4 de novembro de 2008

Outono neoliberal no Norte, primavera no Sul? Nada será como antes

Ótimo artigo de Marilza de Melo Foucher* a respeito da esquerda no atual contexto mundial. Ela escreve:
Os governos de esquerda e centro esquerda que estão no poder, ou, que se preparam para assumi-lo devem aproveitar as ambigüidades do discurso da direita sobre a volta do Estado, para propor uma nova engenharia do Estado republicano e democrático. Um Estado que guarde todos os fundamentos de seu papel como regulador da coesão territorial, política, econômica, social e ambiental. Um Estado que possa assegurar um eco-desenvolvimento consentâneo com cada realidade, construído dentro de uma visão sistêmica em que o econômico não seja predominante, e simplesmente inserido num sistema de produção de utilidade social e ambiental.
As instituições do Estado não podem permanecer imóveis diante de uma sociedade em plena mutação e em um mundo globalizado. Daí torna-se urgente redefinir o papel do Estado que nos últimos anos na Europa e América Latina foi enfraquecido pelo lobby da governança mundial das agências internacionais. O Estado deve se fortalecer para responder aos desafios da crise estrutural deixada pela ideologia neoliberal.

Leitura completa AQUI.

Drª em economia, especializada em planificação regional e desenvolvimento/Consultora Internacional

Um comentário:

Anônimo disse...

Cláudia e Eugênio,

O problema é que grande parte da população é muito mal-educada, com focos cada vez mais raros focos de solidariedade, consciência ecológica, social, política e econômica.

A esse grupo somamos a esmagadora maioria dos políticos e dos empresários, que foram criados sob a cultura do desperdício, do consumismo e da concretagem sobre o solo.

Então, infelizmente, não é da classe econômica mais abastada nem dos políticos atuais que eu posso esperar uma mudança de atitude, tendo em vista a postura comodista e imediatista de suas decisões.

Creio que o papel das escolas públicas e dos movimentos sociais deveria ser o de ensinar essa população mais carente a plantar, colher, adubar, comer, escovar os dentes, tomar banho, economizar ao máximo água e energia (eletricidade e gás), reciclar o lixo e privilegiar caminhadas e bicicleta ao invés da cultura do automóvel movido a combustível fóssil.

Esse movimento bottom-up seria o ideal.

[]'s,
Hélio