Auxiliadora e Cidade Baixa defendem o EIV
O presidente da Associação dos Amigos e Moradores da Auxiliadora (AMA), João Augusto Volino Corrêa, e o coordenador do Movimento Cidade Baixa Vive, Philip de Lacy White, ocuparam hoje (7/12) a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre e pediram aos vereadores aperfeiçoamentos no recém revisado Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA). Ambos solicitaram principalmente a regulamentação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) previsto no PDDUA. "O EIV representa a garantia de direito à luz, à qualidade do ar, à privacidade, à segurança e à mobilidade", afirmou White.
Para o representante da Cidade Baixa, o bom senso e a inteligência estão em perigo por conta de algumas regras definidas na revisão do PDDUA. White sustenta que as características de cada bairro precisam ser respeitadas, assim comos os direitos dos moradores ao sol e ao ar. Ele observou que na Inglaterra, onde nasceu, tais direitos pertencem a todo o povo, de forma democrática. "O EIV é um avanço do Primeiro Mundo que Porto Alegre deve abraçar."
O presidente da AMA lamentou a permissão para construção de espigões na Auxiliadora, citando como exemplo mais recente um prédio de 52 andares cuja construção foi autorizada em uma área antes reservada a uma praça na rua Germano Petersen Júnior. "A conquista daquela praça, com gravame de 40 anos, foi desmoralizada." Na avaliação de Corrêa, o PDDUA revisado piora a situação atual, pois permitirá a construção de mais prédios, com maior altura, graças à troca de índices construtivos em outras áreas da cidade.
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
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