Penso que, no melhor interesse da nossa atividade de chargistas, é preciso, periodicamente, fazer uma discussão sobre o papel que desempenhamos na formação de opinião. O que está em debate, neste momento, é a charge publicada pelo Sponholz sobre a cobrança do IPTU. Não é a primeira vez que este chargista foi motivo de comentário na lista da GRAFAR - Grafistas Associados do RS.
Há pouco tempo atrás, discutimos uma charge, onde ele dizia claramente que Lula era um preguiçoso e, ao invés de pescar, deveria trabalhar. Naquela ocasião, fiz um comentário na nossa lista, ilustrando-o com a charge do Sponholz e uma do Santiago. As duas abordavam a atuação do Lula, sendo que a do Sponholz eu usei como exemplo de uma crítica desqualificada e a do Santiago, bem fundamentada.
Agora, somos "brindados" pelo Sponholz com esta do IPTU, a partir de uma notícia veiculada em toda a imprensa, menos no RS, e que teve origem em Porto Alegre. Quem postou esta charge em nossa lista foi o Kayser, com um comentário. Em seguida, outras pessoas se manifestaram e o Bira disse que iria escrever para o fotolog do Sponholz, como de fato o fez em 13/02/07. Isso gerou uma resposta do chargista em questão, que será o tema da minha análise.
De saída, é perceptível que o Sponholz tem pouca informação sobre o que se passa no cenário político do RS e, particularmente, em Porto Alegre. Assim, é sempre bom lembrar, que a cidade, durante 16 anos, foi administrada pela Frente Popular, tendo PT como partido majoritário. Este foi um período extremamente profícuo para a cidade, tanto no campo administrativo, quanto no político e cultural. Foram notórias as transformações que aqui ocorreram, tendo como carro-chefe a introdução do Orçamento Participativo, um instrumento de democracia direta, onde a população definia as obras e as ações a serem executadas. A culminância deste processo se deu com o reconhecimento internacional do projeto político alternativo ao pensamento único da globalização. Isso nos valeu a realização de 4 edições do Fórum Social Mundial. Estes são fatos inquestionáveis. Mas aí vem a pergunta: como um projeto político tão exitoso e que revolucionou a forma de fazer política na cidade não conseguiu se manter no poder?
A resposta que tenho para isso e que desde então tem sido o meu cavalo de batalha, é que o campo progressista foi cronicamente incompetente em conseguir fazer com que a população entendesse o que a Administração Popular representou para Porto Alegre. E por que ele não conseguiu isso? Porque foi incapaz de produzir um conta-discurso ao gerado pela mídia hegemônica gaúcha, capitaneada pela RBS, afiliada da Globo. Ela desgastou, sistematicamente, o projeto político da administração petista, utilizando um discurso que tem nessa charge do Sponholz o seu melhor exemplo, ou seja, desinformação levada às últimas conseqüências. A coisa foi tão torpe e insidiosa, que a direita conseguiu retomar o poder em Porto Alegre com um dos discursos mais cretinos que a política brasileira já presenciou: o slogan de campanha do Fogaça era "manter o que está bom e mudar o que está ruim". Desta forma, a direita se apoderou do Orçamento Participativo, afirmando que ele seria mantido e derrotou o PT com as suas próprias armas. Nem aquela máxima de que "em time que está ganhando, não se mexe" foi capaz de evitar essa catástrofe. Este fenômeno político ainda merecerá um estudo à sua altura. E qual foi o calcanhar de Aquiles da Frente Popular? Foi exatamente na área da comunicação, onde a esquerda foi incapaz de fazer a população entender que ela era A ALTERNATIVA.
Hoje, passados 3 anos de governo Fogaça, a imagem de Porto Alegre que corre o país não é mais a da cidade alter-mundista reconhecida internacionalmente pelos seus feitos políticos e administrativos. O que corre o país, é uma foto de pessoas morando em canos. Não vamos dizer, que coisas desse tipo não aconteciam na época da Administração Popular. A diferença é que, naquela época, tínhamos políticas públicas que tratavam com seriedade a questão do déficit habitacional. Fogaça que o diga, pois, até hoje, inaugura conjuntos residenciais para famílias de favelados, que foram gestados e iniciados naquele período.
Quando vejo a charge do Sponholz, reencontro nela aquele velho ranço conservador, onde a verdade é o que menos importa. O fundamental é desgastar a imagem do partido ou do político com quem não se simpatiza, seja por posturas políticas antagônicas, ou simplesmente por antipatia pessoal carente de qualquer fundamento razoável.
Fica muito difícil acreditar, sendo verdadeiro o currículo do Sponholz, que ele faça uma charge como essa por desinformação. A população pode não saber e, de fato não sabe, por sua crônica despolitização, que o IPTU é um imposto municipal. Mas o Sponholz sabe e usa isso deliberadamente no sentido de confundir o leitor desinformado que, infelizmente, é a maioria. Ele faz uso do senso comum rasteiro, que se ouve nos táxis, nos botecos, nas barbearias, coisas do tipo "esses políticu são tudu ladrão, preguiçoso,..." e outras alegações do gênero.
A derrota do PT em Porto Alegre chamou a minha atenção para um fato que considero alarmante, ou seja, do quanto a maior parte da população é incapaz de entender como se organiza um estado republicano. É comum, aqui, as pessoas confundirem as instâncias e suas atribuições. Por exemplo, durante a campanha de desgaste movida pela mídia contra o governo da Frente Popular, a população foi convencida de que a segurança, na capital gaúcha, era responsabilidade da Prefeitura. Constantemente, isso era abordado sob qualquer pretexto que se apresentasse. Com a chegada da direita ao poder, a violência aumentou na cidade e esse discurso desapareceu da mídia. No governo de Olívio Dutra no RS, foi montada uma farsa político-midiática, a CPI da Segurança Pública, que teve como único objetivo desgastar seu governo e que foi completamente arquivada pelo Ministério Público por inconsistência jurídica. Assumindo Rigotto, o tema da responsabilidade pela segurança, milagrosamente, passou da instância estadual (de fato sua atribuição) para aterrissar na esfera federal, ou mais precisamente nas costas do Lula. E a nossa população, autoproclamada a mais politizada do país, "comprou" todas essas patranhas.
Consoante com essa prática da direita, a charge do Sponholz escamoteia as instâncias de poder e suas atribuições, subverte o próprio sentido de fazer política e serve, como uma luva, aos objetivos do projeto neoliberal. O dano que ele causa com isso é muito difícil de reparar.
Assim, a luta que travo, neste momento, é para que o campo progressista perceba a importância de se criar um veículo de comunicação, de caráter eminentemente popular, a fim de promover formação política, não no sentido político-partidário, mas num sentido anterior a essa instância, ou seja, fazer com que a população entenda, minimamente, como se organiza um estado republicano. Acho que esse entendimento é fundamental, para que a população consiga estabelecer a relação que existe entre as suas escolhas políticas e as conseqüências diretas sobre sua vida. Em outras palavras, fazer uma publicação que tenha a charge como elemento dominante e que seja usada exatamente no sentido oposto àquilo que faz o Sponholz.
Poderia continuar analisando, aqui, todos os tópicos da resposta do Sponholz, todos, como a sua charge, muito de acordo com o senso comum. Só que cada um deles daria um tratado. Porém, o último tópico merece um comentário específico pela sua contundência. O que ele quis dizer com "Estou de saco cheio de chargistas chapa-branca, que sobrevivem de sindicatos e ongs petistas sustentados com dinheiro do trabalhador brasileiro. Como disse o Professor Tambosi, da federal de Sta. Catarina, "chargistas para os quais a crítica - assim como a própria história - terminou com a vitória do lulo-petismo. Não percebem que humorismo oficial é falta de humor"? Gostaria que o Sponholz indicasse quem são e onde trabalham os chargistas chapa-branca, pois o que se vê, na grande imprensa, é uma enxurrada de charges bem ao gosto do patrão. Não dá para dizer que o Sponholz (não sei se trabalha em alguma redação) e outros chargistas da grande mídia vivam sobre o fio da navalha. O que se vê, é uma cômoda posição de garantir o emprego a qualquer custo, nem que para isso precisem abdicar da sua função de bem informar e de criticar: é o Lula na beira do buraco do metrô, é o avião do Lula, é quem comprou o dossiê, etc. E onde estão as charges sobre o conteúdo do dossiê e do envolvimento dos tucanos com a máfia das ambulâncias? Sobre os custos das viagens do Alckmin que superaram o valor do aero-lula? E sobre a responsabilidade do chuchu no desabamento nas obras do metrô? Ah, já sei! A Globo esclareceu tudo no primeiro dia, quando emitiu um laudo no Jornal Nacional, afirmando que foi um acidente. Posto isso, por que nossos combativos chargistas iriam polemizar?
Por outro lado, aqui em Porto Alegre, conheço três chargistas que correm, constantemente, o risco de serem demitidos. Se algum dia o editor não detiver a tempo aquela charge que não agradará o patrão - o dono do jornal, bem entendido - eles estão no olho da rua no dia seguinte. A tucana Yeda Crusius com a sua caricatura de governo, que teve secretários demissionários antes mesmo da sua posse e suas constantes brigas com o vice, está devidamente blindada pelo patronato da mídia local. O mesmo se passa com o Fogaça, prefeito de Porto Alegre. Charges contra o Lula? Ah! Isto está liberado!
Por fim duas observações:
- aquele PT na camiseta do sem-teto é, realmente, de uma "originalidade" e de um "ineditismo" sem par. A Polícia Federal já usou este truque para eleger o Collor.
- e, a propósito, gostaria de saber do Sponholz, qual é a cor da sua chapa?
Eugênio Neves
Artista gráfico - Porto Alegre - RS
15 / 02 / 07
Há pouco tempo atrás, discutimos uma charge, onde ele dizia claramente que Lula era um preguiçoso e, ao invés de pescar, deveria trabalhar. Naquela ocasião, fiz um comentário na nossa lista, ilustrando-o com a charge do Sponholz e uma do Santiago. As duas abordavam a atuação do Lula, sendo que a do Sponholz eu usei como exemplo de uma crítica desqualificada e a do Santiago, bem fundamentada.
Agora, somos "brindados" pelo Sponholz com esta do IPTU, a partir de uma notícia veiculada em toda a imprensa, menos no RS, e que teve origem em Porto Alegre. Quem postou esta charge em nossa lista foi o Kayser, com um comentário. Em seguida, outras pessoas se manifestaram e o Bira disse que iria escrever para o fotolog do Sponholz, como de fato o fez em 13/02/07. Isso gerou uma resposta do chargista em questão, que será o tema da minha análise.
De saída, é perceptível que o Sponholz tem pouca informação sobre o que se passa no cenário político do RS e, particularmente, em Porto Alegre. Assim, é sempre bom lembrar, que a cidade, durante 16 anos, foi administrada pela Frente Popular, tendo PT como partido majoritário. Este foi um período extremamente profícuo para a cidade, tanto no campo administrativo, quanto no político e cultural. Foram notórias as transformações que aqui ocorreram, tendo como carro-chefe a introdução do Orçamento Participativo, um instrumento de democracia direta, onde a população definia as obras e as ações a serem executadas. A culminância deste processo se deu com o reconhecimento internacional do projeto político alternativo ao pensamento único da globalização. Isso nos valeu a realização de 4 edições do Fórum Social Mundial. Estes são fatos inquestionáveis. Mas aí vem a pergunta: como um projeto político tão exitoso e que revolucionou a forma de fazer política na cidade não conseguiu se manter no poder?
A resposta que tenho para isso e que desde então tem sido o meu cavalo de batalha, é que o campo progressista foi cronicamente incompetente em conseguir fazer com que a população entendesse o que a Administração Popular representou para Porto Alegre. E por que ele não conseguiu isso? Porque foi incapaz de produzir um conta-discurso ao gerado pela mídia hegemônica gaúcha, capitaneada pela RBS, afiliada da Globo. Ela desgastou, sistematicamente, o projeto político da administração petista, utilizando um discurso que tem nessa charge do Sponholz o seu melhor exemplo, ou seja, desinformação levada às últimas conseqüências. A coisa foi tão torpe e insidiosa, que a direita conseguiu retomar o poder em Porto Alegre com um dos discursos mais cretinos que a política brasileira já presenciou: o slogan de campanha do Fogaça era "manter o que está bom e mudar o que está ruim". Desta forma, a direita se apoderou do Orçamento Participativo, afirmando que ele seria mantido e derrotou o PT com as suas próprias armas. Nem aquela máxima de que "em time que está ganhando, não se mexe" foi capaz de evitar essa catástrofe. Este fenômeno político ainda merecerá um estudo à sua altura. E qual foi o calcanhar de Aquiles da Frente Popular? Foi exatamente na área da comunicação, onde a esquerda foi incapaz de fazer a população entender que ela era A ALTERNATIVA.
Hoje, passados 3 anos de governo Fogaça, a imagem de Porto Alegre que corre o país não é mais a da cidade alter-mundista reconhecida internacionalmente pelos seus feitos políticos e administrativos. O que corre o país, é uma foto de pessoas morando em canos. Não vamos dizer, que coisas desse tipo não aconteciam na época da Administração Popular. A diferença é que, naquela época, tínhamos políticas públicas que tratavam com seriedade a questão do déficit habitacional. Fogaça que o diga, pois, até hoje, inaugura conjuntos residenciais para famílias de favelados, que foram gestados e iniciados naquele período.
Quando vejo a charge do Sponholz, reencontro nela aquele velho ranço conservador, onde a verdade é o que menos importa. O fundamental é desgastar a imagem do partido ou do político com quem não se simpatiza, seja por posturas políticas antagônicas, ou simplesmente por antipatia pessoal carente de qualquer fundamento razoável.
Fica muito difícil acreditar, sendo verdadeiro o currículo do Sponholz, que ele faça uma charge como essa por desinformação. A população pode não saber e, de fato não sabe, por sua crônica despolitização, que o IPTU é um imposto municipal. Mas o Sponholz sabe e usa isso deliberadamente no sentido de confundir o leitor desinformado que, infelizmente, é a maioria. Ele faz uso do senso comum rasteiro, que se ouve nos táxis, nos botecos, nas barbearias, coisas do tipo "esses políticu são tudu ladrão, preguiçoso,..." e outras alegações do gênero.
A derrota do PT em Porto Alegre chamou a minha atenção para um fato que considero alarmante, ou seja, do quanto a maior parte da população é incapaz de entender como se organiza um estado republicano. É comum, aqui, as pessoas confundirem as instâncias e suas atribuições. Por exemplo, durante a campanha de desgaste movida pela mídia contra o governo da Frente Popular, a população foi convencida de que a segurança, na capital gaúcha, era responsabilidade da Prefeitura. Constantemente, isso era abordado sob qualquer pretexto que se apresentasse. Com a chegada da direita ao poder, a violência aumentou na cidade e esse discurso desapareceu da mídia. No governo de Olívio Dutra no RS, foi montada uma farsa político-midiática, a CPI da Segurança Pública, que teve como único objetivo desgastar seu governo e que foi completamente arquivada pelo Ministério Público por inconsistência jurídica. Assumindo Rigotto, o tema da responsabilidade pela segurança, milagrosamente, passou da instância estadual (de fato sua atribuição) para aterrissar na esfera federal, ou mais precisamente nas costas do Lula. E a nossa população, autoproclamada a mais politizada do país, "comprou" todas essas patranhas.
Consoante com essa prática da direita, a charge do Sponholz escamoteia as instâncias de poder e suas atribuições, subverte o próprio sentido de fazer política e serve, como uma luva, aos objetivos do projeto neoliberal. O dano que ele causa com isso é muito difícil de reparar.
Assim, a luta que travo, neste momento, é para que o campo progressista perceba a importância de se criar um veículo de comunicação, de caráter eminentemente popular, a fim de promover formação política, não no sentido político-partidário, mas num sentido anterior a essa instância, ou seja, fazer com que a população entenda, minimamente, como se organiza um estado republicano. Acho que esse entendimento é fundamental, para que a população consiga estabelecer a relação que existe entre as suas escolhas políticas e as conseqüências diretas sobre sua vida. Em outras palavras, fazer uma publicação que tenha a charge como elemento dominante e que seja usada exatamente no sentido oposto àquilo que faz o Sponholz.
Poderia continuar analisando, aqui, todos os tópicos da resposta do Sponholz, todos, como a sua charge, muito de acordo com o senso comum. Só que cada um deles daria um tratado. Porém, o último tópico merece um comentário específico pela sua contundência. O que ele quis dizer com "Estou de saco cheio de chargistas chapa-branca, que sobrevivem de sindicatos e ongs petistas sustentados com dinheiro do trabalhador brasileiro. Como disse o Professor Tambosi, da federal de Sta. Catarina, "chargistas para os quais a crítica - assim como a própria história - terminou com a vitória do lulo-petismo. Não percebem que humorismo oficial é falta de humor"? Gostaria que o Sponholz indicasse quem são e onde trabalham os chargistas chapa-branca, pois o que se vê, na grande imprensa, é uma enxurrada de charges bem ao gosto do patrão. Não dá para dizer que o Sponholz (não sei se trabalha em alguma redação) e outros chargistas da grande mídia vivam sobre o fio da navalha. O que se vê, é uma cômoda posição de garantir o emprego a qualquer custo, nem que para isso precisem abdicar da sua função de bem informar e de criticar: é o Lula na beira do buraco do metrô, é o avião do Lula, é quem comprou o dossiê, etc. E onde estão as charges sobre o conteúdo do dossiê e do envolvimento dos tucanos com a máfia das ambulâncias? Sobre os custos das viagens do Alckmin que superaram o valor do aero-lula? E sobre a responsabilidade do chuchu no desabamento nas obras do metrô? Ah, já sei! A Globo esclareceu tudo no primeiro dia, quando emitiu um laudo no Jornal Nacional, afirmando que foi um acidente. Posto isso, por que nossos combativos chargistas iriam polemizar?
Por outro lado, aqui em Porto Alegre, conheço três chargistas que correm, constantemente, o risco de serem demitidos. Se algum dia o editor não detiver a tempo aquela charge que não agradará o patrão - o dono do jornal, bem entendido - eles estão no olho da rua no dia seguinte. A tucana Yeda Crusius com a sua caricatura de governo, que teve secretários demissionários antes mesmo da sua posse e suas constantes brigas com o vice, está devidamente blindada pelo patronato da mídia local. O mesmo se passa com o Fogaça, prefeito de Porto Alegre. Charges contra o Lula? Ah! Isto está liberado!
Por fim duas observações:
- aquele PT na camiseta do sem-teto é, realmente, de uma "originalidade" e de um "ineditismo" sem par. A Polícia Federal já usou este truque para eleger o Collor.
- e, a propósito, gostaria de saber do Sponholz, qual é a cor da sua chapa?
Eugênio Neves
Artista gráfico - Porto Alegre - RS
15 / 02 / 07
6 comentários:
É difícil para os burgueses compreenderem que o sol nasceu para todos.
Analisando a charge ela não é inteligente visto que: IPTU é de responsabilidade da prefeitura e o Aero Lula é patrimônio Federal.
Kratiboia pra vc.
Caríssimos Eugênio e Cláudia,
Fico muito grato de participar da SIVUCA e, antes mesmo da iniciativa do Azenha, ter trocado alguma figurinhas com vocês. ;)
Depois de ler um artigo tão bom como este, penso que a estratégia pela democratização dos meios de comunicação precisa de uma ação extra: trata-se de um novo trabalho de "formiguinhas" como diz o Marco Weissheimer.
Só que é um trabalho presencial, onde podemos nos oferecer para palestras e debates em reuniões ordinárias de associações de bairro, sindicatos, partidos e escolas públicas.
Vídeos e apresentações informatizadas (até mesmo com acesso à internet) seriam por nossa própria conta, através de patrocínios ou de pessoas que dispusessem dos devidos suportes para a informação que pretendemos expor dentro dessas próprias comunidades.
Precisamos enfatizar que não existe pensamento e sequer visão única; quais são as instâncias e instituições municipais, federais e estaduais, para que não haja mais nenhuma confusão; se houver sociólogos e assistentes sociais como os professores Ilza Girardi e Valdir Morigi da FABICO/UFRGS e como a Maria da Graça Türck (sogra da Têmis e mãe do Guga Türck, do blog Alma da Geral, professora da ULBRA), melhor.
Vou postar sobre isso.
[]'s,
Hélio
Excelente artigo. O Carlinhos Medeiros aí em cima flagrou bem: IPTU é municipal, nada a ver com o governo federal. Ou seja, além de reacionário, desinformado (para ser gentil). Quando a necessidade de uma publicação de esquerda, com peso para se contrapor às vejas, zhs, fsps e estadões da vida, é mais do que evidente. No entanto, os que têm posição e poder para alancar uma proposta desta magnitude estão mais interessados em nas briguinhas de fundo de quintal da corrente A com a corrente B. O trem está passando e a esquerda, como um cachorro tanso, correndo atrás do rabo. E 2010 é logo ali.
Eugênio:
Visitei muito o "Charges Online" no ano passado e muitos chargistas, como não poderia deixar de ser, exploraram a crise política e usaram e abusaram das futricas sobre Aerolula, dinheiro nas cuecas e nas malas, etc, porém, apesar de serem contrárias ao meu candidato e ao meu partido, admirava o talento dos mesmos, com exceção do Sponholz, cujas charges sempre foram de extremo mau-gosto e conteúdo duvidoso.
Lendo seu post me senti aliviada de saber que vocês, chargistas de alto nível intelectual e artístico resolveram se unir colocar o Sponholz ajoelhado nos milhos.
Ser medíocre é tolerável, mas ser mal-intencionado não.
Concordo contigo e acho que está muito perto o momento em que teremos que fazer com que o nosso movimento de resistência e enfrentamento à mídia convencional tome forma, se concretize em algo mais palpável e abrangente.
Abçs e bjs pra ti e pra Claudia
Olá Eugênio...
Belo texto. Estás coberto de razão. Foste ao nervo da questão.
E, cá para nós, que charge infeliz, não? Ademais, só encontro justificativa para a ignorância do artista, nesse caso, na má-intenção.
Abraços.
O Moa fez uma correção: saiu a notícia dos moradores em canos, aqui na cidade.
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