A casta brasileira que se auto-denomina elite e da qual os donos da RBS fazem parte, definitivamente, negam qualquer relação de causa e efeito entre a sua atuação e a realidade em que nós vivemos, por mais óbvio que isto seja. A pérola da vez é a matéria sobre o livro "Cabeça do Brasileiro" do sociológo de encomenta Alberto Carlos Almeida. A RBS não considera o seu papel na pavimentação do caminho para a chegada ao poder dos piores representantes dessa casta. Nunca apoiou o golpe militar de 64. Collor se elegeu por milagre. FHC idem. Nunca tiveram apoio dessa empresa. Os culpados mesmo são os representantes do "pensamento arcaico", que, trocando em miúdos, é sempre o povão. Não bastasse isso, ainda temos que aturar pseudo-esquerdistas deslumbrados endossando essas "teses". É o Pilla Vares fazendo escola.
O cerzido ideológico de um sociólogo pigmeu
“As idéias dominantes são as idéias das classes dominantes”. Com essa assertiva irrefutável de Marx (no “Manifesto”) basta para responder ao sociologuinho raso Alberto Carlos Almeida, que divulgou recentemente uma pesquisa onde trata de livrar a cara das elites econômicas e culturais brasileiras das suas responsabilidades éticas de classe dominante.
Segundo o jornal Zero Hora de hoje, que repercute o lixo pseudo-científico deste lacaio do sistema, “para o sociólogo [Almeida], o país vive uma divisão entre o pensamento arcaico, presente entre quem pouco estudou, e o moderno, presente na elite intelectual”.
Alberto Carlos Almeida é um sociólogo pigmeu a serviço da mídia oligárquica. Suas pesquisas não tem nenhum valor científico. Enxerga a superfície da realidade e afirma tratar-se da sua essência. Quando ele diz que os pobres são arcaicos e os cultos e ricos são modernos, Almeida não só está legitimando uma ordem desde sempre desigual, mas sobretudo tirando conclusões cínicas e apressadas sobre a nossa sociedade de classes. Almeida pretende construir, de maneira vulgar, uma ideologia, ou cerzir os fundilhos de uma ideologia rota, de forma a justificar a abismal diferença de classes no Brasil, fazendo passar a idéia de que tais fenômenos sejam desejados por Deus, fixados pela Natureza ou sustentados por algum dever moral escondido nos feitiços do tempo – onde nunca há sujeito responsável.
O curioso é que muitos indivíduos que se consideram espertos ainda “comprem” o pacote fraudulento de Almeida. Que a revista Veja, o jornal Zeagá, etcetera, o façam, não é de estranhar. Cumprem apenas o seu papel de difusores da mentira ideológica que precisa ser regada diariamente para não murchar como planta exótica em solo inóspito. Mas quando o ex-deputado Marcos Rolim tropeça e cai nessas armadilhas reluzentes da oligarquia decadente, aí a coisa fica dramática. Em sua coluna dominical de Zeagá, o ex-parlamentar petista, assume como lícito e digno o embrulho almeidista, e até faz considerações piedosas sobre os destinos nacionais caso o “arcaísmo das classes subalternas” persista por mais tempo.
Mal suspeita o colunista que esse trabalhinho pseudo-sociológico esteja inscrito numa estratégia mais ampla da direita para deslegitimar as duas eleições nas quais esses mesmos “arcaicos” escolheram um presidente – o primeiro da nossa longa história como Nação – egresso das classes populares. Mesmo que esse presidente tenha traído sua origem de classe, não importa, as elites não toleram – e Almeida apenas confirma – serem dirigidas e lideradas por um outsider de classe. Por bem menos, porque não eram outsiders, Getúlio foi ao sacrifício pessoal e Jango foi apeado do poder em 1964.
Na mentalidade de nossas elites também está grafado com letras de fogo a conhecida consigna da Passionária espanhola: - No passarán! – agora com sinal invertido.
“As idéias dominantes são as idéias das classes dominantes”. Com essa assertiva irrefutável de Marx (no “Manifesto”) basta para responder ao sociologuinho raso Alberto Carlos Almeida, que divulgou recentemente uma pesquisa onde trata de livrar a cara das elites econômicas e culturais brasileiras das suas responsabilidades éticas de classe dominante.
Segundo o jornal Zero Hora de hoje, que repercute o lixo pseudo-científico deste lacaio do sistema, “para o sociólogo [Almeida], o país vive uma divisão entre o pensamento arcaico, presente entre quem pouco estudou, e o moderno, presente na elite intelectual”.
Alberto Carlos Almeida é um sociólogo pigmeu a serviço da mídia oligárquica. Suas pesquisas não tem nenhum valor científico. Enxerga a superfície da realidade e afirma tratar-se da sua essência. Quando ele diz que os pobres são arcaicos e os cultos e ricos são modernos, Almeida não só está legitimando uma ordem desde sempre desigual, mas sobretudo tirando conclusões cínicas e apressadas sobre a nossa sociedade de classes. Almeida pretende construir, de maneira vulgar, uma ideologia, ou cerzir os fundilhos de uma ideologia rota, de forma a justificar a abismal diferença de classes no Brasil, fazendo passar a idéia de que tais fenômenos sejam desejados por Deus, fixados pela Natureza ou sustentados por algum dever moral escondido nos feitiços do tempo – onde nunca há sujeito responsável.
O curioso é que muitos indivíduos que se consideram espertos ainda “comprem” o pacote fraudulento de Almeida. Que a revista Veja, o jornal Zeagá, etcetera, o façam, não é de estranhar. Cumprem apenas o seu papel de difusores da mentira ideológica que precisa ser regada diariamente para não murchar como planta exótica em solo inóspito. Mas quando o ex-deputado Marcos Rolim tropeça e cai nessas armadilhas reluzentes da oligarquia decadente, aí a coisa fica dramática. Em sua coluna dominical de Zeagá, o ex-parlamentar petista, assume como lícito e digno o embrulho almeidista, e até faz considerações piedosas sobre os destinos nacionais caso o “arcaísmo das classes subalternas” persista por mais tempo.
Mal suspeita o colunista que esse trabalhinho pseudo-sociológico esteja inscrito numa estratégia mais ampla da direita para deslegitimar as duas eleições nas quais esses mesmos “arcaicos” escolheram um presidente – o primeiro da nossa longa história como Nação – egresso das classes populares. Mesmo que esse presidente tenha traído sua origem de classe, não importa, as elites não toleram – e Almeida apenas confirma – serem dirigidas e lideradas por um outsider de classe. Por bem menos, porque não eram outsiders, Getúlio foi ao sacrifício pessoal e Jango foi apeado do poder em 1964.
Na mentalidade de nossas elites também está grafado com letras de fogo a conhecida consigna da Passionária espanhola: - No passarán! – agora com sinal invertido.
2 comentários:
Os proprietários do Dialógico fazem parte da mesma elite intelectual que teve acesso à educação. AS perguntas formuladas pela pesquisa patrocinada pela Ford Foundation, aquela que financiou o FSM e o Carta Maior, demonstram o óbvio. Não sei por que certa esquerda faz esse alarde? O problema é que quem pensa com ressentimento geralmente faz alarde. As perguntas feitas são as seguintes e revelam apenas que o Brasil necessita investir em educação.
Se alguém é eleito para cargo público deve usá-lo em benefício próprio?
40% dos analfabetos concordam
3% dos que têm nível superior concordam
É certo recorrer ao jeitinho brasileiro para resolver problemas como o de se livrar de uma multa?
57% dos analfabetos concordam.
3% dos que têm nível superior concordam.
A polícia está certa em bater nos presos para que eles confessem seus crimes?
51% dos analfabetos concordam
14% dos que têm nível superior concordam.
Programas de TV que fazem críticas ao governo devem ser proibidos?
56% dos analfabetos concordam
8% dos que têm nível superior concordam
Eugenio, demorei, mas respondi o teu email.
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