12 de outubro de 2009

Impedimento da Governadora Ré

Entre pufes e adiamento de viagens, a semana anterior também foi marcada pelo arquivamento do processo de Impedimento da Governadora Ré Yeda Rorato Crusius [PSDB-PRBS] instalado na Assembleia Legislativa do RS.

A relatora Zilá Breitenbach [PSDB] e o presidente da comissão Pedro Westphalen [PP], por não tomarem nenhuma providência investigativa, bem como os deputados da base aliada, que seguiram o voto da relatora, envolveram-se no acobertamento dos casos corrupção do desgoverno Yeda. Passaram recibo do descalabro, escancararam sua cumplicidade! São eles e elas:Ao tentar realizar o levantamento das ações da Governadora Ré, tarefa difícil, pois toda a semana, senão todos os dias, desde 2006, aconteceu um escândalo, resgatamos 4 situações que já apontavam o que nos esperava em termos de impáfia, arrogância, insanidade e mentira. São elas:

7 de novembro de 2006

CHURRASQUINHO DE MÃE

Yeda Crusius está deslumbrada com o poder. Na verdade, dá sinais de que não “está”, mas “é” deslumbrada mesmo. Após a antológica declaração sobre o Piratini – “estou indo para o meu palácio” -, a futura governadora revela que sonha em ser presidente da República. Bateu todos os recordes. Nem assumiu ainda o cargo mais importante do Estado e já fala em disputar o cargo máximo da República. A entrevista concedida a Jô Soares foi um espetáculo de deslumbramento e constrangimento. Deslumbrada com a vitória, esforçou-se na arte da milonga retórica. Foi um desastre (ou um espetáculo, dependendo do ponto de vista).

Cutucada no flanco regionalista, a deputada tucana tentou mostrar que conhece muito bem os costumes da terra. Foi mais ou menos como se Adriano Gabiru tentasse discorrer sobre a dedução transcendental da Crítica da Razão Pura. Falou no “churrasquinho de mãe” de Teixeirinha, com direito à mímica de churrasqueiro, listou monumentos inexistentes ao bardo gaudério, analisou a grade categorial da nomenclatura dos pães no RS – “Tem cacete, cacetinho e cacetão, conforme o tamanho do pão” – e aventurou-se pelo sempre complexo tema das vestimentas gauchescas – “pantalha é uma parte da vestimenta típica do gaúcho” -, sendo corrigida pelo tradicionalista Jô Soares que explicou a ela que pantalha é a cúpula do abajur. Tem gente rindo até agora. Em homenagem à futura governadora, apresentamos AQUI o clássico de Teixeirinha. Para uma versão mais modernosa, clique AQUI e cante com a futura governadora. [RSurgente]


PARA QUEM NÃO VIU...

Para quem não teve a oportunidade de ver a Yeda no Jô, vale a pena ler a matéria de Vivian Eichler, na Zero Hora de hoje. É antológica. Para ler, recortar e abrir a coleção sobre o governo tucano que vem aí. Aqui vai um aperitivo:

“...Jô demonstrou saber que o marido de Yeda é natural do Rio Grande do Sul. A tucana complementou explicando que Carlos Crusius é de Passo Fundo. “Terra de Teixeirinha. Aquele do churrasquinho de mãe”, disse, mexendo as mãos como se assasse um churrasco.

“A terra ali em Passo Fundo tem várias esculturas do Teixeirinha”, prosseguiu a deputada federal. De fato, em Passo Fundo há uma escultura do artista, no centro da cidade. Mas apenas uma, conforme informou a prefeitura do município onde Teixeirinha começou a fazer sucesso musical”...

E por aí vai.... [RSurgente]


9 de novembro de 2006

FICHA LIMPA E PACOTÃO
A governadora eleita Yeda Crusius (PSDB) reafirmou que não escolherá nenhum nome para compor seu secretariado que tenha contra si acusações de corrupção e de envolvimento com outras irregularidades. Quer ficha limpa total. Mas podem ocorrer triangulações que acabem beneficiando políticos env
olvidos em escândalos. É o caso, por exemplo, do deputado federal Edir Oliveira (PTB), acusado de ter recebido propina da família Vedoin no caso da máfia das sanguessugas. O ex-secretário do Trabalho e Assistência Social do governo Rigotto acabou não sendo eleito, mas é o primeiro suplente do PTB. O partido pode indicar o deputado eleito Paulo Roberto Manuel Pereira para compor o secretariado do futuro governo, abrindo assim a porta para Edir Oliveira recuperar o seu mandato. Além dessas composições, Yeda quer a presidência da Assembléia no primeiro ano de seu governo, para tentar aprovar com maior facilidade um pacote de medidas que pode atingir duramente os servidores públicos. A conferir. [RSurgente]

1º de janeiro de 2007


O "A conferir" do Marco foi magistral! De lá para cá, conferimos o triste caminho político trilhado pelo eleitorado guasca. Hoje, quase não se encontra as pessoas que assumem, publicamente, que votaram numa mentira, numa enganação midiática. Um voto parido pela preguiça em buscar informações diferenciadas sobre o contexto, pela incapacidade de pensar por si mesmo, pelo desprezo da coisa pública, o que denota ignorância. Minha mãe dava nome para as pessoas instruídas, mas alienadas: um burro carregado de livros.

E essa barbaridade perpetrada por Zilá e Pedro Westphalen só se cria, porque temos a principal aliada da direita: mídia corporativa. Não fosse o silêncio sepulcral das redações, ou os sorrisos amarelos, as ironias toda a vez que se necessita tratar da corrupção no desGoverno Yeda, talvez, a mobilização popular fosse outra. Estivesse algum desafeto político da mídia-empresas privadas em cargo executivo no RS, a História seria outra.

Arte: Zero Corrupção

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