O eleitor
A nobre estirpe dos çábios do marketing eleitoral criou uma categoria nova nas ciências sociais de nossos dias – o eleitor.
O eleitor é um derivativo de consumidor. Portanto, não tem classe social, identidade cultural, expressão étnica e personalidade organizada que o oriente como cidadão/cidadã portador de demandas, direitos e crítica políticas.
O eleitor é tratado como um consumidor de refrigerante ou sabonete. Alguém que age pelo impulso do segundo ou pelo estímulo pavloviano dos cães e dos gatos. Logo, alguém destituído de razão e constituído somente de emoções, receptáculo permanente de meras sensações que devem ser agradáveis, coloridas, imagéticas, simplificadas e de quase ou nenhuma complexidade.
O eleitor é um banana! Está bem, não vamos a tanto, é como um fanático torcedor do Inter (ou do Grêmio), vá lá.
Orientado, então, por esse conceito sociológico de “altíssima relevância científica” – o eleitor – os marqueteiros afirmam que “o consumidor de produtos eleitorais” não gosta de briga, debate ou discussão entre candidatos a cargos públicos.
Em suma, o eleitor não gosta de política, por que a política divide em vez de unir, a política inspira ódios, em vez de estimular o amor e a harmonia entre as criaturas, a política provoca discussões chatas, inúteis e que fazem o consumidor trocar de canal. A política é tudo o que o eleitor/consumidor não quer. E, fantástica coincidência: como também os investidores e especuladores do solo urbano de Porto Alegre.
Disseram-me que Maria sou-uma-vitoriosa do Rosário tem desses marqueteiros çábios como quadros profissionais para enfrentar o segundo turno.
A ver.
O eleitor é um derivativo de consumidor. Portanto, não tem classe social, identidade cultural, expressão étnica e personalidade organizada que o oriente como cidadão/cidadã portador de demandas, direitos e crítica políticas.
O eleitor é tratado como um consumidor de refrigerante ou sabonete. Alguém que age pelo impulso do segundo ou pelo estímulo pavloviano dos cães e dos gatos. Logo, alguém destituído de razão e constituído somente de emoções, receptáculo permanente de meras sensações que devem ser agradáveis, coloridas, imagéticas, simplificadas e de quase ou nenhuma complexidade.
O eleitor é um banana! Está bem, não vamos a tanto, é como um fanático torcedor do Inter (ou do Grêmio), vá lá.
Orientado, então, por esse conceito sociológico de “altíssima relevância científica” – o eleitor – os marqueteiros afirmam que “o consumidor de produtos eleitorais” não gosta de briga, debate ou discussão entre candidatos a cargos públicos.
Em suma, o eleitor não gosta de política, por que a política divide em vez de unir, a política inspira ódios, em vez de estimular o amor e a harmonia entre as criaturas, a política provoca discussões chatas, inúteis e que fazem o consumidor trocar de canal. A política é tudo o que o eleitor/consumidor não quer. E, fantástica coincidência: como também os investidores e especuladores do solo urbano de Porto Alegre.
Disseram-me que Maria sou-uma-vitoriosa do Rosário tem desses marqueteiros çábios como quadros profissionais para enfrentar o segundo turno.
A ver.
Fonte: Diário Gauche
Nenhum comentário:
Postar um comentário