#homofobianao
Entidades e organizações da  sociedade civil organizaram abaixo-assinado para manifestar indignação,  repúdio e exigir providências aos graves fatos ocorridos na madrugada do  dia 14.11.2010, na Avenida Paulista, envolvendo 5 (cinco) jovens  adolescentes que agrediram 4 (quatro) vítimas com violência física, e  evidente motivação de intolerância homofóbica.
Segundo a imprensa divulgou, os cinco jovens são de classe média,  colegas de um colégio particular de um bairro nobre de São Paulo, e  foram reconhecidos como responsáveis por três ataques a pessoas que  passavam pela região da Avenida Paulista. A polícia investiga se os  crimes tiveram motivação homofóbica.
Esta não é a primeira ação violenta de jovens da classe média  brasileira, em especial contra pessoas oriundas de grupos discriminados,  e usualmente vítimas de intolerância, como os gays, negros,  nordestinos, índios etc. Exemplos não nos faltam: morte do índio  Galdino, assassinado por jovens ricos e filhos de autoridades públicas  de Brasília em 1997; a violência cometida por jovens da Barra da Tijuca,  que agrediram fisicamente uma trabalhadora, empregada doméstica, que  voltava para casa, e foi confundida com uma “prostituta” (como se para  as profissionais do sexo este tratamento violento fosse admitido).
Agora, uma vez mais, no décimo ano da morte por assassinato do  adestrador de cães, Edson Neris da Silva, na Praça da República, em 6 de  fevereiro de 2000, executado por um grupo delinquente de “skinheads do  ABC”, deparamo-nos com este arrastão “chique” no coração econômico da  terra cujo povo se autoproclama locomotiva e esteio do Brasil.
Certamente, se o Brasil já tivesse uma legislação que criminalizasse a  homofobia, a exemplo de países mais desenvolvidos na defesa e promoção  dos direitos humanos, fatos como o ocorrido seriam mais raros, pois a  juventude brasileira, em especial a bem educada e privilegiada do ponto  de vista econômico, já teria aprendido que homofobia é crime e não pode  ser praticada. Mas a inércia e a omissão do Poder Legislativo nos  obrigam a continuar lutando para viver com dignidade e exigindo a ação  das instituições que devem cumprir e manter a Constituição Federal. As  autoridades públicas, Polícia, Poder Judiciário, Ministério Público têm a  obrigação de garantir a ordem, a lei e o respeito à Constituição  brasileira que, em última instância, proclama como sua razão máxima a  garantia dos direitos individuais da pessoa humana.
Sendo assim, o documento ( http://edupiza.blogspot.com/2010/11...  ) tem como objetivo chamar atenção das autoridades públicas e do povo  de São Paulo e do Brasil, exigindo e cobrando para que este fato não  caia no esquecimento, em vista dos agressores terem posição sócio  econômica privilegiada. A justiça brasileira tem a obrigação de ser  justa e a polícia e o Ministério Público de cumprirem suas funções.
Fonte: Ciranda Net

 
 
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