transformaria a suprema corte de justiça do país em mero enfeite.
[...]
O grande interesse contrariado pelo governo Evo Morales, num país em que as riquezas estão no solo mais do que em qualquer outra parte, é a promessa desse governo, inserida na constituição do país que está em gestação, de redistribuir terras. Isso fica evidente quando se presta atenção a quem foram os cabeças do referendo separatista de 4 de maio.
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É interessante acompanhar as viagens do Eduardo Guimarães, Presidente da ONG Movimento dos Sem Mídia. Ele sempre conversa sobre política com seus potenciais clientes, com os motoristas de táxi, bem como moradores das comunidades periféricas.
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É interessante acompanhar as viagens do Eduardo Guimarães, Presidente da ONG Movimento dos Sem Mídia. Ele sempre conversa sobre política com seus potenciais clientes, com os motoristas de táxi, bem como moradores das comunidades periféricas.
2 comentários:
Eu estive várias vezes na Bolívia entre 2000 e 2006 à trabalho e me surpreendi com o grau de divisão do país e o ódio racial/étnico reinante em Santa Cruz. São os collas contra os cambas e não há possibilidade de conciliação.
A filho do Eugênio tb esteve lá ano passado e voltou muito impressionada com a divisão das classes, ou raças, ou ambas.
De fato, Morales pretende mexer na estrutura que formou a riqueza na Bolívia - a nossa velha e conhecida dominação do poder público pela elite. Enquanto o jogo estava a seu favor, a vida era bela. Agora, que a correlação de forças mudou, pelo menos, a base eleitoral mudou, continuar rico não será bom para a elite: ela precisará continuar enriquecendo às custas da miséria dos outros e que se danem as leis, como sempre foi.
Acho isto uma lástima. A elite ainda quer viver como se vivia em 1520. Só que não há mais lugar para isso.
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