4 de junho de 2007

"JORNALECO" responde a Renan e cobra que explique a origem de seu patrimônio*

O senador Renan Calheiros atribuiu as denúncias contra seu comportamento de homem público sub judice, ao jornal EXTRA, declarando, da presidência do Senado: "Por estas inverdades já processei mais de dez vezes um jornaleco local (Maceió) que até foi obrigado a mudar de nome para fugir da justiça".
O senador Renan Calheiros
Infere-se de tal declaração que o "jornaleco" incomodou o senador sob investigação e incomodou tanto que foi citado em sua defesa, como se se tratasse de um jornal de influencia em todo o país, e nunca um mero panfleto de província.
É verdade que o senador passa grande parte de seu tempo tão precioso, maquinando formas de fechar o modesto "jornaleco" que ele não consegue comprar, mesmo com seu patrimônio de mais de R$ 50 milhões, fruto de sua bem sucedida "carreira".
Mas, nem tudo o EXTRA pode, no seu poder descoberto pelo senador da Mendes Junior, que o odeia com todas as forças de sua impotência coronelesca em fechá-lo ou submete-lo à sua vontade e a seu talante.
O EXTRA não pode, por exemplo, engravidar uma jornalista e com ela ter um filho adulterino, a quem SÓ RECONHECEU E PAGOU DIREITOS DEBAIXO DE VARA, como ele próprio confessa ao citar Ação de Alimentos ajuizada em Brasília. Ora, se o pai responsável tivesse assumido a paternidade, não haveria ação judicial.
O EXTRA não pode pedir a amigos donos de construtora que sejam portadores de pensões, até porque se a pensão é fruto de ação judicial, bastaria o depósito em conta bancária, muito menos constrangedor para a mãe do que ter que ir todo o mês a sede de uma empreiteira.
O EXTRA não pode indicar Ministros do governo Lula, que tão facilmente se corrompem, e muito menos, por não ser seu irmão, permitir que o deputado Olavo Calheiros levasse DIVERSAS VEZES, e de surpresa, o sr Zuleido de TAL, para audiências onde cobrava a liberação de verbas consignadas no Orçamento pelos srs Renan Calheiros, Olavo Calheiros e outros.
O EXTRA não pode comprar uma casa de praia na cidade de Barra de São Miguel, paraíso turístico de Alagoas, por TRES MILHOES DE REAIS e escritura-la por TREZENTOS MIL, porque seria não só falsidade ideológica como sonegação de impostos, e isto o EXTRA não faz.
O EXTRA não pode se dizer dono de 10 mil hectares de terra, inclusive devastando Mata Atlântica, na região de Murici, algumas delas pertencentes a massa falida das antigas usinas São Simeão e Bititinga, porque esta área vale cerca de VINTE E CINCO MILHÕES DE REAIS, e só os irmãos Calheiros poderiam tê-la comprado a "preço tão vil".
O EXTRA não pode ter comprado apartamento (Edifício Tartana) num bairro nobre de Maceió, porque não possui a importância para paga-lo de cerca de DOIS MILHÕES DE REAIS.
O EXTRA não pode freqüentar as mansões luxuosas do sr Zuleido, porque não o conhece, e se o conhecesse, nunca seria convidado, pois o sr Zuleido só confia para a sua intimidade quem tem poder para retribuir-lhe a "gentileza". O EXTRA não conhece lanchas nem iates e nem recebeu brindes do sr Zuleido, tanto quanto o EXTRA, também, não foi citado nos grampos da polícia Federal, como o foram o senador Renan, seu irmão, e seus aliados Teo Vilela, Adeilson Bezerra, Enéas Alencastro e outros.
O EXTRA não pode DETERMINAR INVESTIGAÇÃO OU PRISÃO de ninguém a Policia Federal. O Senador sabe que a PF é subordinada ao Ministério da Justiça e ao Presidente da República.
O EXTRA não pode DETERMINAR o que a revista Veja ou jornalistas como Fernando Rodrigues, Ricardo Noblat, Clovis Rossi, Jânio de Freitas, e outros homens acima de qualquer suspeita escrevam . Eles não estão na humilde folha de pagamento deste pobre "jornaleco".
O EXTRA não pode usar a cadeira de Presidente do Senado para se proteger dos apartes , como o fez o senador, que abusou do poder, pois as acusações a ele atribuídas o foram na condição de senador e não de presidente do Senado. Deveria, pois, por ética, passar a presidência ao vice, e defender-se da tribuna singular de senador da República.
Mas o EXTRA das Alagoas pode ser pequeno e – supremo atrevimento - "fitar os Andes", já que Rui Barbosa foi citado, evidentemente pela boca mais imprópria e descabida, porque Rui notabilizou-se com a frase em que dizia que de tanto ver triunfar as nulidades (e os corruptos) o homem sente vergonha de ser "honesto".
O poderoso senador não conseguiu explicar suas relações anti republicanas com empreiteiras que navegam no submundo das negociatas do Orçamento, nem porque, como Senador, tem vínculos tão estreitos com empreiteiros e lobistas.
Mas o senador prestou a homenagem da ignomínia à decência, ao confessar que processou por mais de dez vezes o EXTRA, em busca de ressarcimento por danos morais (?) mas não dobrou o "jornaleco", que diferente dos seus comensais, não vende sua opinião n em negocia suas denúncias, e por isso, como nesta última edição, esgotou nas bancas de Maceió. Por falta de dinheiro, não tiramos uma segunda. Nem vamos pedir aos Zuleidos que banquem nossas despesas nem que lancem, do fundo de suas vidas criminosas, o seu patrocínio para o nosso modesto jornal.
Jornaleco, senador, será o jornal que o defender de tantos crimes, desde tráfico de influência, formação de quadrilha, desvio de dinheiro público e, até, de omissão de paternidade . Não esqueça, mesmo tendo sido um aluno relapso no curso de Direito, que o calote na pensão de alimentos dá cadeia. Pague direitinho à mãe de seu filho e deixe de fora sua família, sua pobre esposa, usadas como chantagem emocional para desviar o foco de suas transgressões como político e como homem.
*Da Redação
Por Mendonça Neto

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