A derrota do governo Yeda Crusius na tentativa de prorrogação dos contratos de pedágios por mais quinze anos traz conseqüências consideráveis para os dois anos que lhe restam.
Este mais recente fracasso repete o que parece ser a “saga cármica” do governo Yeda: encerrar cada ano como se chegasse ao fim do mundo. Foi assim em dezembro de 2006 quando, antecipando-se ao início do próprio governo, tentou manter o tarifaço, mas amargou uma derrota e sofreu a defecção de três secretários indicados. Tudo se repetiu em dezembro de 2007 quando tentou, outra vez sem sucesso, aumentar os impostos. E neste final de 2008, com a “ordem de retirada” daquele que seria “a jóia da coroa” da segunda metade do mandato, colhe novamente uma derrota de grande significação.
Como de hábito, o governo Yeda despeja a culpa em terceiros pelos seus erros e derrotas sofridas. Desta vez, a choradeira foi contra o governo federal, acusado de supostamente ter “interferido na autonomia federativa”, “politizado o tema” e blá-blá-blá.
A verdade, contudo, é que a responsabilidade exclusiva da derrota foi do Palácio Piratini, que esqueceu que não poderia fazer mesuras e cortesias para empresas de pedágios com estradas alheias. Ofereceu uma mercadoria que não poderia entregar: 900 quilômetros de estradas federais cuja delegação ao Estado do Rio Grande do Sul vence em 2021 – antes, portanto, do prazo desejado pelo governo para a prorrogação dos pedágios, que seria até 2028.
Melhor faria o governo se aprendesse com os sucessivos erros que gera. Mas faz ao contrário; prefere deliberadamente a linha de conflito e de acusações, para assim encontrar supostos culpados aos quais tenta distribuir as responsabilidades do próprio fracasso. Além de insensata, esta atitude não resolve os dilemas do governo, que sai politicamente debilitado com a perda do projeto dos pedágios.
Independente dos problemas, das limitações e das absolutas inconveniências do projeto de prorrogação dos pedágios, o fato é que o governo vislumbrava a possibilidade de realização de um portfólio mínimo – porém propagandisticamente vistoso – de obras rodoviárias que teriam muita valia na recomposição de sua imagem profundamente desgastada.
Para um governo que cada vez mais carece de resultados reais em lugar de conflitos, truculência e chavões vazios, não deixa de ser uma derrota importante. Se é verdade que as poucas obras rodoviárias previstas teriam a propriedade de compactar a base de sustentação do governo em tempos pré-eleitorais, o que dizer da travessia política num ambiente de escassez de investimentos e obras e de abundância de problemas e confusões?
Este mais recente fracasso repete o que parece ser a “saga cármica” do governo Yeda: encerrar cada ano como se chegasse ao fim do mundo. Foi assim em dezembro de 2006 quando, antecipando-se ao início do próprio governo, tentou manter o tarifaço, mas amargou uma derrota e sofreu a defecção de três secretários indicados. Tudo se repetiu em dezembro de 2007 quando tentou, outra vez sem sucesso, aumentar os impostos. E neste final de 2008, com a “ordem de retirada” daquele que seria “a jóia da coroa” da segunda metade do mandato, colhe novamente uma derrota de grande significação.
Como de hábito, o governo Yeda despeja a culpa em terceiros pelos seus erros e derrotas sofridas. Desta vez, a choradeira foi contra o governo federal, acusado de supostamente ter “interferido na autonomia federativa”, “politizado o tema” e blá-blá-blá.
A verdade, contudo, é que a responsabilidade exclusiva da derrota foi do Palácio Piratini, que esqueceu que não poderia fazer mesuras e cortesias para empresas de pedágios com estradas alheias. Ofereceu uma mercadoria que não poderia entregar: 900 quilômetros de estradas federais cuja delegação ao Estado do Rio Grande do Sul vence em 2021 – antes, portanto, do prazo desejado pelo governo para a prorrogação dos pedágios, que seria até 2028.
Melhor faria o governo se aprendesse com os sucessivos erros que gera. Mas faz ao contrário; prefere deliberadamente a linha de conflito e de acusações, para assim encontrar supostos culpados aos quais tenta distribuir as responsabilidades do próprio fracasso. Além de insensata, esta atitude não resolve os dilemas do governo, que sai politicamente debilitado com a perda do projeto dos pedágios.
Independente dos problemas, das limitações e das absolutas inconveniências do projeto de prorrogação dos pedágios, o fato é que o governo vislumbrava a possibilidade de realização de um portfólio mínimo – porém propagandisticamente vistoso – de obras rodoviárias que teriam muita valia na recomposição de sua imagem profundamente desgastada.
Para um governo que cada vez mais carece de resultados reais em lugar de conflitos, truculência e chavões vazios, não deixa de ser uma derrota importante. Se é verdade que as poucas obras rodoviárias previstas teriam a propriedade de compactar a base de sustentação do governo em tempos pré-eleitorais, o que dizer da travessia política num ambiente de escassez de investimentos e obras e de abundância de problemas e confusões?
Por Jéferson Miola - Blog Biruta do Sul
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