31 de agosto de 2009

Lojistas ameaçados de despejo no Camelódromo

Notícia da Agência Chasque:

RS: Lojistas do camelódromo são ameaçados de despejo na capital

Porto Alegre (RS) – Persiste a polêmica entre a prefeitura de Porto Alegre e os comerciantes do Centro Popular de Compras (CPC), vulgo Camelódromo. Nesta semana, os lojistas realizaram manifestação exigindo solução para os problemas como a suspensão da taxa de aluguel emitida pela Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC). A taxa é cobrada semanalmente e varia de R$ 70 até R$ 150 reais conforme o tamanho do espaço.

Segundo Juliano Fripp, representante dos lojistas, cerca de 30% dos oitocentos comerciantes estão inadimplentes e ameaçam ser despejados pela prefeitura. Em alguns espaços já ocorreu o desligamento de energia elétrica.

“As cobranças e notificações estão vindo agora do poder público. Na verdade, as pessoas que deveriam nos ajudar estão agora fazendo as cobranças, emitindo as notificações e ameaçando de despejo. Nós cremos que deve haver uma sensibilidade maior por parte da prefeitura e do próprio empreendedor de não ameaçar com despejo. A gente não vai permitir que tirem ninguém por falta de pagamento. É injusto a prefeitura nos colocar num local onde não há sustentabilidade alguma. Enquanto esse lugar não nos der o mínimo de sustentabilidade a prefeitura não pode nos cobrar, pois estamos num espaço público que tem primeiramente um fim social”, reclama.

Juliano salienta que até o momento aproximadamente 10 lojistas já baixaram as portas por não conseguirem pagar aluguel. O Bloco B, que fica ao fundo, após a avenida Julio de Castilhos, é o mais afetado pela falta movimentação. Há também, enfatiza Juliano, outra polêmica sobre a dívida de alguns lojistas com a Verdi Construtora, empresa que administra os CPC e que também cobra taxas de manutenção. Segundo ele, a empresa se nega a fornecer a relação oficial com o número de devedores, bem como o relatório da movimentação financeira sobre o local.

Em nota, a SMIC enfatiza que será construída uma agenda de negociações em parceria com a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) e o empreendedor do CPC para buscar alternativas para as questões solicitadas pelos comerciantes.

Imagem: Jornal Já

2 comentários:

Leandro Bierhals disse...

Mecanismo sórdido de desinfecção do centro. Tiram a tralha das ruas promentendo o paraíso da legalização. Usam dinheiro público para um ivestimento controlado pela iniciativa privada. O coitados, não tendo como pagar as obrigações fiscais vão, pouco a pouco, sendo removidas do CCP. Resumo da ópera. Ele vai virar um shopping normal, financiado com dinheiro público. Beleza.

Omar disse...

Por outro lado o comércio de rua (principalmente de filmes copiados e óculos) continua pujante.
Chega a ser engraçado ver os fiscais da SMIC, apoiados por policiais, simularem a "ocupação" de algumas quadras do Centro e o consequente deslocamento dos vendedores para quadras contíguas, onde continuam operando naturalmente, em aparente tranquilidade.
Parece brincadeira infantil de faz de conta...