20 de dezembro de 2008

Bom pra cachorro

Mas quem vai dizer que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre não tem bons projetos para a cidade?
Estávamos chegando a um centro comercial de compras e nos deparamos com o aparato abaixo:

As pessoas que passearam com seus mascotes pela região, poderão recolher seus dejetos, bastando apertar um botão e puxar o saco plástico próprio para isso, guardado no dispensador.

Que grande utilidade pública, não é mesmo?

Encontramos a seguinte notícia:

Porto Alegre distribui sacos de lixo para dono de cachorro recolher cocô

Cidade conta com 50 pontos de distribuição em parques e praças. Em cinco anos, prefeitura pretende ter 500 suportes instalados. A cidade de Porto Alegre já conta com 50 pontos de distribuição de sacos plásticos para o recolhimento de dejetos animais. O projeto, lançado há cerca de dois meses, tem suportes instalados em parques e praças do município. De acordo com a prefeitura, a iniciativa é do Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
Os suportes são fixos ao solo, com sacos de plástico reciclado. O serviço, ainda segundo a prefeitura, não tem custos para o poder público. A empresa que ganhou a licitação troca as despesas de instalação pela exploração publicitária ao redor das estruturas instaladas. A prefeitura prevê a instalação de até 500 pontos em cinco anos.

Na página da PMPA, do DMLU, da SMAM e do Grupo LZ não há 1 linha sequer sobre esse projeto. Não se tem informações sabe o custo, a quantidade produzida, que ruas e bairros foram contemplados, se houve debate para aprovar a implantação deste tipo de dispensador, qual a relevância e urgência do projeto. Além disso, é mais plástico a ser jogado na natureza. Os conceitos de reciclar e de aproveitar o plástico que se tem em casa são deixados de lado para atender única e exclusivamente o interesse comercial de uma determinada empresa [no caso, a vencedora da licitação], mascarado em utilidade pública para o atendimento da Lei Municipal.

Mais um trambolho para ser depedrado, para emporcalhar visualmente a cidade e, de prático, o que trará de bem mesmo? Talvez, só sirva para atender a preguiça de certa classe média que nem para carregar o seu próprio plástico de casa - reaproveitando o tanto que há - presta!

Um comentário:

Anônimo disse...

Em São Paulo existem apenas suportes de onde se puxa um saquinho, recolhe a produção intelectual do bicho e coloca-se no lixo. Nada de tranqueira mecânica frágil e, provavelmente superfaturada. O pessoal do DMLU vai recolher a caca de Segway, imagino.