12 de julho de 2010

Campanhas institucionais da RBS servem apenas para vender jornal

“O amor é a melhor a herança: cuide das crianças” – campanha de 2005
“Educar é tudo” – campanha de 2006


Quando denunciamos, em 2005, a estratégia de marketing do Grupo RBS, a fim de criar/manter uma imagem positiva de sua empresa frente ao público do RS e SC, em suma, uma jogada de marketing, mais um blá blá blá para enganar os incautos, e, com isso, vender assinatura de jornal, bem como todo e qualquer produto errebesseano, jamais imaginávamos que os fatos iriam corroborar essa tese!


Em 2006, o filho de Sergio Sirotsky, neto de Jaime Sirotsky, tinha 9 anos, era uma criança! Antes tivesse estado aos cuidados do “diabo”, da “bruxa”, do “bicho papão”, da “mula sem cabeça” e do “boi da cara preta” que, estes sim, segundo a peça publicitária, cuidavam de seus filhinhos!



E o que dizer da campanha “Educar é tudo”, onde Educar é ensinar a pensar/[...]/ mostrar como é bom/poder fazer algo pra se orgulhar? O que os adultos ensinaram/ensinam a pensar aos adolescentes do gênero masculino, a respeito da condição feminina nos grupos sociais, principalmente, ao membro da terceira geração dos Sirotsky?


Educar é ensinar/ [...]/ Que há limites pra tudo. A família da jovem adolescente estuprada, impactada com os graves acontecimentos, deverá estar se perguntando, qual a noção de limite que os ricos ensinam aos seus filhos! Ainda mais, quando o Grupo RBS "ensina" Que educar é tudo/Tudo! Pra melhorar o mundo/Que a gente tem.


A jovem de Florianópolis engrossa a trágica estatística


Aqui, fica um alerta às famílias e às escolas, quiçá às seitas religiosas, que adotaram, ou costumam adotar, as campanhas institucionais do Grupo RBS: ponham na cabeça, de uma vez por toda, internalizem, que esse grupo é uma empresa privada, inclusive concessionária de um bem público [o espaço eletromagnético que é do povo brasileiro], um monopólio de comunicação que burla a Constituição Federal com a leniência dos governos e que tem dois objetivos primordiais para continuar a existir: o lucro e mamar nas tetas dos órgãos públicos [leia-se executivo, legislativo, judiciário] seja com isenções fiscais, ou com verbas publicitárias. E só!


As campanhas institucionais da RBS são um engodo, repito, servem apenas para vender jornal! Quem defende o estado mínimo, o mercado como regulador da ordem social, como o Grupo RBS faz em seus editoriais, na forma em como escolhe as pautas e as redige para seus meios impressos e eletrônicos, defende uma educação individualista, competitiva e consumista. As palavras do guri Sirotsky, escritas nas redes sociais, são uma triste amostra disso.

Um comentário:

Cristóvão Feil disse...

Muito bom. Seria pauta para o malogrado Sul 21. Mas, pobre do S21, tem coisas "mais importantes" para pautar...

Abç.

CF