13 de agosto de 2008

Sem explicacao!

O jornalista Marco Aurelio Weissheimer, do blog RSurgente, fez um otimo resgate das explicacoes da delirante a respeito da compra da sua casa em 2006, apos periodo eleitoral, onde se sabe que partidos e candidatos terminam a campanha no vermelho!
Ate a abelha-rainha do jornalismo gauderio se impacientou, na entrevista encomendada de inaguguracao do novo cenario dos Conversas Fiadas da empresa de extrema direita PRBS. No final, perguntou sobre a compra da casa, em que a delirante afirmou mostrar os documentos no momento propicio, apos o termino da CPI do Detran.
(E ainda nao sabemos os desdobramentos da reuniao de emergencia ocorrida ontem no Palacio Piratini com todos os deputados, sobre a bendita compra.)
As diferentes explicacoes e versoes da governadora sobre a compra da casa em 2006
A evolução da polêmica envolvendo a casa comprada por Yeda Crusius (PSDB), em dezembro de 2006, mostra que a governadora partiu de uma posição na qual dizia que não tinha nenhum problema para explicar a transação, passou para uma atitude de ameaça contra quem estava levantando suspeitas sobre o negócio e, a partir daí, passou a dar explicações a conta-gotas, com algumas versões diferentes e personagens novos. Segue um breve resumo dessa evolução:

17 de abril – Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, Yeda diz que não teria nenhum problema para explicar a compra da casa, um investimento de uma vida inteira, segundo ela. Para comprar a casa, Yeda disse que vendeu à vista seu apartamento de Brasília (R$ 385 mil), um imóvel em Capão da Canoa e um carro, financiou uma parte e tomou mais um empréstimo para obras de reforma, “porque a casa tinha problemas”.

24 de abril – O delegado Luiz Fernando Tubino, em depoimento na CPI do Detran, acusa a governadora de ter comprado a casa com sobras da campanha de 2006 (a casa foi comprada logo após o segundo turno da campanha). Yeda reage e diz que vai processar Tubino. (Aliás, processou???)

14 de julho - O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, anuncia que notificou a governadora e deu um prazo de 15 dias para que ela apresente os documentos necessários relativos à compra da casa no bairro Vila Jardim. Após receber a notificação, o advogado de Yeda, Paulo Olímpio, diz que o tema é uma “tempestade num copo d’água” e diz que não precisará dos 15 dias para prestar os esclarecimentos solicitados pelo procurador.

22 de julho - Paulo Olímpio entrega a documentação ao procurador. A governadora alega ter vendido um apartamento em Brasília por R$ 385 mil, um outro em Capão da Canoa por R$ 180 mil e um Passat 1998 por cerca de R$ 30 mil. Nesta, no dia 6 de dezembro de 2006, Yeda comprou de Eduardo Laranja uma casa de 467 metros quadrados na rua Araruama, em Porto Alegre, por R$ 750 mil. O empréstimo mencionado em 17 de abril não consta dessa versão.

4 de agosto – Em uma entrevista coletiva, no Palácio Piratini, um jornalista pergunta a Yeda quem foi o comprador do apartamento de Capão da Canoa. Ela responde: “Este é um tema da oposição. Não é um tema de jornalismo, tá?”. O comprador do apartamento foi Delacy Martini, pai do ex-secretário-geral do governo Yeda e tesoureiro do PSDB gaucho, Delson Martini. Segundo a versão entregue ao MP, Delson também foi o comprador do automóvel vendido por Yeda para comprar a casa.

7 de agosto – Em nova entrevista à rádio Gaúcha, Yeda diz que não precisaria dar explicações ao Ministério Público de Contas sobre a compra da casa, pois esta ocorreu antes de tomar posse como governadora. Ela diz “Não é preciso dar explicações pra quem não gosta de ti, porque não vai adiantar. E não é preciso dar explicações pra quem gosta de ti”. E reclama do prazo que o procurador Geraldo da Camino se deu para analisar a documentação: “O procurador se deu um prazo enorme, um prazo enorme”.

12 de agosto - O chefe da Casa Civil do governo estadual, José Alberto Wenzel, chama deputados do governo e da oposição para uma reunião no Palácio Piratini, com o advogado da governadora, que apresenta a documentação encaminhada ao MP de Contas.

E isso que não haveria nenhum problema para explicar a transação, como Yeda disse no dia 17 de abril. Imagine se houvesse...

Um comentário:

Anônimo disse...

E o apartamento de Brasília???
Valia tudo aquilo tb????
Quem comprou lá????

??????