21 de maio de 2007

Sindicalismo pelego



Fotos: Ana Paula Fagundes em 17/05/07
A Internet tem sido uma poderosa fonte de informações sobre os acontecimentos em torno das papeleiras no RS. Mais uma mensagem da bióloga Ana Paula Fagundes que nos chega via endereço eletrônico.
"Fotos do ato pelego [dia 17/05/07] (Força Sindical e seus sindicatos): a direita usando os trabalhadores e se articulando e pressionando e, principalmente, confundindo a população...
O que são essas faixas??? Eles ainda passam de ambientalistas como saiu na Band: "Ambientalistas fazem manifestação e exigem a liberação dos plantios de eucaliptos"... que palhaçada!!!
E nós quietinhos, sem se manifestar... é um parto conseguir chamar gente para os atos!!!! Claro, é melhor ignorar e achar que não está acontecendo nada... curtir a vidinha... (...)
Estava passando, não sabia do que se tratava, fiquei surpresa que só haviam homens na praça.
Observem [nas fotos] o interesse do público presente: todos com cara de "tacho".
Conversei com um trabalhador, perto dos "policia", ele trabalhava pra Carpelo, empresa que planta eucalipto pra Aracruz e VCP. Ganha 400 reais, mais 70 de auxílio alimentação, trabalha 8,8horas/dia. Conversa vai, conversa vem, ele estava mesmo é com vontade de sair da empresa.
Conteúdo do material que estava sendo distribuido e juntei do chão:
- Logo de uma árvore, engraçado que o desenho parece mesmo é uma figueira, nunca eucalipto ou pinus.
- Texto:
PLANTANDO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
RENDA - EMPREGO - MEIO AMBIENTE - CRESCIMENTO*
1. Em 1985, floresta nativa do RS era e,5% da cobertura vegetal.
Atualmente representa 17%.
2. Os novos investimentos do Estado irão geraar 6 mil novos empregos
diretos nas fábricas e 120 mil empregos inderetos na cadeia produtiva.
3. Já existem perdas. 5 milhoes de mudas descartadas. 20 mil hectares de áreas plantadas pelas empresas. 3 mil trabalhadores desempregados até o momento.
4. Um hectar de floresta produz 250 metros cubicos de madeira, que gera uma renda de R$ 1.000,00 hectare/ano florestada
5. O setor florestal nao dispoe de qualquer tipo de incentivo fiscal ou apoio de politicas publicas de subsidios.
6. O florestamento no RS respeita as leis ambientais vigentes, os planos de manejo e programação do tamanho da área plantada. Isto explica a nao existencia do tao falado "deserto verde"
7. O plantiu de árvores combate o AQUECIMENTO GLOBAL atraves do sequestro de carbono.
8. As florestas plantadas tem ajudado no desenvolvimento das areas de matas nativas. A lei ambiental favorece e exige o reflorestamento de novas areas de plantas nativas.
NOSSO ESTADO PRECISA DE DESENVOLVIMENTO, NÃO DE BARREIRAS!
O que queremos?
1. Reorganizar o sistema de gestao publica para a área ambiental
2. Definir uma politica ambiental diversificada em parceria com os municipios
3. Incentivar novos empreendimentos no setor da base florestal
4. Realizar audiencias publicas em locais de afinidade com a área florestal
5. Dar continuidade ao projeot de zoneamento da silvicultura, baseado nos aspectos economicos sociais e ambietnais.
6. Permitir o investimento de 10 milhoes de reais no estado
7. Cobrar do governo do estado o encaminhamento do projeto de gestao ambiental a assembleia legislativa.
Quem somos?
Trabalhadores, empreendedores, entidades sindicais, poderes executivos e legislativos municipais, envolvidos com atividades da base florestal, que se unem para reinvidicar uma política publica imediata para o setor florestal."

*Este é o conteúdo do panfleto e não reflete o pensamento do Dialógico, muito menos de Ana Paula Fagundes.
Foi disponibilizado a título de informação!

Um comentário:

Anônimo disse...

Que o ato tenha sido promovido pela Força Sindical, nada a estranhar, visto que esta entidade desde o seu surgimento alinhou-se às propostas do patronato. O que estranha é a CUT não estar atuando mais incisivamente em torno da questão ambiental.De minha parte, reconheço que falta tempo, energia e disposição (o Tempo venceu, diria o poeta) Mas e a nova geração de dirigentes sindicais? Já fomos melhores.