Cláudia, obrigado por ter turbinado a votação na enquete do carteiro e do poeta. Sem palavras. Ah, mais uma vez o carteiro (a gaveta onde o poeta põe suas culpas) tentou ser poeta e esqueceu o jornalismo básico. A RCB (Rádio Carta Brasil) é uma proposta desesperada de fazer o papel de pediatra na maternidade: dar a palmadinha na bunda da criança até que ela chore. Espero não ter errado o pulo e dado tapa na cara da mãe (a blogosfera independente e de esquerda) ou do obstetra. Não aguento mais ouvir só música o tempo inteiro enquanto faço alguma coisa. Ouvir Gaúcha, Guaíba, Pampa, Bands e CBNs é como botar sal no café com leite da manhã pensando que era açucar ou pegar uma daquelas frutas suculentas que decoram algumas mesas privilegiadas, cravar os dentes e perceber que era de cera. Dá vontade de jogar fora o rádio ou, no caso, o computador, ou os dentes no caso da fruta. E o mundo independente e de esquerda na rede fazendo das tripas coração para combater os delegados brunos da vida. Há bração e obrigado mais uma vez pela força.
Os que hoje são a esquerda amanhã são da direita, cantava o The Who nos anos 60. Nada mudou no mundo. O jornal pode até começar de esquerda, mas para ter alcance nacional precisa de dinheiro e então se curva ao mercado. Simples! Antonio CArlos
Capital, ou seja, simplesmente pela relação de dominação entre o capital e o trabalho que simplesmente dá um pé na bunda do jornalista se este desagradar o editorial do jornal, ou seja, a opinião nada imparcial do chefe. Esse chefe pode ser diretamente o dono(caso do finado todo poderoso das organizações Globo) ou um assalariado com função administrativa mais com acesso direto ao(s) proprietário(s). Sendo sociedade anônima relativamente pulverizada, essa "força diretiva editoral" igualmente pulveriza, perde força.
Uma das razões para não termos, portanto, um jornal de esquerda, é pelo fato que os jornalistas não serem eles também socio-proprietários do jornal(como no esquerdista le monde diplomatique) ou mesmo por não termos grandes jornais de partidos de esquerda ou mesmo grandes partidos de esquerda de longa data(lembremos que a esquerda no continente latino-americano é recente, o PT não tem sequer meio século). Há assim uma raiz socio-histórica, que atualmente está mudando de modo visível, como demonstra a maré vermelha na "latino américa".
Mas eu acho que a internet, ainda que não tenha oferecido até agora nenhum jornal realmente de porte, que podemos chamar grande(não considero O Carta Capital nem grande nem de esquerda o suficiente, ainda que seja o melhor estruturado nacionalmente). A midia de esquerda, se podemos chamar assim, está ainda engatinhando, está ainda em sua fase artesanal-blogeira. Essa midia social só poderá ser realmente construída por nós, nós que somos da esquerda e reinvindicamos. Há espaço, há uma clara demanda histórica, mas falta os agentes... eis minha opinião.
5 comentários:
Cláudia, obrigado por ter turbinado a votação na enquete do carteiro e do poeta. Sem palavras. Ah, mais uma vez o carteiro (a gaveta onde o poeta põe suas culpas) tentou ser poeta e esqueceu o jornalismo básico. A RCB (Rádio Carta Brasil) é uma proposta desesperada de fazer o papel de pediatra na maternidade: dar a palmadinha na bunda da criança até que ela chore. Espero não ter errado o pulo e dado tapa na cara da mãe (a blogosfera independente e de esquerda) ou do obstetra. Não aguento mais ouvir só música o tempo inteiro enquanto faço alguma coisa. Ouvir Gaúcha, Guaíba, Pampa, Bands e CBNs é como botar sal no café com leite da manhã pensando que era açucar ou pegar uma daquelas frutas suculentas que decoram algumas mesas privilegiadas, cravar os dentes e perceber que era de cera. Dá vontade de jogar fora o rádio ou, no caso, o computador, ou os dentes no caso da fruta. E o mundo independente e de esquerda na rede fazendo das tripas coração para combater os delegados brunos da vida. Há bração e obrigado mais uma vez pela força.
Os que hoje são a esquerda amanhã são da direita, cantava o The Who nos anos 60.
Nada mudou no mundo.
O jornal pode até começar de esquerda, mas para ter alcance nacional precisa de dinheiro e então se curva ao mercado.
Simples!
Antonio CArlos
Capital, ou seja, simplesmente pela relação de dominação entre o capital e o trabalho que simplesmente dá um pé na bunda do jornalista se este desagradar o editorial do jornal, ou seja, a opinião nada imparcial do chefe. Esse chefe pode ser diretamente o dono(caso do finado todo poderoso das organizações Globo) ou um assalariado com função administrativa mais com acesso direto ao(s) proprietário(s). Sendo sociedade anônima relativamente pulverizada, essa "força diretiva editoral" igualmente pulveriza, perde força.
Uma das razões para não termos, portanto, um jornal de esquerda, é pelo fato que os jornalistas não serem eles também socio-proprietários do jornal(como no esquerdista le monde diplomatique) ou mesmo por não termos grandes jornais de partidos de esquerda ou mesmo grandes partidos de esquerda de longa data(lembremos que a esquerda no continente latino-americano é recente, o PT não tem sequer meio século). Há assim uma raiz socio-histórica, que atualmente está mudando de modo visível, como demonstra a maré vermelha na "latino américa".
Mas eu acho que a internet, ainda que não tenha oferecido até agora nenhum jornal realmente de porte, que podemos chamar grande(não considero O Carta Capital nem grande nem de esquerda o suficiente, ainda que seja o melhor estruturado nacionalmente). A midia de esquerda, se podemos chamar assim, está ainda engatinhando, está ainda em sua fase artesanal-blogeira. Essa midia social só poderá ser realmente construída por nós, nós que somos da esquerda e reinvindicamos. Há espaço, há uma clara demanda histórica, mas falta os agentes... eis minha opinião.
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