Fez bem o Ministro Tarso Genro em cobrar, do Senador Parlapatão Pedro Simon, provas sobre aquilo que ele afirma em relação ao trabalho da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
Mas o que nos chamou a atenção, foi a sua declaração final, grifada mais abaixo. Tal como Simon, Tarso também sofre do efeito Mampituba: parece que desconhece a História recente do RS. Isso de esperar que o debate não seja pautado pelo tema corrupção e de que outros governadores passaram pelo que a Yeda passa, é, no mínimo, uma leviandade. Que história é essa?
Primeiro, porque as gestões PMDB de Antonio Britto e de Germando Rigotto passaram de lombo liso. Segundo, porque Olívio Dutra foi massacrado pela oposição impiedosamente [entenda-se mídia corporativa articulando a campanha]. Yeda Crusius, por outro lado, e com muito esforço, só, agora, tem sua gestão desnudada.
Então, não venha Tarso Genro bancar o bom moço a la Rigotto. As eleições de 2010 serão uma das mais sujas da nossa História republicana. A mídia demonstra, todos os dias, de que lado está nesse pleito, mesmo quando são tornadas públicas as provas de corrupção dos governos que ela sempre apoiou.
Não é o momento para bom mocismo, para campanha política aguada, onde ninguém levanta a voz, com medo de que algum âncora imbecil da mídia corporativa sentencie, após cada debate, com toda a empáfia que lhes é peculiar: foi uma baixaria...
Qual o problema, que tem Tarso Genro, em tratar de corrupção na campanha de 2010? O Ministro tem alguma ilusão de que a mídia e a direita não requentarão, com a maior desfaçatez, a CPI da Segurança e o "mensalão"?
O debate político sério, contundente precisa acontecer, precisa ser recuperado, doa a quem doer. Quem tem que fazer a política, são os políticos. Chega de marqueteiros e suas afetações.
Abaixo, a matéria do Estadão:
Primeiro, porque as gestões PMDB de Antonio Britto e de Germando Rigotto passaram de lombo liso. Segundo, porque Olívio Dutra foi massacrado pela oposição impiedosamente [entenda-se mídia corporativa articulando a campanha]. Yeda Crusius, por outro lado, e com muito esforço, só, agora, tem sua gestão desnudada.
Então, não venha Tarso Genro bancar o bom moço a la Rigotto. As eleições de 2010 serão uma das mais sujas da nossa História republicana. A mídia demonstra, todos os dias, de que lado está nesse pleito, mesmo quando são tornadas públicas as provas de corrupção dos governos que ela sempre apoiou.
Não é o momento para bom mocismo, para campanha política aguada, onde ninguém levanta a voz, com medo de que algum âncora imbecil da mídia corporativa sentencie, após cada debate, com toda a empáfia que lhes é peculiar: foi uma baixaria...
Qual o problema, que tem Tarso Genro, em tratar de corrupção na campanha de 2010? O Ministro tem alguma ilusão de que a mídia e a direita não requentarão, com a maior desfaçatez, a CPI da Segurança e o "mensalão"?
O debate político sério, contundente precisa acontecer, precisa ser recuperado, doa a quem doer. Quem tem que fazer a política, são os políticos. Chega de marqueteiros e suas afetações.
Abaixo, a matéria do Estadão:
Simon e a ética do Mampituba - Blog Viomundo [do Estadão]
PORTO ALEGRE - O ministro da Justiça, Tarso Genro, criticou hoje o senador Pedro Simon (PMDB-RS) por ele ter apresentado, em sua opinião, "uma ética em Brasília" e outra diferente no Rio Grande do Sul. "O senador Simon inaugurou a ética do Mampituba", afirmou o ministro. Mampituba é um rio que faz a divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o nome em tupi-guarani significa "rio de muitas curvas" e é uma expressão muito usada pelos gaúchos para diferenciar o que ocorre no Estado e no resto do País. "Lá em Brasília, ele tem uma ética, fala uma linguagem", declarou. "Aqui no Rio Grande do Sul, ele fala outra ética", criticou Tarso.
Na avaliação do ministro da Justiça, Simon defendeu, em Brasília, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar operações contábeis da Petrobras que permitiriam redução de impostos. No Rio Grande do Sul, foi contrário à criação de uma CPI para investigar o governo Yeda Crusius (PSDB) - que ganhou as assinaturas necessárias para ser instalada na semana passada, depois que o Ministério Público Federal ingressou com ação de improbidade administrativa contra a governadora e mais oito pessoas.
Tarso também questionou o que considerou "acusações implícitas" feitas por Simon ao comportamento da Polícia Federal no Rio Grande do Sul e disse que solicitou, há uma semana, ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que acionasse o controle interno do órgão "para verificar se houve algum tipo de indução por parte do Ministério da Justiça".
Com a abertura do procedimento, Simon terá oportunidade de apresentar provas ao procurador, "se não quiser passar por uma pessoa irresponsável", avaliou o ministro. Em maio, Simon havia responsabilizado Tarso por ações da PF que estariam criando "confusão" no Estado, em sua visão. Hoje o ministro voltou a defender a conduta da PF e disse esperar que o senador apresente ao procurador provas de qualquer tipo de "descontrole", sob pena de "passar por falastrão".
Questionado sobre sua expectativa para a campanha eleitoral no Estado, Tarso defendeu que o debate não seja pautado pelo tema da corrupção. "Não deve ser uma eleição radicalizada", analisou, após participar de lançamento de programa de prevenção ao uso de drogas, que começa por cinco regiões metropolitanas, incluindo Porto Alegre. "Isso que a governadora (Yeda) está passando aqui outros governadores já passaram e o processo político não se alterou", comparou o ministro, indicado como pré-candidato ao governo por seu partido.
Na avaliação do ministro da Justiça, Simon defendeu, em Brasília, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar operações contábeis da Petrobras que permitiriam redução de impostos. No Rio Grande do Sul, foi contrário à criação de uma CPI para investigar o governo Yeda Crusius (PSDB) - que ganhou as assinaturas necessárias para ser instalada na semana passada, depois que o Ministério Público Federal ingressou com ação de improbidade administrativa contra a governadora e mais oito pessoas.
Tarso também questionou o que considerou "acusações implícitas" feitas por Simon ao comportamento da Polícia Federal no Rio Grande do Sul e disse que solicitou, há uma semana, ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que acionasse o controle interno do órgão "para verificar se houve algum tipo de indução por parte do Ministério da Justiça".
Com a abertura do procedimento, Simon terá oportunidade de apresentar provas ao procurador, "se não quiser passar por uma pessoa irresponsável", avaliou o ministro. Em maio, Simon havia responsabilizado Tarso por ações da PF que estariam criando "confusão" no Estado, em sua visão. Hoje o ministro voltou a defender a conduta da PF e disse esperar que o senador apresente ao procurador provas de qualquer tipo de "descontrole", sob pena de "passar por falastrão".
Questionado sobre sua expectativa para a campanha eleitoral no Estado, Tarso defendeu que o debate não seja pautado pelo tema da corrupção. "Não deve ser uma eleição radicalizada", analisou, após participar de lançamento de programa de prevenção ao uso de drogas, que começa por cinco regiões metropolitanas, incluindo Porto Alegre. "Isso que a governadora (Yeda) está passando aqui outros governadores já passaram e o processo político não se alterou", comparou o ministro, indicado como pré-candidato ao governo por seu partido.
5 comentários:
Absolutamente genial a ilustração no topo da página, sobre a famosa fotografia da tomada do Reichstag.
Lúcio
O problema para mim é a midia corporativa (o PIG) ressonar este desafio ao Simon. O grupo RBS, que trabalhou arduamente para reeleger este senhor, que quase viu Rossetto lhe tomar a vaga, ficará no silencio ou, como estamos vendo no caso Yeda, fazendo parte da equipe de defesa.
É compreensível o tratamento que o Sr. Políbio Braga dispensa ao PT. Todavia, o que é preciso dizer que responder a processos neste Rio Grande é igual a consórcio: um dia você será contemplado. Por falar em processo o de nº 70013696323 do TJRS, por unanimidade condenou o Sr. Políbio por danos morais por ter chamado integrantes dos correios de “empregados sem qualificação”.
Lucio, já repassamos teu recado ao Hals e ele agradece.
Grazziotin, a RBS dará 1 págian para o Tarso e dez para o Simon. Isso faz parte da natureza golpista desta empresa, proteger seus afetos. Até aí, nenhum problema SE:
1. assumisse a sua parcialidade nesse caso;
2. houvesse uma mídia burguesa comprometida com a verdade dos fatos, coisa que não temos.
Natanael, o problema do Políbio e seus semelhantes, é exatamente isso: enxerga o cisco no olhos dos outros, mas não vê a trava que atrapalha a sua própria visão. Ou seja, só o PT tem problema, os demais partidos são a encarnação da pureza. :-) Daí, a pessoa [Políbio] se torna pesada demais, beira ao ridículo até.
Agradecemos as visitas e os comentários.
Voltem sempre!
É por isso, pelo tom de "bom moço", que rejeita o o embate com essas outras cobras da política, que o TARSO já perdeu uma eleição no RS. Ou muda de tom, ou perde de novo! Tem que jogar m. no ventilador, sim, mesmo sabendo que o seu telhado é de vidro.
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