Fernando Soares Campos
Originalmente o termo “pelego” significa uma pele de carneiro utilizada nos arreios de animais, à maneira de um xairel: manta colocada no lombo de uma montaria, sobre a qual se põe a sela. O pelego, nesse caso, tem a função de amenizar o atrito da sela no dorso do animal, diminuindo o seu desconforto e evitando possíveis ferimentos provocados em longas cavalgadas.
Porém a criatividade popular sempre enriqueceu o nosso vernáculo; assim, passou-se a empregar a palavra “pelego” para designar indivíduos que se infiltram nos sindicatos, assumem cargos de diretoria e fazem o execrável papel de duplo agente: aparentemente defendem a categoria à qual pertencem; por outro lado, “na moita”, trabalham em defesa dos interesses dos patrões ou de administradores públicos, sempre a troco de alguns privilégios, ou mesmo são pagos em espécie para “pelegar”. O pelego é, portanto, uma figura abominável.
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