Recebemos correspondência a respeito da reporcagem, do jornaleco da Azenha, sobre o novo projeto de lei que altera a grade curricular das escolas estaduais do RS, tanto para o ensino fundamental, quanto do médio.
A moderninha Secretária Estadual Mariza Abreu, ao tratar da interdisciplinaridade no tal projeto, apresenta a seguinte política pública: professor e professora de uma determinada formação acadêmica e concurso específico, poderá se aventurar a dar aula de outra disciplina, mas pertencente à mesma área do conheicmento. Bastando para isso, claro, um treinamento anterior.
Por exemplo: pessoa habilitada em letras, com habilitação em língua portuguesa e em literatura, poderá dar aula de inglês, sem sequer saber a língua, pois receberá treinamento anterior.
A reporcagem cita fontes inspiradoras desse novo projeto, segundo Abreu: escolas paulistas, mineiras, argentinas e também o Colégio Aplicação.
Nosso interlocutor assim se manifesta:
A ZH estava hoje com uma matéria tosca sobra a nova política da secretaria de Educação do RS, e usou o Colégio de Aplicação [CAp] da UFRGS como exemplo de como essa política pode dar certo. Eu trabalho no CAp e afirmo que eles mentiram quando falaram que o CAp já adota o a proposta da SEC. da educação. As aulas são em blocos, para serem interdisciplinares, mas cada professor dá aula da sua disciplina junto com outros professores. Jamais um professor vai dar aula de uma disciplina que não é a sua. Essa proposta da Sec. é para sucatear ainda mais a educação, sobrecarregando os professores com tarefas que não são as correspondentes às de sua formação, além de servir de justificatica para contrarar menos professores, e pasteurizar ainda mais as aulas.
Ou seja, tudo bem que seja complicado [!!!!] obter informações sobre grade curricular de escolas paulistas, mineiras, argentinas e portuguesas. Mas o Colégio Aplicação fica em Porto Alegre! A Coordenação Pedagógica poderia muito bem explicar como se dá a Interdisciplinaridade [necessária, diga-se de passagem, mas jamais nesses termos] naquela escola padrão.
Sobram jornalismo chapa branca e sabujos na Ipiranga 1075!
Leiam também o Cloaca News sobre o mesmo tema.
6 comentários:
Frase da secretária Marisa a respeito de protesto estudantil na Agenda 2020: "Depois os professores não sabem porque apanham de alunos em sala de aula". (Pág. 23 do Correio do Povo de hoje)
Minha opinião: os professores não apanham desses estudantes que fazem manifestações. Provavelmente apanham dos filhos dos componentes da Agenda 2020 e dos filhos dos amigos da desvairada secretária.
Omar,
nao sabia desse novo protesto estudantil. De qualquer maneira, concordo contigo: dificilmente, um/a estudante politizado bate num/a professor/a.
Agora, estudantes arrogantes de classe media-alta despolitizados, bem como infelizes que se espelham nessas classes, sao fortes candidatos/as a agressores/as.
Abraco!
Uma amiga, não digo o nome por razões óbvias, deu aula por dois anos no israelita e conta que foram os dois piores anos de sua vida. Sofria diariamente todo tipo de ofença e mal-educação por parte dos burguesinhos mimados, sempre com o pronto acobertamento da direção.
Simch
Simch,
nós temos uma amigo ex-professor do Israelita. Sabemos desta triste realidade... Lamentável!!!
Como lemos por aí: queremos escolas do MST para ensinarem nossos filhos!
Atualmente dou aula em uma escola pública, mas já lecionei em escolas particulares. Realmente, nestas escolas sim alguns alunos, no alto de sua arrogância, agridem e ameaçam os professores. Nunca tive este problema em escola pública, mas em escola particular, sim (não só com alunos, mas com outros funcionários hierarquicamente "superiores" nestas empresas).
Mas, enfim, o fato é que a Mariza é um caso de internação. Ela está fora de si (minha esperança é essa, não quero acreditar que uma criatura normal pense e faça tantas besteiras)...
Carla, importante teu depoimento. Apesar dos muitos problemas enfrentados pela escola pública, o mito de que tudo o que é público não presta precisa ser desmascarado.
Abraço!
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