Quando afirmamos que a mídia corporativa não tem nada a nos oferecer, nem o mínimo necessário, para que seja identificado como informação, a gente não exagera.
Vejamos:
Dia 16 de setembro de 2009, 7h45min
Tudo o que a ZH tem a dizer sobre a manifestação do estudantes, bem como a visita do Presidente é isso: atrapalha ou atrapalhará o trânsito. Todo o contexto em que esses fatos se dão, ou se darão, é abolido. O Diário Gauche resume, muito bem, esse comportamento:
Se a manifestação da cidadania estiver criando problemas ao livre trânsito dos carros, interdite-se a cidadania e liberem-se os automóveis! - este é o mandamento do jornal rebessiano.
Se a manifestação da cidadania estiver criando problemas ao livre trânsito dos carros, interdite-se a cidadania e liberem-se os automóveis! - este é o mandamento do jornal rebessiano.
Não foram poucas as vezes, em que esta empresa de mídia foi flagrada pela blogosfera na reincidência de desqualificar tudo aquilo que ela considera atentatória a sua "ordem natural". De tal forma que, podemos dizer, este expediente está "manjado". Então, por que o Grupo RBS e demais empresas de mídia, obstinadamente, agem assim?
A resposta está no simples fato de que ela não pode transcender sua condição de classe. Conforme La Vieja Bruja:
A resposta está no simples fato de que ela não pode transcender sua condição de classe. Conforme La Vieja Bruja:
Isso é tão fundamental para a manutenção e partilha do Poder de fato quanto a sustentação política e ideológica de projetos de poder identificados com essa ordem natural. [...] Sua sustentação política é feita no varejo - donde, mesmo diante de evidências, a necessidade de se apresentar à "opinião pública" sua desconstrução, de modo a construir, no imaginário coletivo, a subjetividade necessária à manutenção [dessa] ordem.
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