29 de março de 2007

Resposta aos comentários

Resposta aos comentários escritos, generosamente, pelos nossos visitantes Lau Mendes e Agente65, sobre o post Semana de Porto Alegre - parte 3:
Isso é o que temos dito com uma certa freqüência nos nossos comentários. É perceptível que não só os universitários, que são os casos mais graves, mas grande parte da nossa população, simplesmente, não consegue entender como funciona uma república. É comum ouvirmos das pessoas, que o Lula não faz isso ou aquilo, como se ele tivesse poderes imperiais para legislar e governar. Isso fica bem demonstrado pela composição do voto: coloca o presidente de um partido no poder e escolhe um legislativo que lhe faz oposição. Pois não foi no nosso estado, dito politizado, que o povo votou no Lula, no Zambiazzi e no Rigotto? Esta situação está me parecendo tão grave, que estou reformulando a minha visão da política no seguinte sentido. Como é que as pessoas irão se posicionar ideologicamente, para dar um voto coerente, se elas não entendem quais são as instituições de uma república e que atribuições cabem a cada uma delas? Quer me parecer que, daqui para adiante, os partidos de esquerda precisam investir maciçamente na formação política da população, sob pena de sofrerem sucessivas derrotas pelapopulação não distiguir as propostas em disputa e não estabelecer a relação do seu voto e as conseqüências que ele produz. De mais a mais, o que o Tarso espera dos motoristas de táxi que passam o dia todo escutando a Gaúcha e lendo o Diário Gaúcho, se ele próprio, até agora, também não consegue ter uma postura clara a respeito do papel da mídia, que é a grande difusora dessa confusão conceitual e da despolitização reinante?
Ler mais: Desafio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estamos perdendo a batalha da comunicação, e é não de hoje. O episódio mais recente é a crise pela qual está passando o site Carta Maior, que atinge também o RS Urgente do Marco Weisseimer. Enquanto fala em tevê pública, o governo continua anunciando generosamente na mídia de direita - Veja, Globo, RBS et caterva - e deixando à míngua os veículos de esquerda. Na visão de alguns, parece que só a direita pode ganhar dinheiro com jornalismo. A esquerda tem que trabalhar por ideologia, amor à camiseta (o que não paga as contas nem põe comida na mesa). Nos tempos do movimento sindical já era assim, com a desculpa de parcos recursos. Hoje esta desculpa não cola mais, mas pouca coisa mudou. Falta coragem para enfrentar os barões da imprensa ou se trata de pura cegueira político-social? Sinceramente, não sei.
Um abraço indignado.