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Não é por uma obra do acaso que a candidata à prefeitura de Porto Alegre Luciana Genro, do PSOL, ganha este espaço. O seu discurso sobre segurança pública, na ânsia de assegurar os votos da classe média, reforça o discurso do PRBS, partido que expressa, através de Zerolândia, uma subjetividade de extrema direita. De criminalização dos pobres, assim como de todos os movimentos sociais. Dizer que é pela prevenção e não pela repressão não significa nada do ponto de vista do imaginário. Prevenção é perfumaria. Repressão é a solução, sempre. É o combate das conseqüências. Acalma a classe média. Para Zerolândia, objetivamente, esta “diferença” fica no plano das tênues nuances. Andar pelas ruas da cidade, acompanhada por Rodrigo Pimental, um ex-policial que inspirou o personagem Capitão Nascimento, do filme “Tropa de elite”, assim como anunciar que suas idéias são respaldadas pelo ex-secretário nacional de Segurança Luiz Eduardo Soares, não altera a subjetividade imposta, sempre “democraticamente”, pela mídia corporativa. Reforça a subjetividade proposta pela direita, de mais porrada. Este é um discurso que faz o jogo do sistema. Aliás, com excessão da candidata do PSTU, na questão de segurança, todos os outros estão dançando a música “porrada é o melhor”, jingle do PRBS. Também não por acaso este partido já anunciou como um “avanço”, através de seu boletim, o fato de que teremos uma eleição sem polarizações. O que der, deu. Não faz diferença. Claro, existe uma candidatura preferencial. O mecanismo é quase sempre o mesmo. Zerolândia, através de matérias e dos formadores de opinião (dos colunistas do nada) sugere, por exemplo, o gradeamento das praças. A seguir, realiza novas “matérias isentas”. Promove um encontro de “especialistas” no tema, além de um relato das experiências em alguma metrópole do capitalismo. Tudo com um sentido de “equilíbrio” e valorizando a “democracia”. Manda fazer uma pesquisa cujo resultado, evidentemente, “confirma” a sua proposta de cercar as praças. Numa showportagem especial - dominical - pergunta a posição dos candidatos. Todos, pautados pela mídia corporativa, dizem o que “pensam”. Nesse caso, a maioria deles - “democraticamente” - ficaram em cima do muro e empurraram a solução para que a população “resolva”, em plebiscito. Mais “democracia”. Claro, em um processo “democrático”. A única a dizer “sou contra” é Vera Guasso, do PSTU. A imagem é da “Página 10″, edição de 12.07.2008. É um processo avassalador e, permanentemente, aperfeiçoado pelos especialistas no showrnalismo-publicitário-rp. O roteiro é alterado, pragmaticamente, diante das necessidades de manutenção da “democracia”. Rígido controle social. Reprodução dos mecanismos de dominação.
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A Liga Internacionalista dos Exus Esquerditas propõem REBELIÃO, SEMPRE! Absoluta irrealidade, cotidiana.
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