Do blog Não aos espigões:
Descaso derruba árvore
Nesta terça-feira (06/10), a construtora Melnick Even fez o corte das árvores situadas no terreno onde pretende construir o SPOT da Lima e Silva. Por volta das 07h, começou a remoção das espécies, inclusive a Nogueira Pecã. Através de guindastes, foi retirada a árvore tombada pelo patrimônio ambiental, espécie centenária que, ao menos, exigiria a presença de técnicos da SMAM vistoriando a remoção.
O descaso frente a derrubada das árvores do terreno e, principalmente, a Nogueira, árvore tombada que não pode ser removida muito menos sem a vistoria técnica, revoltou os moradores e frequentadores do bairro Cidade Baixa.
Moradores e ambientalistas acompanharam o transplante da nogueira durante todo o dia 06/10, e foi notável o despreparo dos funcionários na remoção. As raízes foram cortadas muito curtas, foi realizada uma poda totalmente sem critérios. O transplante realizado ao lado do showroom do SPOT Lima e Silva, mostra a árvore completamente sem sustentação subterrânea. Biólogos presentes no local destacavam: "Essa arvore não sobrevive após o transplante".
Mas de nada adiantou apresentar, ao MP, os relatórios ambientais que diziam que a remoção era predatória. A secretária do Meio Ambiente, órgão que deveria ser a favor do meio ambiente, deu parecer favorável à remoção. A placa que mostra a autorização da remoção, por lei ,deveria estar em local de fácil acesso à população e foi colocada dentro do terreno da construtora. Quando fomos olhar a placa, os seguranças nos retiraram do local, alegando que ali é terreno particular, portanto não podemos entrar.
O senhor Melnick diz que está aberto ao diálogo, agora que já derrubou a árvore tombada. Existe a suspeita de que o empreendimento seja uma grande derrota para a construtora, pois nem 50% dos apartamentos foram vendidos. E mais, é possível que o projeto tenha sido modificado, e que ao invés de 19 andares, agora seriam 15 andares.
Será que o senhor Melnick não sabe fazer a política da boa vizinhança e, já que decidiriam mudar o projeto, não poderiam fazer uma demagogia com os moradores, dizendo: "Olhem, eu quero mudar o projeto, diminuir o tamanho do prédio, isso tá bom pra vocês?". Mas não, nem para isso ele nos procurou. E, agora, diz que quer dialogar...
A quem se está enganando???
No início de nossos manifestos contra essa obra, o senhor Melnick propôs a arborização da Rua Lima e Silva e Alberto Torres, fazendo um túnel verde nas ruas. Agora digam, frequentadores e moradores do bairro, nessas calçadas estreitas, onde mal podemos transitar, como seriam plantadas essas árvores? Da mesma forma como foi transplantada a Nogueira Pecã, quase sem raízes???
É lamentável ver o meio ambiente pagando preços altos, a favor do desenvolvimento meramente capitalista, sem visualizar o bem da população.
O Movimento Cidade Baixa VIVE, continuará sua luta contra essa construção e contra o que possa afetar de forma negativa nosso bairro.
Imagens do angico cortado pela construtora Melnick, realizadas pelo Santiago no dia 6 de outubro de 2009.
Descaso derruba árvore
Nesta terça-feira (06/10), a construtora Melnick Even fez o corte das árvores situadas no terreno onde pretende construir o SPOT da Lima e Silva.
O descaso frente a derrubada das árvores do terreno e, principalmente, a Nogueira, árvore tombada que não pode ser removida muito menos sem a vistoria técnica, revoltou os moradores e frequentadores do bairro Cidade Baixa.
Moradores e ambientalistas acompanharam o transplante da nogueira durante todo o dia 06/10, e foi notável o despreparo dos funcionários na remoção. As raízes foram cortadas muito curtas, foi realizada uma poda totalmente sem critérios. O transplante realizado ao lado do showroom do SPOT Lima e Silva, mostra a árvore completamente sem sustentação subterrânea. Biólogos presentes no local destacavam: "Essa arvore não sobrevive após o transplante".
Mas de nada adiantou apresentar, ao MP, os relatórios ambientais que diziam que a remoção era predatória. A secretária do Meio Ambiente, órgão que deveria ser a favor do meio ambiente, deu parecer favorável à remoção. A placa que mostra a autorização da remoção, por lei ,deveria estar em local de fácil acesso à população e foi colocada dentro do terreno da construtora. Quando fomos olhar a placa, os seguranças nos retiraram do local, alegando que ali é terreno particular, portanto não podemos entrar.
O senhor Melnick diz que está aberto ao diálogo, agora que já derrubou a árvore tombada. Existe a suspeita de que o empreendimento seja uma grande derrota para a construtora, pois nem 50% dos apartamentos foram vendidos. E mais, é possível que o projeto tenha sido modificado, e que ao invés de 19 andares, agora seriam 15 andares.
Será que o senhor Melnick não sabe fazer a política da boa vizinhança e, já que decidiriam mudar o projeto, não poderiam fazer uma demagogia com os moradores, dizendo: "Olhem, eu quero mudar o projeto, diminuir o tamanho do prédio, isso tá bom pra vocês?". Mas não, nem para isso ele nos procurou. E, agora, diz que quer dialogar...
A quem se está enganando???
No início de nossos manifestos contra essa obra, o senhor Melnick propôs a arborização da Rua Lima e Silva e Alberto Torres, fazendo um túnel verde nas ruas. Agora digam, frequentadores e moradores do bairro, nessas calçadas estreitas, onde mal podemos transitar, como seriam plantadas essas árvores? Da mesma forma como foi transplantada a Nogueira Pecã, quase sem raízes???
É lamentável ver o meio ambiente pagando preços altos, a favor do desenvolvimento meramente capitalista, sem visualizar o bem da população.
O Movimento Cidade Baixa VIVE, continuará sua luta contra essa construção e contra o que possa afetar de forma negativa nosso bairro.
Imagens do angico cortado pela construtora Melnick, realizadas pelo Santiago no dia 6 de outubro de 2009.
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