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7 de maio de 2008
Dilma Rousseff responde a um pusilânime
'Eu fui barbaramente torturada, senador!'
A discussão sobre a ditadura marcou a primeira parte do depoimento da ministra DilmaRousseff (Casa Civil) para a Comissão de Infra-Estrutura do Senado. O senador José Agripino Maia (DEM-RN) tentou usar uma declaração de Dilma sobre a ditadura --que ela teria mentido muito-- para questionar se a ministra também iria mentir na comissão.
Dilma não só respondeu com clareza a pergunta, como foi aplaudida por senadores governistas presentes à comissão. "Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador", disse Dilma.
À comissão, a ministra afirmou que "não há possibilidade de diálogo" quando se tem pela frente o "pau de arara, o choque elétrico e a morte".
Numa indireta, Dilma afirmou que ela e Agripino não estavam "no mesmo momento", quando ela enfrentou a luta armada para combater a ditadura.
A ministra rebateu ainda a comparação do democrata de que a confecção do dossiê pela Casa Civil com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) seria uma prática similar às adotadas na ditadura. "O regime que permite que eu fale com os senhores não tem a menor similaridade [com a ditadura]. Nós estamos em igualdade de condições humanas, materiais. Não estamos no diálogo entre o pescoço e a forca, senador. Por isso acredito e respeito esse momento. Isso é algo que é o resgate desse processo que ocorreu no Brasil", afirmou.
A resposta de Dilma foi elogiada por parlamentares presentes à comissão. Na avaliação dos governistas, Agripino se deu mal ao tentar constranger Dilma com a pergunta, mas ela se saiu bem da "armadilha".
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2 comentários:
Vão consagrar a Dilma... São uns trouxas. Ainda bem.
Fiquei horrorizada com as palavras do Agripino!!!
Até que a Min. foi muito elegante! Eu o teria chamado de herdeiro da ditadura, no mínimo!
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