As ações da Brigada Militar na Fazenda Tarumã só demonstram o quanto o aparato que deveria ser para a segurança do cidadão, que paga os seus impostos, é usado como aparato repressivo para atender interesses de corporações transnacionais. Esta polícia militarizada que, em tese, deveria ser um instrumento para o cumprimento da lei, transforma-se num joguete do poder econômico e ajuda a violar a própria lei, defendendo os interesses da empresa sueco-finlandesa Stora Enso que, pela legislação brasileira - lei nº 6.634 de 1979; e o artigo 20, parágrafo 2 da Constituição Federal - veda a estrangeiros a aquisição de terras em uma faixa de 150 km da fronteira do Brasil com outros países.
Notícias do Blog do Gilmar dão conta de que:
Retorno agora da DPPA de Livramento. Quando deixei o local os 12 ônibus com mulheres e crianças ainda estavam estacionados na frente da delegacia. Gritos de mulheres idosas e crianças pedindo água e comida. Pessoas que estão á várias horas (de 20:00 até as 00:10 quando saí do local) sem alimentação e impossibilitadas de descer dos ônibus, muitos populares jogaram garrafas de água dos prédios vizinhos para que pudéssemos amenizar o sofrimento desta gente. Conseguimos retirar muitas mulheres feridas com estilhaços e balas de borracha e encaminha-las ao hospital para atendimento, visto que não existia nenhuma estrutura no local para o procedimento. Aliás, não tinha um único promotor, juiz ou coisa que o valha. Para não faltar com a verdade havia um “ouvidor agrário” do governo do estado. Foi de fato um episódio muito triste de se presenciar, com mulheres e crianças em estado de choque e sem ter um atendimento digno por quem de direito. Lamentável constatar que os eucaliptos de uma multinacional se sobreponham à dignidade humana, ao ponto de ver a estrutura do “estado” virar as costas a quem de fato o sustenta. Um dia muda....... quiçá um dia a cidadania consciente “invada” o coração de todos e de cada um. Neste dia teremos construído uma sociedade mais justa, mais humana e mais igualitária.
Nunca é demais lembrar, que integrantes desse aparelho repressor, volta e meia, fazem mobilizações e acampamentos em frente à prefeitura de Porto Alegre e Palácio Piratini, com a presença de suas mulheres e filhos, a fim de sensibilizar a população sobre as suas precárias condições de trabalho e remuneração. Talvez, porque saibam que os trabalhadores nunca irão fazer com suas famílias, o que eles fazem com as famílias dos outros.
4 comentários:
Lamentável o ocorrido, mas as campesinas estão perdendo terreno porque essas ações são extremamente antipáticas.
Invadir propriedade privada é crime. Ou acham que essas que se dizem campesinas deveriam ser recebidas com churrasco na delegacia. Acordem!!! Cuba foi em 1959!!!
Quadrúpede, não leste a postagem???
"...em tese, deveria ser um instrumento para o cumprimento da lei, transforma-se num joguete do poder econômico e ajuda a violar a própria lei, defendendo os interesses da empresa sueco-finlandesa Stora Enso que, pela legislação brasileira - lei nº 6.634 de 1979; e o artigo 20, parágrafo 2 da Constituição Federal - veda a estrangeiros a aquisição de terras em uma faixa de 150 km da fronteira do Brasil com outros países."
Então quem está violando a lei? A ñ ser q tu aches q, e pelo visto acha mesmo, q os interesses de uma multinacional podem se sobrepor a nossa constituição.
Tá faltando cadeia pra gente da tua espécie.
não dá pra esperar outra coisa num estado governado por uma pantalhuda destrambelhada e cuja assembléia é presidida por um rastaquera tosco.
e viva o "povo mais politizado" do brasil sil sil!!!
Ola Guria!!! Maravilha de espaço que descubri. Parabens pelo conteúdo e cidadania do Blog. Me alegro ver um enlace para o meu blog que na verdade é nosso. Grande e fraterno abraço da fronteira. Continuamos na luta por aqui. Está linkado o Dialógico.
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