14 de dezembro de 2007

Tentativa de censura a Requião

Chama a atenção, a rapidez com que o MPF se moveu nesta ação, principalmente, se considerarmos o fato de que um dos motivos alegados foi "por fazer ataques à imprensa".
É sabido que o Governo Requião é tremendamente hostilizado pela mídia, tanto local, quanto nacional, inclusive com matérias falsas. No entanto, esta mesma mídia reivindica, para si, um tratamento que não dispensa a ninguém. Ela se acha no direito de mentir, caluniar e atacar quem quer que seja, mas não admite, em hipótese alguma, que alguém conteste o seu comportamento.
Além disso, ela se auto-intitula "fiscal"da vida pública brasileira e, ao mesmo tempo, incorre em várias ilegalidades, tais como operar com concessões vencidas e formar monopólio ou oligopólio de comunicação. Se o MPF está tão zeloso em preservar o que quer que seja, ou com a questão da informação, deveria dirigir o seu olhar para as corporações de mídia. Com certeza, ali, ele terá motivos de sobra para exercer o seu rigor fiscalizador. Pelo menos no que diz respeito à mídia, que se move em bloco contra o Governo Requião, entendemos que ele tem o direito de apresentar a sua versão dos fatos, para que se estabeleça o salutar e necessário contraponto.
No mais, o Governo Requião dá aulas, para quem quiser aprender, de como um governo progressista deve enfrentar essa mídia venal.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL TENTA CENSURAR GOVERNADOR REQUIÃO
Estimados companheiros e companheiras
Como podem ver abaixo, o governador Requião está sendo vítima de uma ação de censura movida pelo Ministério Público Federal em razão de um programa televiso chamado "Escola de Governo", no qual presta contas à população, discute projetos em andamento, promove o debate de temas candentes da realidade nacional tal como transgênicos, ferrovias, infra-estrutura portuária, ecologia, privilégio dos bancos, reforma agrária, agricultura familiar, desnacionalização da economia, integração latino-americana e tantos outros. Pelo Escola de Governo já passaram personalidades nacionais como Márcio Pochmann, Carlos Lessa, Emir Sader, Dom Mauro Morelli, Dom Tomás Balduíno, Dom Pedro Casaldaliga, Brigadeiro Ferola, Marina Silva, Temporão, Bautista Vidal, Adriano Benayon, Leonardo Boff, Chico de Oliveira, Plínio de Arruda Sampaio, entre outros, além de pessoas ligadas à sociedade paranaense onde têm oportunidade para expor suas idéias, seus projetos, além de obterem do governo estadual um posicionamento a respeito. Claro que grande parte destas personalidades não têm qualquer espaço na mídia privada, em razão de questionamentos francos que fazem de várias políticas, o que incomoda os privilégios dos anunciantes desta mídia. O Ministério Público, também alvo de denúncias em razão de salários exorbitantes e de sua omissão diante de questões relevantes para o povo do Paraná, também tem sido objeto de questionamentos. Claro, nenhuma surpresa, já que cumprindo suas funções constitucionais uma televisão pública deve mesmo refletir o debate existente na sociedade, raramente presente na tv privada, dada sintonia de sua linha editorial com o interesse de seus anunciantes. A surpresa é exatamente a posição do Ministério Público: pediu censura!!! Ao invés de zelar pelo cumprimento da Constituição que proíbe a censura e indica que a comunicação social deve servir de fonte educativa, informativa e cultural ao povo, inclusive prestando contas dos atos de governo. o MP quer proíbir que o governador Requião e a TVE veiculem críticas à mídia privada, exatamente aquela que tanto critíca os que se insurgem contra os privilégios do setor financeiro e dos que sustentam os princípios do neoliberalismo.
Por tudo isso, lhes passo abaixo as informações acerca desta absurda ação do MP e solicito-lhes o envio de mensagens de solidariedade , para divulgação ampla, para o endereço:
presidencia@rtve.pr.gov.br ou para Governador Requiao: pissetti@pr.gov.br
h2foz@hotmail.com
abraços,
Beto almeida
jornalista
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Essa é a nota do MPF
O Ministério Público Federal ajuizou ontem, 10 de dezembro de 2007, ação civil pública contra Roberto Requião, Marcos Batista, Rádio e Televisão Educativa do Paraná, ANATEL e União, visando impedir o uso indevido da Rádio e Televisão Educativa do Paraná, pelo Governador Roberto Requião, em sua promoção pessoal e por fazer ataques à imprensa, adversários e instituições públicas. Requereu a aplicação, ao réu, Roberto Requião, de multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais), em caso de descumprimento da ordem, e de multa no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), na hipótese de reincidência. Havendo continuidade das ilegalidades, pleiteou a suspensão do programa “Escola de Governo”, da grade de programação da Rádio e Televisão Educativa do Paraná.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

A Yeda Crusius podia tomar conta da TVE e fazer um programa semanal -- a la Chávez que toma conta de toda a TV aberta -- defendendo o seu governo e atacando a oposição....

Anônimo disse...

A Yeda Crusius usa e abusa sim da TVE,todos os dias para trazer seus apaniguados bater no Presidente Lula e o PT,só não vê quem não quer...E tem outra,o Chaves não toma conta não de TVs e emissôras,êle fez cumprir a lei,terminou a concessão da emissôra,que tramou o golpe contra êle,êle fez muito bem em não renovar a concessão para quem não merece,p/quem é uma máfia golpista,como a tal RCTV (?)A Yeda (PSDB),não precisa nem se preocupar ela é sócia de todas as emissôras,assim como o Britto,o Rigôtto,e agora a Yeda,pois em qualquer programa de r´´adio e tv,lá vem as propagandas marqueteiras da Yeda (PSD),se isso não é tomar conta então não sei o que o direitoso maia que tem uma paixão estranha pelos Blogs de esquerda!!

Anônimo disse...

Aos leitores e às leitoras desse blog:
Que fique bem claro a todos e a todas, que não pactuamos, sob hipótese alguma, com as posições desse indivíduo que se identifica como Carlos Maia, um notório fascista, que tem o péssimo hábito de freqüentar alguns blogs ligados ao SIVUCA, com o claro objetivo de distorcer e manipular as idéias publicadas, tanto nos textos, quanto nos comentários.
Dialógico