No último dia 4, durante reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal, o Líder do Governo Fogaça, vereador Valter Nagelstein, tentou, impetuosamente, calar a voz da representante da Secretaria Municipal de Saúde. Curiosamente, aquela sessão destinava-se a debater os desvios de mais de R$ 9,5 milhões do Programa Saúde da Família, já denunciados pelo Ministério Público e investigados pela Polícia Federal. Que motivos teria o líder do Governo Fogaça para não querer ouvir a representante de seu próprio governo? Seria o temor de que a mesma expusesse a responsabilidade dos gestores do PSF com a milionária e grosseira fraude?
Pois, naquela manhã, o representante do Instituto Sollus e o Procurador do Município já haviam confirmado: o próprio prefeito José Fogaça, que deveria suspender os pagamentos do Sollus pelas várias irregularidades detectadas, só tomou uma atitude em 2009, quando apareceram as provas cabais de notas fraudadas. Teria o vereador Valter Nagelstein o receio de que a representante da Secretaria da Saúde de seu próprio governo confirmasse, publicamente, a negligência de Fogaça e sua conivência com a fraude?
Ironicamente, o vereador reafirma que sua orientação para que a Sra. Brisabel Rocha não falasse na Comissão de Sáude devia-se à “lealdade que deve ao governo”. Não estaria ela sendo leal se ajudasse a entender como pôde haver tanto desvio? Afinal, não é o próprio governo municipal que se diz lesado e que “tomou todas as providências”?
Será que o Líder do Governo temia que a ex-secretária da FASC confirmasse que a prefeitura realizou uma sindicância para apurar responsabilidades sobre o controle do convênio e o resultado foi o arquivamento sumário do caso? Que a sindicância identificou todos os problemas, mas não encontrou responsável algum? Que a Prefeitura recebia as prestações de contas fraudadas, e que, ainda assim, continuava a pagar adiantado ao Instituto Sollus? Seria esse o motivo de Nagelstein ter perdido a compostura no plenário da Câmara?
Não se trata só de desrespeito, autoritarismo e machismo, comportamentos frequentes do Líder do Governo Fogaça, que não podem ficar sem reparação. Trata-se, isso sim, de acintosa e inadmissível atitude de coerção e controle dos atores do governo - e também do parlamento - para que a verdade não venha à tona.
Mais grave é que as ações de Nagelstein naquela reunião foram todas articuladas com o Secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, que ficou todo o tempo no plenário, inquieto, visivelmente nervoso. E que, a despeito de tudo o que vinha à tona, não quis se manifestar. Talvez tenham lhe faltado argumentos. Ou mesmo coragem.
Neste dia 8 de março, a bancada da oposição cumprimenta a Sra. Brisabel Rocha pela atitude que tomou, honrando o papel constitucional da Câmara.
Vereador Engenheiro Comassetto
Líder da Bancada do PT na Câmara Municipal de Porto Alegre
(51) 9933-5295
Assessoria de Comunicação do gabinete: Willians Barros – (51) 9264-6901
Pois, naquela manhã, o representante do Instituto Sollus e o Procurador do Município já haviam confirmado: o próprio prefeito José Fogaça, que deveria suspender os pagamentos do Sollus pelas várias irregularidades detectadas, só tomou uma atitude em 2009, quando apareceram as provas cabais de notas fraudadas. Teria o vereador Valter Nagelstein o receio de que a representante da Secretaria da Saúde de seu próprio governo confirmasse, publicamente, a negligência de Fogaça e sua conivência com a fraude?
Ironicamente, o vereador reafirma que sua orientação para que a Sra. Brisabel Rocha não falasse na Comissão de Sáude devia-se à “lealdade que deve ao governo”. Não estaria ela sendo leal se ajudasse a entender como pôde haver tanto desvio? Afinal, não é o próprio governo municipal que se diz lesado e que “tomou todas as providências”?
Será que o Líder do Governo temia que a ex-secretária da FASC confirmasse que a prefeitura realizou uma sindicância para apurar responsabilidades sobre o controle do convênio e o resultado foi o arquivamento sumário do caso? Que a sindicância identificou todos os problemas, mas não encontrou responsável algum? Que a Prefeitura recebia as prestações de contas fraudadas, e que, ainda assim, continuava a pagar adiantado ao Instituto Sollus? Seria esse o motivo de Nagelstein ter perdido a compostura no plenário da Câmara?
Não se trata só de desrespeito, autoritarismo e machismo, comportamentos frequentes do Líder do Governo Fogaça, que não podem ficar sem reparação. Trata-se, isso sim, de acintosa e inadmissível atitude de coerção e controle dos atores do governo - e também do parlamento - para que a verdade não venha à tona.
Mais grave é que as ações de Nagelstein naquela reunião foram todas articuladas com o Secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, que ficou todo o tempo no plenário, inquieto, visivelmente nervoso. E que, a despeito de tudo o que vinha à tona, não quis se manifestar. Talvez tenham lhe faltado argumentos. Ou mesmo coragem.
Neste dia 8 de março, a bancada da oposição cumprimenta a Sra. Brisabel Rocha pela atitude que tomou, honrando o papel constitucional da Câmara.
Vereador Engenheiro Comassetto
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