Notícia da Agência Chasque:
RS: Camelôs conseguem evitar despejo na Capital
Prefeitura de Porto Alegre e a Verdi construtora realizarão campanha publicitária do Centro Popular de Compra e prorrogam até dia 15 de Dezembro o pagamento dos aluguéis para os lojistas inadimplentes.
Porto Alegre (RS) – Na manhã desta terça-feira (22), comerciantes do Centro Popular de Comprar (CPC), vulgo camelódromo, reuniram-se com vereadores da capital, Verdi contrutora e representantes da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (SMIC). O objetivo foi buscar solução para os problemas que os lojistas vêm enfrentando como a baixa circulação de pessoas e o valor abusivo dos aluguéis.
Impedidos de acompanhar a reunião, centenas de comerciantes protestaram do lado de fora. Como enfatiza o lojista Valdir Terra, a situação é grave e atinge até 70% dos comerciantes.
“[O secretário Clóvis Magalhães] não pode mais inventar desculpas dizendo que o problema é só de 40 pessoas. Nós estamos aqui com mais de 100 pessoas insatisfeitas. Nós queremos uma solução definitiva para os problemas que vem se agravando desde o primeiro dia que o camelódromo foi inaugurado”, diz.
Após reunião, o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico do município Clóvis Magalhães, enfatizou que os problemas serão resolvidos de maneira gradativa. Como solução apresentada aos lojistas, a prefeitura e a Verdi construtora realizarão campanha publicitária do CPC. Também prometem prorrogar até dia 15 de Dezembro o pagamento dos alugueis para os lojistas inadimplentes. Conforme o representante dos camelôs, Juliano Fripp, esses avanços são o resultado de um longo período de mobilização.
“Esse avanço se deve ao nosso movimento, ao nosso povo organizado que foi para cima da secretaria. Nós acreditamos que essas ações vão dar certo, mas caso não ocorra um fluxo maior de pessoas ou um número maior de vendas, nós vamos voltar pra discussão. Se a SMIC ou a Verdi construtora emitirem qualquer notificação de despejo, eles vão ter que arcar com as conseqüências, pois estarão infligindo o acordo”, conta.
Na próxima semana será realizada nova reunião para mapear os pontos do CPC com menor fluxo de pessoas e identificar os lojistas mais prejudicados do local.
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Os vendedores ambulantes [camelôs], que apoiaram o projeto do CPC, ouviram o canto da sereia. Evidentemente, o antigo espaço era desorganizado, mal cuidado, insalubre. Exigia-se melhores condições de trabalho e circulação entre vendedores, compradores, pedestres, transporte público. Quem atravessava a Marechal Floriano das paradas de ônibus do Mercado Público até a Salgado Filho, em dia de chuva, precisava ter cuidado para não se machucar nas cordas estendidas de lado a lado.
Agora, era preciso sair dali? Era preciso construir aquele centro de compras sobre pilotis? Esse tipo de comércio exige o "chão", é típico para atrair o público que está de passagem. As razões para tal mudança de local, bem como o tipo de construção pensada para organizar o comércio ambulante, talvez se conheça, a partir da pergunta: quem ganhou com isso?
Como se percebe, a parte mais interessada está sujeita a perda do lucro e despejo. E para saber mais, leiam o trabalho do Igor e da Carla sobre a construção do Camelódromo AQUI.
Imagem: Ricardo Stricher/PMPA
Prefeitura de Porto Alegre e a Verdi construtora realizarão campanha publicitária do Centro Popular de Compra e prorrogam até dia 15 de Dezembro o pagamento dos aluguéis para os lojistas inadimplentes.
Porto Alegre (RS) – Na manhã desta terça-feira (22), comerciantes do Centro Popular de Comprar (CPC), vulgo camelódromo, reuniram-se com vereadores da capital, Verdi contrutora e representantes da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (SMIC). O objetivo foi buscar solução para os problemas que os lojistas vêm enfrentando como a baixa circulação de pessoas e o valor abusivo dos aluguéis.
Impedidos de acompanhar a reunião, centenas de comerciantes protestaram do lado de fora. Como enfatiza o lojista Valdir Terra, a situação é grave e atinge até 70% dos comerciantes.
“[O secretário Clóvis Magalhães] não pode mais inventar desculpas dizendo que o problema é só de 40 pessoas. Nós estamos aqui com mais de 100 pessoas insatisfeitas. Nós queremos uma solução definitiva para os problemas que vem se agravando desde o primeiro dia que o camelódromo foi inaugurado”, diz.
Após reunião, o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico do município Clóvis Magalhães, enfatizou que os problemas serão resolvidos de maneira gradativa. Como solução apresentada aos lojistas, a prefeitura e a Verdi construtora realizarão campanha publicitária do CPC. Também prometem prorrogar até dia 15 de Dezembro o pagamento dos alugueis para os lojistas inadimplentes. Conforme o representante dos camelôs, Juliano Fripp, esses avanços são o resultado de um longo período de mobilização.
“Esse avanço se deve ao nosso movimento, ao nosso povo organizado que foi para cima da secretaria. Nós acreditamos que essas ações vão dar certo, mas caso não ocorra um fluxo maior de pessoas ou um número maior de vendas, nós vamos voltar pra discussão. Se a SMIC ou a Verdi construtora emitirem qualquer notificação de despejo, eles vão ter que arcar com as conseqüências, pois estarão infligindo o acordo”, conta.
Na próxima semana será realizada nova reunião para mapear os pontos do CPC com menor fluxo de pessoas e identificar os lojistas mais prejudicados do local.
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Os vendedores ambulantes [camelôs], que apoiaram o projeto do CPC, ouviram o canto da sereia. Evidentemente, o antigo espaço era desorganizado, mal cuidado, insalubre. Exigia-se melhores condições de trabalho e circulação entre vendedores, compradores, pedestres, transporte público. Quem atravessava a Marechal Floriano das paradas de ônibus do Mercado Público até a Salgado Filho, em dia de chuva, precisava ter cuidado para não se machucar nas cordas estendidas de lado a lado.
Agora, era preciso sair dali? Era preciso construir aquele centro de compras sobre pilotis? Esse tipo de comércio exige o "chão", é típico para atrair o público que está de passagem. As razões para tal mudança de local, bem como o tipo de construção pensada para organizar o comércio ambulante, talvez se conheça, a partir da pergunta: quem ganhou com isso?
Como se percebe, a parte mais interessada está sujeita a perda do lucro e despejo. E para saber mais, leiam o trabalho do Igor e da Carla sobre a construção do Camelódromo AQUI.
Imagem: Ricardo Stricher/PMPA
4 comentários:
concordo
fiz uma pesquisa no início do ano que resultou num artigo sobre este tema.
O que mais me impressionou foi a passividade com que os camelôs estavam aceitando a transferência nos moldes definidos pela prefeitura (na verdade, pela empresa verdi).
Já estava claro que a situação deles lá dentro seria economicamente insustentável, mas a falta de organização popular dá nisso. Agora vão ter que correr atrás.
Se quiser ler o artigo completo o link está aqui:
http://egal2009.easyplanners.info/programaExtendido.php?sala_=D%20-%2008&dia_=SABADO_AREA_5#
Abraço,
Igor.
O sensacional dos comentários num blog, é que ele permite a ampliação das idéias apresentadas.
Tomamos a liberdade de indicar o trabalho realizado no post.
Certamente, iremos recuperá-lo em futuras postagens, pois o assunto do Camelódromo promete!
Abraço!
Pode divulgar a vontade, a intenção é essa mesmo!
Continue com o blog que é muito bom!
Obrigada, Carla e Igor! Repito, esse trabalho de vcs veio em boa hora, porque permite o embasamento teórico necessário, que derruba qualquer manifestação do tipo "é implicância com o Governo Fumaça".
O trabalho de vcs aponta para a caracaterística ideológica da escolha do modelo e do espaço. Põe, por terra, os famosos "argumentos técnicos" muito utilizados por determinados governos, a fim de esconderem seu conservadorismo, ou sua opção pela direita.
Abraço!
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