2 de julho de 2008

Contrários a corrupção no RS são caçados pela Polícia

diTadURa

O estudante Rodolfo Mohr foi preso por liderar a manifestação. A mão sobre o gravador do repórter Jimi Azevedo, da rádio Band, simboliza bem o comportamento autoritário da polícia.

O relatório do Ministério Público do RS, classificado como aberração jurídica pelo professor de Direito da USP e jurista, Dalmo Dallari e pelo o procurador do Estado aposentado e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos, Jacques Távora Alfonsin continua servindo de justificativa para a perseguição de cidadãos contrários a corrupção no governo do Estado.
Não se engane, o relatório do Ministério Público do RS, que já serviu de base para oito ações judiciais contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), como proibições de marchas, autorização de despejos e deslocamento de acampamentos e cassação de direitos civis, como o voto, apesar de caracterizar a partidaria-ideologização de uma instituição pública continua sendo utilizada pela Brigada Militar como justificativa para perseguir cidadãos.
Nesta segunda-feira, seguros da impunidade e confirmando que o Rio Grande do Sul é terra sem lei, uma ação da Brigada Militar na repressão à manifestantes em frente a mansão estilo inglesa, da governador Yeda Crusius (PRBS-PSDB), no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, esperou a chegada do Comandante Geral para receber as ordens de remover os estudantes ligados a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) do local.
O clima era de tranqüilidade e o Batalhão de Operações Especiais (BOE) isolara a calçada em torno da mansão da governadora. Houve diálogo com os manifestantes que concordaram em deixar o local em meio hora.
Com a chegada do comandante-geral da BM, coronel Paulo Mendes, a ordem a de remover os manifestantes do local. Os policiais foram para cima dos manifestantes e um dos coordenadores do ato foi separado de seus colegas e encaminhado a 11ª Delegacia da Polícia Civil para registro.
Horas depois, em frente ao Palácio Piratini, em outra manifestação de estudantes, dessa vez, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), novamente a Brigada Militar procedia de acordo com o método de registrar as lideranças de manifestações públicas de combate a corrupção no governo do Estado.
O Rio Grande do Sul voltou no tempo. Realmente agora somos a vanguarda do atraso. As instituições que não foram contaminadas com a roubalheira generalizada exposta pelas investigações da Polícia Federal, foram aparelhadas e não servem mais aos interesses constitucionais do povo, mas à partidos e ao obscurantismo ideológico da direita gaudéria.

Compra da casa ainda não foi justificada

Texto Equipe CeL3Uma
Fotos cedidas pelos estudantes

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