11 de outubro de 2006

Relembrar, para não se deixar enganar

Mais uma vez a mídia corporativa se une em torno de vantagens e objetivos eleitorais e divulga uma pesquisa para o segundo turno no Rio Grande do Sul, em que se verifica uma grosseira tentativa de manipulação da opinião dos eleitores. Grosseira, pois não resiste uma simples análise, já que os votos dados aos candidatos derrotados Germano Rigotto e Alceu Collares bem como os demais, simplesmente migraram quase que completamente para Yeda Cruzius.

Pesquisas de primeiro turno:

Pesquisa do Correio do Povo ( Centro de Pesquisa Correio do Povo - 28/09)
Rigotto ..... 31,9
Yeda ..... 29,0
Olívio ..... 25,1
Turra ..... 6,9
Collares ..... 5,5
Beto Grill ..... 0,6
Roberto Robaina .... 0,5
Edison Souza ..... 0,3
Guilherme Giordano ..... 0,2
Pedro Couto ..... 0,0


Pesquiza Zero Hora (IBOPE 27/09)
Rigotto ..... 34,0
Yeda ..... 25,0
Olívio ..... 25,0
Turra ..... 8,0
Collares ..... 6,0
Beto Grill ..... 1,0
Roberto Robaina .... 1,0
Edison Souza ..... 0
Guilherme Giordano ..... 0
Pedro Couto ..... 0


Acreditamos que a única resposta que a sociedade deva dar, é a que cause o maior prejuízo financeiro a essas empresas de comunicação. Cancelar a assinatura destes jornais é uma boa atitude do eleitor, que não admite ser induzido por pilantras da mídia corporativa a votar em um candidato que não o represente, mas sim representa às próprias empresas de comunicação.

No portal
RBS Mente retiramos do texto "Seguindo pistas sobre as eleições" o seguinte:

"No Rio Grande do Sul, algo de estranho paira sobre a escalada de Yeda Crusius. O
Diário Gauche relata uma reunião comandada por Nelson Sirotky, em que este teria orientado o apoio a Rigotto no início da corrida. "A RBS marcharia com Rigotto, mas entendia importante a candidatura de Crusius como 'alternativa robusta' para derrotar a esquerda do RS".
Há um forte cheiro de armação, pois o sr. Germano Rigotto em seu pronunciamento de reconhecimento de sua derrota eleitoral, às lágrimas citou uma "traição" muito pouco comentada pela mídia. A comprovação de que a armação (traição???) contou com a participação do Presidente do Grupo RBS (e presidente da ANJ), torna o rapaz um atochador de primeira, pois desfaz sua entrevista ao Jornal Já, onde ele ele diz:
"Asseguro que a RBS jamais tentou interferir em pesquisas. Mesmo assim, as críticas nos levam a um exercício de humildade."

A pesquisa Ibope/RBS divulgada em 07/10, mostra Yeda com 68% dos votos válidos e Olívio com 32%.(
http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1302613-6282,00.html )
Que motivo leva um dono de jornal, articular traições contra um candidato A, omitir de seus leitores que sua empresa apóia o candidato B, mas que na realidade toda essa articulação ocorreu por que o dito cujo é contra o candidato C? Talvez seja isto que Nelson Sirotsky quis dizer quando em uma entrevista comentou "o Grupo RBS fornece a informação adequada aos seus leitores." Só esqueceu de dizer, adequada a quem!

Portanto se você ainda é assinante de Zero Hora e pensa que este jornal vai mudar seu modo de ser, está redondamente enganado. Não compre e não assine Zero Hora, não compre o Diário Gaúcho; pois você estará alimentando o modo de ser desta empresa.

Mídi@ética


O Mídi@ética – movimento pela ética na mídia – surgiu da indignação de muitas pessoas com o tratamento dispensado pelo Grupo RBS durante Governo Olívio Dutra (1998 a 2002). Some-se a isso, a constante criminalização dos movimentos sociais. A culminância se deu, quando a RBS publicou pesquisa eleitoral manipulada pelo IBOPE no jornal Zero Hora e divulgou pesquisa de boca-de-urna, na qual o candidato Germano Rigotto apresentava uma grande vantagem sobre o candidato Tarso Genro da Frente Popular. Contados os votos, a diferença do candidato vencedor, Rigotto, foi de 5%, comprovando-se a manipulação. Tal situação obrigou o diretor do IBOPE Carlos Montenegro a pedir desculpas publicamente ainda no dia 28/10/02. Agora, o povo gaúcho anda às voltas com mais suspeitas de manipulação de pesquisas eleitorais:
1. A boca de urna do dia 3 de outubro apontou Germano Rigotto e Olívio Dutra no segundo turno.
2. A diferença dos votos entre Pedro Simon e Miguel Rosseto foi menor do que o apontado.
3. Apenas a dois dias da eleição no 1º turno, Yeda Crusius empata com Olívio Dutra.
4. A última pesquisa eleitoral aponta Yeda Crusius com 68% das intenções de voto.

Alertamos a população em geral que, mais uma vez, a mídia e os institutos de pesquisa, mancomunados com o poder econômico, estão em franca campanha de favorecimento da sua candidata ao governo do estado do Rio Grande do Sul.

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