Da televisão, para a Internet: corri para o computador em busca de notícias da morte de Pinochet. No portal Terra, passei a ver imagens, ao vivo, da Plaza Italia, onde pessoas dançam, cantam, abraçam-se, empunhando bandeiras do seu país, do seu partido, ou países como Venezuela e Brasil, numa demonstração de alegria e confraternização.
Foi-se um estigma, uma doença, aquela sombra que entristeceu a história chilena e que pairava sobre a vida de cada democrata como um pedra pesada e doída de carregar.
O Chile está leve novamente, podendo prosseguir na sua vida sem este ser abjeto vivo!
A imagem, ao vivo, que mais me emocionou foi a de uma senhora carregando a bandeira chilena com o rosto de Allende pintado. Tomara que eu consiga encontrar uma foto para guardar como registro...
E nós, brasileiros, precisamos rever a lei da anistia. Não é possível olharmos para o Jarbas Passarinho e sentir "simpatia" pelo velhinho, coisa que aconteceu comigo e me impressionou. O asco que Pinochet transmitia, enquanto vivo, deve ser o mesmo para cada pessoa responsável, hoje também idosa, pela sangüinária ditatura militar brasileira, que, aliás, colaborou e muito com Pinochet no golpe militar que vitimou Salvador Allende.
Parabéns ao povo chileno, que está na rua liberto e feliz!
Para assistir as transmissões direto do Chile, ao vivo, clique AQUI.
7 comentários:
Claudia.
Se encontrares a foto, quero também.
É um grande dia. Que sorte ele não ter morrido amanhã, quando meu pai completa 13 anos de morte.
Às vezes, as boas notícias vêm do obituário...
Um beijão na dialógica.
Certamente o mundo se transforma num lugar melhor sem a presença deste assassino. Abraço, Joice.
Ótimo ter lembrado do Jarbas Passarinho.
Este final de ano está sendo especial e agora mais esta boa notícia. Que esta memória doída da história se mantenha para que desgraças como esta não voltem a acontecer em nenhum lugar do mundo.
Beijos, Clau e Eugênio. Boa semana proceis. =)
Claudia, excelentes texto e blog!!
Parabéns!! A sua indignação (pela nossa ditadura impune) é também a minha. E, se não exatamente alegria, pelo menos alívio de saber que este câncer ambulante do Pinochet não está mais entre nós.
Abraços,
Rogério Tomaz Jr.
Claudia, por falar em obituário, lembrei-me de que, em jornalismo, trata-se de uma coluna com notícias desagradáveis pra uns, agradáveis pra outros e indiferentes para os noticiados.
Abraços
É verdade, fernando! A não ser que seja igual ao personagem do Manoel Carlos e venha o fantasma atormentar a vida dos viventes! :-)Abraço!
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