27 de junho de 2008



A bancada do PT quer que o deputado Adilson Troca (PSDB) incorpore ao relatório final da CPI do Detran a proposta de indiciamento da governadora Yeda Crusius. A sugestão consta no documento protocolado nesta quarta-feira (25) pelos deputados Elvino Bohn Gass e Stela Farias (PT) na secretaria da CPI. Segundo os parlamentares, são muitas as razões que evidenciam que a governadora tinha conhecimento da fraude:

1. Flávio Vaz Netto procurou a governadora, não seu superior imediato (o secretário de Segurança) informando que as fundações terceirizavam os serviços e as denúncias no Ministério Público Estadual;

2. A governadora autorizou a troca das fundações - Fatec por Fundae - sem licitação;

3. Na sindicância administrativa, Flavio Vaz Netto confirmou que a governadora sabia dos fatos, pois todas suas decisões foram precedidas de conversas com Yeda Crusius;

4. O diretor administrativo-financeiro do Detran, Fernando Coronel, membro do alto escalão do PSDB, foi indicado para o cargo pelo marido da governadora, Carlos Crusius, e pelo secretário de Infra-estrura e Logística, Daniel Andrade;

5. Segundo Flávio Netto, Coronel testemunhou todas as suas ações, não se opondo a nenhuma delas;

6. Quando determinou a substituição das fundações, Yeda disse que queria acabar com os penduricalhos, que foi como a governadora chamou as sistemistas. Isto significa que ela sabia das irregularidades anteriores ao seu governo e não mandou investigar para encobrir o envolvimento de Lair Ferst, coordenador informal da sua campanha, e do deputado José Otávio Germano, aliado político;

7. Yeda optou por manter e administrar a situação para não melindrar sua base política, antigos e atuais parceiros;

8. As escutas telefônicas mostram que Delson Martini não só sabia como atuou como interlocutor da governadora nas negociações com Lair Ferst;

9. As ameaças de Flavio Vaz Netto a Delson Martini. O ex-presidente do Detran foi para a imprensa dizer que tinha interesses de governo a tratar somente com Martini e que, se não fosse recebido pelo secretário, voltaria à CPI;

10. A articulação da família Fernandes - cujo patriarca, José Fernandes, é apontado como mentor do esquema - com o gabinete da governadora.

11. A carta que Lair Ferst escreveu para Yeda Crusius detalhando o funcionamento do esquema.
Fonte: De olho na fraude
Imagem: jornal PTsul.

5 comentários:

Anônimo disse...

Acho muito dificil este intento.Como sabemos a RBS já decretou o fim da crise e portanto ela acabou.............

Anônimo disse...

Graziotin tem razão. A coisa só mudaria se aparece um Feijó com gravação,voz e imagem. Quem sabe quando estourar o prazo sem volta e o 2º, por lei, possa assumir.
Socorro ,não sei o que é pior.

Claudinha disse...

Parte do eleitorado gaúcho fez a sujeira e a outra parte está tentando limpar. A correlação de forças desfavorece ao segundo grupo, mas não é porque um Feijó teria que assumir, que não se deva tentar todos os meios de moralizar a coisa pública. Acho que ficar de braços cruzados não dá, ainda que sejamos céticos ou fiquemos preocupados.
Abraço!

Caras Pintadas do Rio Grande do Sul disse...

Dia 26 o mov. estudantil vai se despedir do governo que chega ao fim.
Por favor ajudem a divulgar o ato e o blog.
http://caraspintadasrs.blogspot.com/

Caras Pintadas do Rio Grande do Sul disse...

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